Comunicação Corporativa
Aula 1
Comunicação Corporativa
Comunicação corporativa
Olá, estudante!
Nesta videoaula, vamos abordar o universo da comunicação corporativa, desdobrando seu conceito central e examinando os diversos atores envolvidos. Exploraremos também as barreiras que podem surgir, impactando a eficácia do processo comunicativo. Compreender esses elementos é importante para aprimorar suas habilidades profissionais.
Não deixe de conferir para adquirir insights que possam potencializar sua atuação no ambiente corporativo. Assista agora mesmo e amplie suas competências em comunicação corporativa.
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Bons estudos!
Ponto de Partida
Nesta aula, exploraremos a comunicação corporativa, vista enquanto um componente estratégico que permeia todas as atividades de uma organização, contribuindo para sua cultura, eficiência operacional e percepção no mercado. Uma abordagem eficaz fortalece a coesão interna e influencia positivamente as relações externas, por isso vamos apresentar o que vem a ser comunicação corporativa, quais são os atores envolvidos nesse processo de comunicação e quais são e como podem ser evitadas as barreiras comunicacionais.
A comunicação corporativa abrange diversas áreas e impacta vários aspectos do ambiente empresarial, por isso, é natural que alguns questionamentos surjam, como:
- O que diferencia a comunicação corporativa de outras formas de comunicação?
- Como a comunicação corporativa contribui para os objetivos da organização?
- Quem são exatamente os atores da comunicação corporativa e qual é o papel de cada um?
- Como as diferentes posições na organização afetam a dinâmica da comunicação corporativa?
- Quais barreiras podem afetar a eficácia da comunicação no ambiente corporativo?
- Quais estratégias podem ser adotadas para superar as barreiras organizacionais na comunicação?
A comunicação corporativa, também chamada de comunicação empresarial, organizacional ou institucional, refere-se à troca de informações de uma organização, envolvendo a compreensão mútua entre seus membros, para gerar envolvimento e uma transmissão clara e eficaz de mensagens a fim de alcançar os mais diversos objetivos organizacionais.
Dentro de uma organização, são muitos os atores envolvidos, que vão desde a alta administração até os colaboradores de todos os níveis hierárquicos. Cada membro desempenha um papel importante na divulgação e recepção de informações, influenciando a cultura organizacional e o engajamento dos funcionários.
Todo processo comunicativo é complexo, por isso barreiras podem surgir devido a diversos fatores, como diferenças culturais, falta de clareza na mensagem, resistência à mudança ou por aspectos semânticos, físicos e psicológicos. Identificar as barreiras e procurar evitá-las é o papel das organizações, para que possam garantir que a mensagem será entregue de forma consistente em todos os níveis da organização. Ao lidar com os desafios da comunicação corporativa, os profissionais podem potencializar suas habilidades, promovendo um ambiente de trabalho mais colaborativo e alcançando os objetivos organizacionais de maneira mais eficiente.
Assim, estudante, prepare-se para absorver conhecimentos básicos sobre a comunicação corporativa! Ao compreender esses conceitos, você fortalecerá suas habilidades para o sucesso profissional.
Boa jornada de aprendizado!
Vamos Começar!
Comunicação corporativa
A comunicação está relacionada intrinsecamente a inúmeros ramos e aspectos da atividade humana. Começa no nascimento e se estende por toda a vida, o que vale também para o indivíduo e seu trabalho nas organizações. Devido a essa abrangência, a comunicação empresarial/institucional/corporativa tem sido estudada em vários níveis e sob diversos olhares. De maneira específica, para Cahen:
Comunicação empresarial é atividade sistêmica de caráter estratégico que tem por objetivos: criar, onde não existir ou for neutra, manter, onde já existir, ou mudar, para favorável, onde houver negativa, a imagem da empresa junto a seus públicos prioritários. (Cahen, 2005, p. 29)
A comunicação empresarial surgiu a partir das atividades de relações públicas, nos Estados Unidos, no final do século XIX. Assim, é natural que as duas áreas apresentem intersecções e correlações constantes. Apesar das diferenças entre elas, definidas ao longo do século XX, vários são os pontos de contato entre a comunicação empresarial/institucional (também chamada de organizacional ou corporativa) e as relações públicas – principalmente no contato com o público, na necessidade de se divulgar permanentemente as informações do meio corporativo, no desenvolvimento da mensagem adequada, na escolha ideal do canal de divulgação, na promoção e na decisão de qual composto será utilizado e, por fim, mensurar e administrar todo o processo da chamada comunicação integrada, para construir uma imagem da empresa por meio de interações comunicacionais e informativas, principalmente o traço em comum que se consolida na forma como as relações públicas de uma empresa se subordina diretamente ao departamento de comunicações e marketing.
Conforme Melo (2012, p. 13), a comunicação empresarial, ao absorver as relações públicas como área estratégica, “não apenas se beneficia da experiência acumulada em décadas de trabalho, mas encontra nessa tradição elementos históricos que lhe indicam o caminho a trilhar em busca da transparência e legitimidade de suas funções”. É claro que esse processo não está isento de contradições, da assimilação de um certo discurso “chapa-branca”, enraizado nas organizações, mas o fato de essa inter-relação ocorrer em uma sociedade democrática pode provocar a reação dos públicos, o que não só é salutar, mas também decisivo para o aperfeiçoamento organizacional.
De maneira geral, a comunicação empresarial/institucional ou organizacional é toda e qualquer ação, ramo, atividade, estratégia, produto e processo tomados pela empresa ou entidade para reforçar a sua imagem junto a todos os seus públicos de interesse – consumidores, colaboradores internos e externos, políticos, empresários e acionistas, entre outros, perante a opinião pública.
Para efetuar a troca de informações e fazer valer seu papel institucional, as organizações contam com um sistema de fluxo constante de informações que determina o trabalho e as relações entre os membros pela comunicação – em geral, objetiva e concisa –, com a meta de atingir a todos os indivíduos com maior clareza possível, tanto interna quanto externamente. Por meio do trabalho, a organização como uma instituição coletiva multiplica a capacidade de realização individual, obtendo sinergia em seus propósitos, sendo a comunicação – com suas características específicas ao ambiente corporativo – essencial para que esse processo de multiplicação colaborativa seja eficiente em sua forma de comunicar, mesmo nas menores empresas. De acordo com Melo (2012, p.11),
Empresas são organismos vivos, muitas vezes estruturas de alta complexidade, que chegam a envolver milhares de colaboradores, os quais, por sua vez, interagem direta e indiretamente com milhões de pessoas em um só país, ou em dezenas de países ao redor do mundo. Independentemente do porte de uma empresa – de um pequeno supermercado de bairro a uma gigante multinacional – aquilo que ela significa para os seus públicos, seu significado como ente dotado de uma missão, é produto do estabelecimento e cumprimento (ou não, e daí tem-se um resultado peculiar) de metas por parte das pessoas envolvidas nessa organização.
A comunicação empresarial/institucional também é um termo ou nomenclatura que se refere tanto à comunicação realizada dentro da empresa quanto externamente, entre público, parceiros, colaboradores e diferentes instituições – públicas e privadas. Ela pode usar diferentes tipos de mídia e canais, que podem ou não funcionar, dependendo da forma como a comunicação é estabelecida. Em uma definição acadêmica:
Comunicação organizacional, como objeto de pesquisa, é a disciplina que estuda como se processa o fenômeno comunicacional dentro das organizações no âmbito da sociedade global. Ela analisa o sistema, o funcionamento e o processo de comunicação entre a organização e seus diversos públicos. […] Fenômeno inerente aos agrupamentos de pessoas que integram uma organização ou a ela se ligam, a comunicação organizacional configura as diferentes modalidades comunicacionais que permeiam sua atividade. (KUNSCH, 2003, p. 149)
Assim, no mundo corporativo, como um agrupamento de pessoas em constante interação, predomina o aspecto pragmático da comunicação nas empresas, ou seja, nesse ambiente é possível observar as diversas implicações e interações desse pragmatismo, assim como as interações por ele provocadas ou dele decorrentes.
No ambiente organizacional, também são vários os discursos praticados: o do público interno (colaboradores, chefias imediatas, diretorias) e o do público externo (mídia, propaganda, clientes, fornecedores e governo). Vários são também os gêneros por meio dos quais eles se manifestam, como jornais internos, newsletters (ou boletins informativos), e-mails institucionais, house organs, websites, blogs, Twitter, perfis e páginas nas redes sociais (como postagens no Facebook, Instagram e LinkedIn), correspondências, cartas, ofícios, relatórios e inúmeros outros.
Dessa forma, em um mundo globalizado e interligado graças ao avanço da mídia cada vez mais segmentada e das tecnologias de informação, a comunicação dentro das empresas se destaca como fator decisivo para o bom relacionamento e para a unidade da imagem institucional das organizações, que precisam de meios de comunicação eficazes e de credibilidade com seus diversos públicos – interno e externo – a fim de evitar ruídos ou barreiras.
A comunicação empresarial – organizacional, corporativa ou institucional – percorreu um longo caminho até chegar à concepção abrangente de instrumento eficiente de gestão administrativa – e um insumo importante da gestão empresarial para a tomada de decisões. Para isso, ela tem um funcionamento dinâmico consolidado a garantir que os seus colaboradores trabalhem de forma alinhada, coesa e sistemática aos objetivos institucionais/corporativos. Além do mais, ela precisa fazer com que os colaboradores se sintam parte da empresa, implicando em um incremento de desempenho, produtividade, inovação e dinamismo, de forma a criar defensores da sua imagem institucional – nos âmbitos interno e externo. Trata-se, então, de um processo que associa diversos componentes, que interagem entre si e com segmentos (ou departamentos) da empresa, governos e a sociedade em geral.
Atores da comunicação corporativa
Os atores da comunicação corporativa são os participantes envolvidos no processo de troca de informações dentro de uma organização. Esses atores desempenham papéis distintos, contribuindo para a transmissão, recepção e interpretação eficaz das mensagens organizacionais.
Na comunicação interna de uma organização, os atores ou agentes da comunicação empresarial/institucional são os colaboradores da empresa, pois, em uma companhia, a comunicação e a troca de informações ocorrem internamente (e diariamente) entre os próprios funcionários da companhia e seguem alguns fluxos que determinam o tom da linguagem e da abordagem na interação diária entre os diversos atores institucionais.
No caso, dentro do ambiente corporativo, temos o fluxo descendente, que ocorre das posições de cargos mais altos aos mais baixos, em empresas com forte hierarquia e mais rígidas (e até autocráticas!); e o fluxo ascendente, de baixo para cima. Já o fluxo horizontal é aquele que se verifica entre colaboradores de uma mesma posição, em um mesmo nível dentro da empresa (um tipo de comunicação empresarial que tende a ser mais dinâmico e leve, sem pressupor a hierarquia dos cargos e, portanto, em teoria, mais informal); o transversal, que se dá em todas as direções e permite a participação de todos os colaboradores, em diferentes canais institucionais, independentemente do nível hierárquico, de forma que todos os colaboradores participem da comunicação empresarial, facilitando a aproximação de pessoas de diferentes setores; e o circular, o mais comum nas empresas, que não segue as direções tradicionais e que pode favorecer ainda mais a dinâmica da comunicação empresarial no ambiente de trabalho, independentemente também das distinções hierárquicas presentes em uma empresa.
Na comunicação externa, em um fluxo de dentro para fora, a relação da corporação se dá com sindicatos, fornecedores, clientes, imprensa, comunidade, clientes, escolas, organizações não governamentais, além de outras instituições, privadas ou governamentais. Para cada um desses públicos, os atores e profissionais responsáveis pela comunicação corporativa devem ter a clareza, a impessoalidade objetiva e a eficiência da mensagem a ser enunciada a seus interlocutores, adequando-a a cada uma das situações e aos contextos específicos, de acordo com os valores da corporação, pois é a imagem da empresa que está sendo levada para o público externo, seja no momento de estabelecer relações institucionais, ao se firmar parcerias mais duradouras ou momentâneas, seja no momento de fornecer mercadorias ou serviços – de qualquer natureza, intermitentemente ou de forma contínua –, de acordo com as necessidades dos públicos e dos targets a quem se destina a comunicação.
São, assim, inúmeras as interações comunicacionais e informativas no âmbito empresarial, dentro de suas possibilidades, pois uma empresa como geradora de significados se comunica com clientes, com seus colaboradores (e estes entre si), com o governo e com a sociedade como um todo – o tempo todo. Com os avanços da tecnologia da informação, para cada um desses públicos ou interlocutores, ela tem diferentes coisas a dizer, de diferentes formas, em múltiplos canais, de forma a cumprir um ou mais objetivos, mas não pode – e não deve – cair em contradição.
Em sua comunicação, precisa ser coerente – principalmente – até na propaganda e nas formas de se apresentar ao público e ao mercado. E a propaganda, como parte da comunicação empresarial/institucional, está presente na maioria das empresas e não pode transmitir valores diferentes dos que a organização afirma possuir, sob o risco de gerar ruídos e barreiras. Deve estar em sintonia com os propósitos da empresa e de seus colaboradores, como parte de sua comunicação externa. Em suma, sem comunicação eficiente – em sinergia com seus fluxos internos e externos –, uma empresa não existiria, pois não “significaria”.
Siga em Frente...
Barreiras na comunicação corporativa
Barreiras ou ruídos na comunicação referem-se a qualquer fator que interfira ou distorça a transmissão eficaz de uma mensagem entre um remetente e um destinatário. Esses ruídos podem ocorrer de diferentes formas e em vários estágios do processo de comunicação, resultando em mal-entendidos, distorções ou até mesmo em falhas completas de comunicação.
A comunicação corporativa é fundamental para o funcionamento eficiente de uma organização. No entanto, várias barreiras podem surgir e dificultar a comunicação eficaz. No Quadro 1 estão algumas das mais comuns na comunicação corporativa.
Tipos | Descrição |
| Barreiras semânticas | - Uso de linguagem técnica ou jargões não compreendidos por todos. - Diferenças na interpretação de palavras ou conceitos. |
| Barreiras físicas | - Distância geográfica entre equipes e escritórios, dificultando a comunicação face a face. - Problemas técnicos em videoconferências e má qualidade de conexões telefônicas. |
| Barreiras psicológicas | - Diferenças culturais, opiniões e valores levando a mal-entendidos. - Atitudes defensivas e resistência à mudança inibindo a comunicação aberta. |
| Barreiras de percepção | - Divergências na interpretação da realidade, resultando em diferentes entendimentos da mesma mensagem. - Influência de estereótipos e preconceitos. |
| Barreiras de confiança | - Falta de confiança entre colegas ou entre lideranças e funcionários levando à comunicação retida. - Informações não confiáveis minando a revisão. |
| Barreiras organizacionais | - Estruturas organizacionais complexas e políticas que desencorajam a comunicação aberta. |
| Barreiras de tempo | - Pressão do tempo resultando em comunicações apressadas e incompletas. - Diferenças de fuso horário causando atrasos. |
| Barreiras tecnológicas | - Problemas com sistemas de comunicação, software ou hardware podem prejudicar a troca de informações. - A falta de habilidades tecnológicas pode ser uma barreira para alguns membros da equipe. |
| Barreiras de sobrecarga de informações | - O excesso de informações pode dificultar a identificação de mensagens críticas. - Mensagens mal direcionadas ou irrelevantes podem levar à confusão. |
| Barreiras de comunicação não verbal | - Ausência de linguagem corporal em comunicações escritas ou virtuais. - Falta de consciência sobre como as expressões verbais e os gestos podem afetar a mensagem. |
Quadro 1 | Tipos de barreiras na comunicação. Fonte: elaborado pela autora.
Superar essas barreiras requer esforços contínuos por parte da liderança e dos membros da equipe para promover uma cultura de comunicação aberta, fornecer treinamento quando necessário e utilizar ferramentas eficazes de comunicação.
Para evitar ou minimizar as barreiras na comunicação no ambiente corporativo, é fundamental adotar estratégias proativas e promover uma cultura de comunicação aberta e eficaz. Aqui estão algumas sugestões:
- Estabelecer expectativas claras: definir claramente as expectativas em termos de prazos, responsabilidades e objetivos de comunicação. Isso ajuda a evitar mal-entendidos desde o início.
- Utilizar de diversos canais de comunicação: combinar diferentes canais de comunicação, como reuniões presenciais, videoconferências, e-mails, mensagens instantâneas e outros, para se adequar às necessidades específicas de cada situação.
- Adaptar a linguagem ao público-alvo: evitar jargões técnicos ou linguagem complexa. Adaptar a linguagem ao nível de compreensão do público-alvo, garantindo que a mensagem seja acessível e exclusiva para todos.
- Promover uma escuta ativa: encorajar a prática da escuta ativa, em que os membros da equipe se dedicam a compreender completamente a mensagem do remetente, fazendo perguntas e demonstrando interesse genuíno.
- Fornecedor treinamento em comunicação: oferecer treinamentos regulares em habilidades de comunicação, incluindo técnicas de apresentação, negociação e resolução de conflitos. Isso ajuda a melhorar a eficácia da comunicação dentro da organização.
- Facilitar o feedback construtivo: estabelecer uma cultura de feedback aberta e construtiva. Isso permite que os membros da equipe expressem suas opiniões e forneçam sugestões para melhorar a comunicação.
- Promover a transparência: incentivar a transparência na comunicação, compartilhando informações relevantes de maneira clara e oportuna. A transparência desenvolve confiança e reduz a probabilidade de mal-entendidos.
Dessa maneira, a eficácia da comunicação no ambiente corporativo é essencial para o sucesso organizacional, pois ao considerar e abordar proativamente as barreiras na comunicação, as empresas podem promover um ambiente mais colaborativo, produtivo e coeso.
Vamos Exercitar?
Vimos nesta aula aspectos relevantes sobre a comunicação corporativa, compreendendo suas nuances, os atores envolvidos e a importância de se evitar ao máximo barreiras na comunicação.
Vamos aos questionamentos apresentados no início da aula:
- O que diferencia a comunicação corporativa de outras formas de comunicação?
- Como a comunicação corporativa contribui para os objetivos da organização?
- Quem são exatamente os atores da comunicação corporativa e qual é o papel de cada um?
- Como as diferentes posições na organização afetam a dinâmica da comunicação corporativa?
- Quais barreiras podem afetar a eficácia da comunicação no ambiente corporativo?
- Quais estratégias podem ser adotadas para superar as barreiras organizacionais na comunicação?
A comunicação corporativa se distingue dos outros tipos de comunicação, principalmente por sua natureza estratégica e orientação para metas organizacionais. É uma comunicação específica para ambientes organizacionais, focando na transmissão de mensagens homologadas aos objetivos e valores da empresa, por isso, desempenha um papel crucial ao alinhar as mensagens organizacionais, melhorar o entendimento interno, fortalecer a cultura empresarial e construir uma imagem coesa, o que contribui para a eficácia operacional e o alcance dos objetivos da organização.
Muitas pessoas estão envolvidas no processo comunicativo institucional, desde a alta administração até os colaboradores de todos os níveis. Cada membro desempenha um papel na transmissão, recepção e interpretação de informações, influenciando a cultura organizacional e o engajamento dos funcionários. As posições na organização afetam a dinâmica da comunicação corporativa, pois impactam na forma como as mensagens são transmitidas e recebidas. A liderança é responsável por comunicar estratégias, enquanto os funcionários recebem feedback e implementação, moldando a dinâmica da comunicação.
Por ser considera um processo, a comunicação pode encontrar barreiras em sua transmissão de informações e no ambiente corporativo se presa pela eficácia na comunicação, mas algumas barreiras podem surgir, como barreiras semânticas, físicas, psicológicas, de percepção, confiança, organizacionais, de tempo, tecnológicas e de sobrecarga de informações, o que acaba prejudicando a clareza e a compreensão das mensagens. Esses fatores podem afetar a colaboração, a produtividade e a coesão organizacional.
Uma comunicação eficaz impulsiona o desempenho, enquanto barreiras podem levar a mal-entendidos, conflitos e baixo engajamento. Investir em estratégias pode ajudar a melhorar a comunicação corporativa, como promover uma cultura de comunicação aberta, oferecer treinamento em habilidades de comunicação, utilizar diversos canais, fornecer feedback construtivo e definir políticas claras de comunicação. Essas abordagens ajudam a superar desafios e fortalecer a eficácia comunicativa na organização.
Saiba Mais
Em sua Biblioteca Virtual, realize a leitura do Capítulo 1, Tópicos essenciais da comunicação escrita, do livro Comunicação empresarial eficaz, da autora Kátia Luizari. Nele você encontrará definições e exemplos dos conteúdos apresentados nesta aula.
Indicamos também a leitura do texto Conexões de comunicação em meio a conflitos: é possível, do autor Marçal Siqueira, para que possa ampliar os seus conhecimentos sobre comunicação, principalmente na resolução de conflitos.
Referências Bibliográficas
CAHEN, R. Comunicação empresarial: a imagem como patrimônio da empresa e ferramenta de marketing. 10. ed. Rio de Janeiro: Best-Seller, 2005.
CECATO, V.; MAFEI, M. Comunicação corporativa: gestão, imagem e posicionamento. São Paulo: Contexto, 2011.
GUIMARÃES, T. C. Comunicação e linguagem. São Paulo: Pearson, 2012.
KUNSCH, M. Planejamento de relações públicas na comunicação integrada. São Paulo: Summus, 2003.
LUIZARI, K. Comunicação empresarial eficaz: como falar e escrever bem. 1. ed. Curitiba: Intersaberes, 2014.
MATOS, G. Comunicação empresarial sem complicações: como facilitar a comunicação na empresa, pela via da cultura e do diálogo. 2. ed. Barueri: Manole, 2009.
MELO, L. R. D. Comunicação empresarial. Curitiba: IESDE, 2012.
Aula 2
Dimensões da Comunicação Corporativa Organizacional
Dimensões da comunicação organizacional
Olá, estudante!
Nesta videoaula, exploraremos como cada dimensão organizacional, instrumental, estratégica e humana impacta sua prática profissional. Descubra a importância da comunicação instrumental na eficiência operacional, entenda como a comunicação estratégica molda a reputação da empresa e mergulhe na dimensão humana, destacando a relevância das interações interpessoais.
Prepare-se para aprimorar suas habilidades comunicativas voltadas ao ambiente corporativo! Assista agora, estamos ansiosos para compartilhar esse conhecimento com você!
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Bons estudos!
Ponto de Partida
Nesta aula, exploraremos as dimensões da comunicação organizacional, sendo instrumental, estratégica e humana. Durante essa jornada, vamos detalhar como cada dimensão desempenha um papel importante na sua prática profissional.
Precisamos reconhecer, inicialmente, que as dimensões não existem isoladamente, mas estão interconectadas, pois uma comunicação organizacional eficaz, geralmente, envolve a integração e a gestão adequada delas para garantir que a informação seja transmitida de maneira clara, que esteja alinhada com os objetivos estratégicos da organização e que promova relacionamentos positivos entre os membros da equipe. Aqui vamos analisar separadamente por uma questão metodológica.
Ao refletirmos sobre esses conteúdos, algumas questões podem ser levantadas, como:
- Como a comunicação instrumental influencia o dia a dia nas organizações?
- Qual é a importância da comunicação estratégica no sucesso de uma empresa?
- Como as relações humanas impactam a comunicação organizacional?
- Quais são os desafios comuns enfrentados na implementação dessas dimensões na prática?
- Como equilibrar as três dimensões para uma comunicação eficaz?
- Quais são as tendências atuais na comunicação organizacional?
A dimensão instrumental será revelada como a transmissão eficiente de informações, por meio de documentos formais e políticas organizacionais é crucial para a execução eficaz das tarefas do cotidiano. Em seguida, adentraremos no universo da comunicação estratégica, destacando como alinhar a comunicação aos objetivos globais pode moldar a reputação e o sucesso da empresa. Por fim, vamos focar na dimensão humana, abordando a importância das interações interpessoais, reuniões, feedbacks e o desenvolvimento de equipes para criar um ambiente de trabalho saudável e eficaz.
A compreensão dessas dimensões será significativa para o seu crescimento profissional. Imagine como aprimorar suas habilidades de comunicação instrumental, estratégica e humana pode impactar positivamente suas interações, seus projetos e o ambiente de trabalho como um todo.
Desperte sua curiosidade, mergulhe nesse conhecimento e descubra como cada dimensão pode ser uma peça-chave no quebra-cabeça do seu sucesso profissional. Vamos juntos!
Vamos Começar!
Dimensão instrumental
A dimensão instrumental na comunicação organizacional é uma peça-chave para a execução eficaz das operações diárias. Ela se concentra na troca direta de informações e no fluxo de dados essenciais entre os diversos públicos da organização, nessa perspectiva, lida primariamente com dados brutos, sem passar por tratamento ou análise prévia. Essa forma de comunicação é fundamental para a realização de tarefas, compartilhamento de informações básicas, fornecimento de instruções claras e diretas, coordenação de atividades e manutenção de todos os informados sobre o que precisa ser feito.
No âmbito administrativo da comunicação organizacional, a dimensão instrumental desempenha um papel importante ao garantir que as informações fluam de maneira eficaz, assim, a eficácia da comunicação está diretamente ligada à sua clareza, objetividade e eficiência, o que facilita a execução das atividades de rotina e contribui para um ambiente organizacional fluido e operacional.
Historicamente, a comunicação entre líderes e colaboradores era frequentemente percebida como unilateral, em que as informações e os direcionamentos fluíam de cima para baixo, refletindo uma dinâmica de poder. No entanto, em resposta às mudanças sociais e ao reconhecimento da importância das relações humanas, essa visão tem evoluído.
Atualmente, vemos uma transição da dimensão instrumental para a dimensão humana. Esta última está mais preocupada com o diálogo e a interação entre os participantes dos processos empresariais, reconhecendo a importância das relações interpessoais e da cultura organizacional. Essa mudança reflete a necessidade crescente de uma comunicação mais inclusiva, participativa e sensível ao contexto social.
Como apontado por Kunsch (2012), a dimensão instrumental é predominante nas organizações, caracterizando-se como funcional e técnica. Essa dimensão é considerada uma transmissão de informações e um instrumento para viabilizar processos, permitindo o pleno funcionamento da organização na busca de seus objetivos globais. Apesar de sua necessidade, a abordagem linear da comunicação instrumental muitas vezes tende a negligenciar contextos e aspectos mais subjetivos que também desempenham um papel crucial nas dinâmicas organizacionais.
Assim, ao reconhecer a importância da comunicação instrumental e sua relação com a dimensão humana, as organizações podem criar um ambiente comunicativo mais completo e adaptável, promovendo tanto a eficiência operacional quanto o bem-estar dos colaboradores.
Dimensão estratégica
A dimensão estratégica da comunicação organizacional desempenha um papel indispensável ao permanecer constantemente atenta, identificando não apenas os desafios imediatos, mas também as oportunidades potenciais no ambiente. Seu propósito é mais do que um simples ato de transmitir mensagens, ela é a que estabelece estratégias que moldam a comunicação de maneira intencional e alinhada aos objetivos mais amplos da organização.
Ao adentrar na esfera estratégica, estamos diante de um conjunto intricado de decisões que permeiam desde a escolha dos canais de comunicação até a definição da linguagem e o teor das mensagens. Tudo isso é meticulosamente planejado e organizado, sempre respeitando as diretrizes estabelecidas pela comunicação institucional, que serve como a bússola moral e conceitual da organização.
Essa dimensão vai além do mero envio de mensagens, envolvendo a criação e implementação de ações e campanhas que não apenas perpetuam a visão da organização, mas também se alinham aos objetivos de longo prazo. Construir a imagem da empresa, posicionar-se de maneira distinta no mercado, gerenciar crises com eficácia, comunicar mudanças impactantes e interagir estrategicamente com stakeholders externos são alguns dos pilares fundamentais dessa abordagem estratégica.
Numa análise mais profunda, essa dimensão tem o propósito de manipular uma percepção positiva da organização, o que vai além de simplesmente transmitir informações, trata-se de garantir que a mensagem seja coesa e alinhada aos valores e metas da empresa. Esse processo complexo e reflexivo ocorre de acordo com o planejamento detalhado e a organização precisa delinear os planos de comunicação das empresas.
Embora compartilhe semelhanças com a dimensão instrumental, a distinção reside no foco deliberado e organizado da dimensão estratégica em relação à missão, visão e valores da organização, pois sua função vai além da eficácia operacional, buscando uma aliança coesa entre ações comunicativas e os princípios fundamentais da empresa.
Além disso, a dimensão estratégica não apenas adiciona valor à instituição, mas destaca-a no cenário competitivo, potencializando o alcance de seu público-alvo. Profissionais especialistas em comunicação desempenham um papel importante na concepção desses planos de gestão comunicacional, refletindo sobre os processos de comunicação interna e os procedimentos de comunicação externa, indo vai além da transmissão de informações, pois envolve a delicada interação da organização com seu público-alvo e a sociedade em geral.
A eficácia desse plano estratégico não apenas influencia a percepção externa da empresa, mas também fortalece o comprometimento interno, garantindo que os funcionários compartilhem a visão da organização, pois essa integração entre a estratégia comunicativa e a cultura organizacional contribui para uma imagem positiva tanto interna quanto externamente.
Em consonância com as observações de Kunsch (2012), a dimensão estratégica da comunicação organizacional, embora compartilhe semelhanças com a dimensão instrumental, se destaca por sua abordagem pragmática, centrada nas ações comunicativas em busca de eficácia e resultados. É um fator que transcende a simples transmissão de informações, agregando valor tanto à organização quanto aos seus negócios.
Sua abordagem alinhada estrategicamente por meio de planejamento e gestão, conecta-se de maneira íntima aos objetivos globais da organização e aos princípios fundamentais estabelecidos em relação à missão, visão e valores. Essa conexão estreita entre estratégia comunicativa e princípios fundamentais é o alicerce para o sucesso duradouro da organização.
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Dimensão humana
A dimensão humana da comunicação organizacional se concentra nas interações diárias que são constantemente construídas e reconstruídas. Seu papel ativo facilita a compreensão entre as pessoas e apoia a criação de vínculos robustos, tudo isso em um processo comunicativo democrático, em que a expressão e audição são igualmente valorizadas.
Essa dimensão é essencial, pois reconhece que as organizações são formadas por indivíduos, cada um com emoções, perspectivas e valores únicos, assim, a comunicação humana aborda a construção de relacionamentos saudáveis, a construção de confiança, a motivação dos colaboradores, a resolução de conflitos e a promoção de um ambiente de trabalho inclusivo e colaborativo. Uma comunicação eficaz nessa dimensão, auxiliada por práticas de comunicação interna e endomarketing, contribui significativamente para o engajamento dos funcionários e para a construção de uma cultura organizacional positiva.
Em um contexto em que as instituições são formadas por seres humanos influenciados por diversos fatores sociais, culturais, políticos e econômicos, a ênfase na comunicação interpessoal dentro das organizações é fundamental. Por isso que a valorização crescente dessa dimensão se torna mais evidente diante do uso excessivo de tecnologias, que tem impactado negativamente o relacionamento interpessoal, promovendo um contato mais mecânico e condicionado ao uso de ferramentas tecnológicas.
Nesse sentido, diferentes autores têm defendido a necessidade de uma comunicação organizacional mais humana, que vai além da abordagem técnica e racional, priorizando a construção de relações autênticas ao invés de focar exclusivamente em resultados e metas financeiras. Kunsch (2012) sugere a criação de canais de comunicação internos diretos, conectando líderes e colaboradores em todos os níveis hierárquicos, proporcionando a todos uma sensação de importância no desenvolvimento da organização.
Conforme apontado por Kunsch (2012), a dimensão humana é inegavelmente indispensável, uma vez que a comunicação entre as pessoas é intrínseca à vida humana. No contexto organizacional, em que as relações sociais moldam a experiência diária, as pessoas precisam ser consideradas e valorizadas no processo comunicativo diário, sem serem subjugadas pelo excesso de comunicação técnica e instrumental focada exclusivamente em resultados de negócios.
Iniciativas como a abertura de canais diretos de diálogo entre a alta direção e os trabalhadores surgem como um caminho para a valorização das pessoas nas organizações. O estudo aprofundado sobre como a comunicação pode contribuir para a humanização das organizações se torna crucial em um mundo complexo, em que as pressões são constantes, tanto no âmbito profissional quanto pessoal.
Acredita-se que a comunicação humana nas organizações deve ocupar novos espaços, não apenas no meio acadêmico, mas também nas práticas cotidianas, respondendo às novas demandas sociais dos trabalhadores e exigindo novas abordagens teóricas para reflexão em um ambiente empresarial contemporâneo.
Aplicação das dimensões da comunicação organizacional
Vimos as dimensões de maneira separada, instrumental, estratégica e humana, para fins didáticos, agora vamos apresentar uma situação que poderia facilmente acontecer em uma empresa e identificar como cada dimensão seria aplicada na prática profissional.
Situação: uma empresa está passando por uma significativa mudança organizacional, com a implementação de uma nova tecnologia em todos os setores.
O Quadro 1 evidencia como cada dimensão poderia implementar suas ideias, por meio de exemplos práticos e aplicáveis.
Dimensão | Descrição | Exemplos de práticas |
| Instrumental | Nesta etapa, a comunicação instrumental é essencial para fornecer informações claras sobre mudanças iminentes. | - Elaboração de e-mails informativos com detalhes práticos. - Criação de manuais para orientar os colaboradores nas novas práticas. - Utilização de documentos informativos para comunicar cronogramas de implementação. |
| Estratégica | A dimensão estratégica atua na construção de uma narrativa coesa alinhada aos objetivos de longo prazo da empresa. | - Desenvolvimento de campanhas de comunicação estratégica. - Mensagens enfatizando inovação, eficiência e melhoria da experiência do cliente. - Contextualização da mudança dentro da visão e missão da empresa. |
| Humana | A dimensão humana reconhece as preocupações e os sentimentos dos colaboradores diante da mudança. | - Realização de reuniões presenciais para esclarecimento de dúvidas. - Sessões de perguntas e respostas para interação direta. - Criação de espaços para feedback, proporcionando uma via aberta para expressão de preocupações. - Cultivo de relações interpessoais para garantir que cada colaborador se sinta ouvido e valorizado. |
Quadro 1 | Abordagens das dimensões. Fonte: elaborado pela autora.
Dessa maneira, a comunicação instrumental assegura a transmissão eficiente de informações práticas, a dimensão estratégica molda a percepção global da mudança e a dimensão humana se concentra nas interações pessoais para suavizar a transição, lidando com as emoções e construindo um ambiente de apoio. Juntas, essas dimensões trabalham de maneira integrada para facilitar uma transição organizacional suave e bem-sucedida.
Em síntese, compreender as dimensões da comunicação organizacional é essencial para adotar abordagens comunicacionais adequadas a cada contexto e objetivo. Uma comunicação bem-sucedida não se limita apenas a transmitir informações, mas também considera as interações humanas, as metas estratégicas e as necessidades instrumentais da organização. Ao equilibrar essas três dimensões, as organizações podem construir uma comunicação mais eficiente, coesa e capaz de atender aos desafios e às oportunidades do ambiente em que estão inseridas.
Vamos Exercitar?
Vimos nesta aula aspectos relevantes sobre as dimensões da comunicação organizacional, instrumental, estratégica e humana. Destacamos a interligação essencial desses elementos na construção de uma abordagem comunicativa robusta e eficaz.
A dimensão instrumental, representada por documentos formais, políticas e procedimentos, é a base operacional que sustenta a execução eficiente das tarefas cotidianas, pois proporciona a clareza necessária, minimizando ambiguidades e garantindo a fluidez das operações diárias.
A comunicação estratégica, por sua vez, eleva a visão organizacional para além do presente, alinhando-a aos objetivos globais. É vista enquanto uma bússola que direciona a empresa, construindo reputação, diferenciando-a no mercado e estabelecendo uma identidade sólida. Uma comunicação estratégica eficaz é um catalisador para o sucesso a longo prazo.
Enquanto isso, a dimensão humana destaca a importância das relações interpessoais, das interações cotidianas e da cultura organizacional, porque humaniza o ambiente de trabalho, promovendo o engajamento dos colaboradores, a empatia e a coesão da equipe.
Vamos aos questionamentos apresentados no início da aula:
- Como a comunicação instrumental influencia o dia a dia nas organizações?
- Qual é a importância da comunicação estratégica no sucesso de uma empresa?
- Como as relações humanas impactam a comunicação organizacional?
- Quais são os desafios comuns enfrentados na implementação dessas dimensões na prática?
- Como equilibrar as três dimensões para uma comunicação eficaz?
- Quais são as tendências atuais na comunicação organizacional?
Ao trazermos os questionamentos iniciais, percebemos que a comunicação instrumental exerce uma influência crucial no cotidiano organizacional ao garantir a transmissão eficiente de informações, pois impacta diretamente a execução de tarefas diárias, a clareza nas políticas e os procedimentos, promovendo eficiência operacional e minimizando mal-entendidos.
Já a comunicação estratégica é importante para o sucesso empresarial, pois alinha a comunicação aos objetivos globais, contribui para a construção da reputação, diferenciação no mercado e criação de uma identidade positiva, elementos essenciais para atrair stakeholders, clientes e alcançar metas estratégicas.
Enquanto as relações humanas são imprescindíveis ao moldar a dinâmica de comunicação nas organizações, interações interpessoais, feedback construtivo e um ambiente de trabalho saudável promovem o engajamento dos funcionários, fortalecendo a colaboração e contribuindo para uma cultura organizacional positiva.
Muitos são os desafios na implementação dessas dimensões na prática, desafios comuns incluem resistência à mudança, falta de alinhamento estratégico, barreiras culturais e a necessidade de adaptar as práticas de comunicação às características específicas da organização. Superar esses obstáculos requer liderança eficaz, flexibilidade e estratégias de comunicação bem elaboradas.
O equilíbrio entre comunicação instrumental, estratégica e humana envolve a integração cuidadosa de cada dimensão, porque é necessário reconhecer a importância de uma comunicação clara e eficiente, alinhada a objetivos estratégicos, enquanto valoriza as relações humanas e promove uma cultura organizacional positiva.
Tendências atuais incluem a crescente influência das redes sociais, o aumento da comunicação interna digital, a ênfase na transparência e autenticidade, além da adaptação às mudanças na dinâmica do trabalho remoto. Assim, a personalização da comunicação e o uso de tecnologias inovadoras são aspectos em ascensão, moldando a evolução do campo da comunicação organizacional.
A maestria genuína na comunicação organizacional está na sincronia entre essas dimensões. A cuidadosa fusão da comunicação instrumental, estratégica e humana emerge como a essência para um ambiente organizacional saudável, eficaz e flexível. Cada dimensão oferece uma contribuição distinta, criando uma sinergia que impulsiona o êxito organizacional.
Saiba Mais
Em sua Biblioteca Virtual, realize a leitura do Capítulo 7, Cultura e comunicação organizacional, do livro Cultura e comunicação organizacional: um olhar estratégico sobre a organização, da autora Marlene Marchiori. Nele você encontrará definições e exemplos dos conteúdos apresentados nesta aula.
Recomendamos também a leitura do texto As dimensões humana, instrumental e estratégica da Comunicação Organizacional: recorte de um estudo aplicado no segmento corporativo, da autora Margarida M. Krohling Kunsch, para que possa ampliar os seus conhecimentos sobre os temas apresentados na aula.
Referências Bibliográficas
KUNSCH, M. M. K. (org.). A comunicação como fator de humanização das organizações. São Caetano do Sul: Difusão, 2010.
KUNSCH, M. M. K. As dimensões humana, instrumental e estratégica da comunicação organizacional: recorte de um estudo aplicado no segmento corporativo. In: INTERCOM – RBCC, São Paulo, v. 35, n. 2, p. 267-289, jul./dez. 2012.
MARCHIORI, M. Cultura e comunicação organizacional: um olhar estratégico sobre a organização. 1. ed. São Caetano do Sul: Difusão, 2017.
WOLTON, D. Pensar a comunicação. Trad. de Zélia Leal Adghirni. Brasília: Editora UnB, 2004.
Aula 3
Os Tipos de Comunicação no Meio Corporativo
Os tipos de comunicação no meio corporativo
Olá, estudante!
Nesta videoaula, vamos nos aprofundar nos conceitos essenciais da comunicação profissional, abordando os aspectos da comunicação interna, externa e integrada. Exploraremos como esses tipos de comunicação são fundamentais para o sucesso prático no ambiente de trabalho, porque compreender a dinâmica entre esses elementos é importante para estabelecer relações eficazes tanto dentro da organização quanto fora dela.
Não deixe passar a oportunidade de aprimorar suas habilidades de comunicação e elevar o seu desempenho profissional. Assista agora!
Clique aqui para acessar os slides da sua videoaula.
Bons estudos!
Ponto de Partida
Nesta aula, abordaremos os três principais tipos de comunicação: interna, externa e integrada. A compreensão desses conceitos é de suma importância para uma prática profissional eficaz, pois influenciam diretamente na eficiência operacional, na construção de relacionamentos sólidos e na gestão da reputação organizacional.
A comunicação interna, focada na troca de informações dentro da organização, é essencial para promover um ambiente de trabalho coeso, alinhando objetivos e fortalecendo a cultura empresarial. A comunicação externa, por sua vez, concentra-se na interação da empresa com seu público externo, clientes, parceiros e comunidade, desempenhando um papel fundamental na construção da reputação e relacionamento. Já comunicação integrada, visa sincronizar as mensagens em todos os canais de comunicação, garantindo consistência e impacto.
Ao analisarmos esses conteúdos, alguns questionamentos podem surgir, como:
- Como implementar efetivamente estratégias de comunicação interna em uma organização?
- Quais são os desafios mais comuns na comunicação interna e como superá-los?
- Como adaptar a comunicação externa para diferentes públicos-alvo?
- Quais são as melhores práticas para lidar com situações de crise na comunicação externa?
- Quais são os benefícios práticos da comunicação integrada em uma empresa?
- Quais ferramentas e tecnologias podem facilitar a implementação da comunicação integrada?
Após explorarmos as nuances da comunicação interna, externa e integrada, convido você a mergulhar nesse conhecimento e aplicá-lo em sua jornada profissional. Entender esses conceitos não apenas fortalecerá suas habilidades comunicativas, mas também abrirá portas para oportunidades de impacto no seu dia a dia profissional.
A comunicação eficaz é uma ferramenta poderosa. Vamos juntos descobrir como ela pode transformar a sua carreira. Não perca a chance de se aprimorar e se destacar. Está pronto para essa jornada?
Vamos Começar!
Comunicação interna
De maneira geral, a comunicação interna de uma organização pode ser definida como a troca de informações entre a diretoria de uma empresa, os gestores e seus colaboradores e como o diálogo estabelecido entre esses colaboradores e seus pares. De acordo com Kunsch (2003, p. 154):
A comunicação interna [...] seria um setor planejado, com objetivos bem definidos, para viabilizar toda a interação possível entre a organização e seus empregados, usando ferramentas da comunicação institucional e até da comunicação mercadológica. [...] Portanto, a comunicação interna ocorre paralelamente com a circulação normal da comunicação que perpassa todos os setores da organização, permitindo seu pleno funcionamento. [Trata-se ainda de] uma ferramenta estratégica para compatibilização dos interesses dos empregados e da empresa, através do estímulo ao diálogo, à troca de informações e de experiências e à participação de todos os níveis.
A comunicação interna adquire, assim, uma importância fundamental e estratégica para que as informações cheguem aos seus colaboradores, em uma dinâmica de fluxos ascendentes e descentes – horizontais, verticais, circulares, entre outros –, em um encadeamento incessante, a depender do tamanho da organização.
Anteriormente, as chefias de corporações autoritárias, como senhores soberanos, exerciam monocraticamente a função de guardiãs exclusivas de toda e qualquer informação e saber relativos à companhia, atrelando seu poder ao controle dessa informação, disponibilizada somente quando achavam necessário. Hoje, entre as novas competências requeridas das lideranças, destaca-se a capacidade de lidar com visões e habilidades diferenciadas das equipes, mais flexíveis, estimulando o compartilhamento de ideias, informações e soluções, por diferentes canais que servem aos interesses da comunicação interna, como a intranet ou os boletins informativos – que hoje são substituídos por sua versão eletrônica – mais adequados ao nosso contexto de agilidade da informação e economia de recursos, como o papel impresso.
Com isso, algumas exigências se colocam à comunicação interna, sendo fundamental que, de um lado, as organizações entendam e abordem os funcionários, como também produtores de mensagens – não só receptores passivos – e, por outro, considerem as demandas desses funcionários por informações – e seus feedbacks, que podem impactar de modo direto seu trabalho, sua comunicação e sua qualidade de vida na organização. Além disso, é necessária uma normatização das mensagens, para que atendam aos interesses da corporação e comuniquem objetivamente a mensagem, de acordo com o registro formal da língua.
Mais do que facilitar o processo interno de circulação de informações entre departamentos e chefias de uma empresa, a comunicação interna serve, principalmente, como um instrumento humanizador das relações interpessoais na empresa. Ela pode tornar os colaboradores mais conscientes de seu papel social e institucional, distinguindo o nível de conhecimento deles sobre determinado assunto de interesse, além de integrá-los melhor ao ambiente de trabalho, dando voz a eles e ajudando-os a alcançar os objetivos da empresa.
Considerada a base de qualquer processo administrativo, a comunicação interna, quando trabalhada de forma planejada e de acordo com a normatização adequada, contribui para a obtenção de vários resultados positivos na organização, entre os quais se destacam, segundo Tavares (2010): a minimização de ruídos; a criação de um clima positivo entre todos da empresa; efetividade nos processos gerenciais, proatividade da área do RH; adequada descentralização das decisões nas diversas áreas; abastecimento do público interno quanto às informações da atuação da organização no mercado; conquista de credibilidade institucional por meio de transparência nos processos internos.
O Quadro 1 listas a importância da comunicação interna para a organização.
Benefícios da comunicação interna | Descrição |
| Engajamento dos colaboradores | Mantém os funcionários informados sobre objetivos, realizações e desafios, fortalecendo o envolvimento e a dedicação à empresa. |
| Cultura organizacional | Contribui para a construção e sustentação de uma cultura coesa, em que valores e missão são compreendidos e compartilhados por todos. |
| Produtividade | Reduz mal-entendidos, alinha expectativas e promove um ambiente mais eficiente, resultando em maior produtividade no ambiente de trabalho. |
| Motivação | Colaboradores informados e envolvidos no processo decisório tendem a estar mais motivados, aumentando o comprometimento e a satisfação no trabalho. |
| Gestão de mudanças | Facilita a implementação de mudanças organizacionais, fornecendo informações claras e gerenciando resistências, tornando o processo mais suave e eficiente. |
| Melhoria nas relações interpessoais | Promove um ambiente aberto e transparente, fortalecendo as relações entre os membros da equipe e contribuindo para um clima de trabalho positivo e colaborativo. |
Quadro 1 | Importância da comunicação interna. Fonte: elaborado pela autora.
A comunicação dentro da empresa independe da escala hierárquica, ela deve existir e ser plenamente democrática, coexistindo em todos os níveis organizacionais, pois a construção de uma comunicação interna eficaz permite a interação e a integração de todo o universo corporativo, informando os funcionários sobre os valores da empresa e sobre o ambiente de trabalho, valorizando a participação de todos os colaboradores no andamento dos negócios, além de facilitar o relacionamento interpessoal e a transmissão de uma boa imagem corporativa para o público externo a cargo de seus funcionários.
No que se refere à linguagem, vale reiterar que a comunicação interna veiculada em uma organização deve apresentar características fundamentais: trata-se da clareza e da eficácia da mensagem, além da importância do uso da norma padrão e culta. Seu objetivo, como meio de comunicação específico das empresas, é transmitir uma informação clara e persuadir o receptor. O destinatário precisa compreender a mensagem de forma precisa e dar a ela uma resposta favorável, de forma a ser receptivo e, assim, entregar o feedback.
Comunicação externa
Nos últimos anos, há uma maior preocupação das empresas em praticar ações objetivando a valorização de sua imagem corporativa e institucional junto aos seus diversos públicos, mesmo em uma empresa pequena ou média. Uma das formas usadas pelas companhias para promover essas iniciativas é a divulgação por meio de veículos de comunicação que se dirigem ao grande público externo. Essas ações de comunicação mercadológica, se planejadas e executadas corretamente, estimulam consciência, interesse e a demanda do mercado para saber mais da empresa que anuncia sua imagem. E as empresas, por sua vez, precisam capturar as respostas criadas por tais estímulos – por meio de pesquisas e feedbacks –, a fim de garantir seu investimento para manter sua imagem institucional.
Como o nome diz, comunicação externa é toda comunicação ou ação empresarial dedicada a se comunicar com o público de fora da empresa, utilizando-se dos canais apropriados à sua comunicação. Trata-se de algo mais que a publicidade e propaganda pura e simplesmente. A comunicação externa, mais precisamente com a mídia – realizada pelo marketing e pela assessoria de imprensa –, é uma ferramenta poderosa, sobretudo quando se trata do reforço da imagem institucional junto a um público bem mais amplo.
Por isso, a comunicação e as relações públicas da empresa com a mídia exterior são uma das áreas estratégicas dentro de uma organização e que requer um planejamento cuidadoso e adequado, pois quando o assunto é imprensa, internet ou meios de comunicação, qualquer deslize pode custar caro à imagem institucional, especialmente na era da internet.
Assim, por exemplo, em um plano de assessoria de imprensa, uma das etapas que deve preceder, necessariamente, ao envio de uma nota de imprensa é a definição da estratégia de comunicação adotada e o tipo de mensagem que deve ser transmitido ao público externo. A comunicação externa deve atentar, principalmente, ao público-alvo (e em seu perfil) da organização, focando nos interesses da empresa, bem como nas oportunidades que podem surgir do contato com veículos de comunicação – impressos, midiáticos, digitais etc.
Desse modo, um plano de comunicação bem-feito e detalhado estabelece princípios para a escolha e a conduta do representante público de uma organização. A comunicação institucional veiculada ao público externo procura, assim, compartilhar com esse público várias de suas propriedades intangíveis, como histórico, visão, missão e valores.
O Quadro 2 lista a importância da comunicação externa para a organização.
Benefícios da comunicação externa | Descrição |
| Construção de reputação | Contribui para a construção de uma reputação positiva, fortalecendo a confiança de clientes e stakeholders na empresa. |
| Aquisição de clientes | Estratégias elaboradas são essenciais para atrair novos clientes, destacar produtos ou serviços e diferenciar-se no competitivo mercado. |
| Gestão de crises | Estabelece a base para lidar com situações de crise de forma transparente, minimizando danos à imagem e mantendo a confiança dos stakeholders. |
| Posicionamento de marca | Auxilia a posicionar a marca no mercado, destacando valores, diferenciais e alinhamento com as expectativas do público, consolidando uma identidade sólida. |
| Fidelização de clientes | Uma comunicação externa eficaz cria relacionamentos contínuos com os clientes, mantendo-os informados, engajados e fomentando a lealdade à marca. |
| Atração de investidores | Impacta positivamente na percepção de investidores, fornecedores e parceiros, influenciando suas decisões de colaboração e investimento na empresa. |
Quadro 2 | Importância da comunicação externa. Fonte: elaborado pela autora.
Para comunicar-se com o público externo, uma empresa precisa, em diversos níveis e áreas, entender o conceito de stakeholders, que nada mais são que os públicos estratégicos que possuem interesses coincidentes com os da organização. Existem diversos outros canais de comunicação com o público externo que as empresas podem e devem utilizar para estabelecer relacionamentos com os stakeholders, por exemplo: o rádio, as redes sociais virtuais, a mala-direta, o e-mail marketing, o telemarketing, o WhatsApp, os catálogos de produtos, os terminais de compra, a televisão interativa, entre outros.
Esses canais viabilizam a comunicação em dois sentidos e, por isso, também são chamados de comunicação interativa. A empresa fala, o consumidor responde e vice-versa. O feedback é dado de maneira quase imediata, possibilitando soluções mais eficazes e evitando-se ruídos com o máximo de informações e canais de comunicação externa.
Atualmente, a internet é um dos principais veículos de comunicação externa e interna em uma organização. De acordo com Cukierman e Carvalho ([s. d.]), a internet surgiu na época da Guerra Fria, nos anos de 1960, com objetivos militares, e só em 1990, com o desenvolvimento da World Wide Web, a rede adquiriu cores, imagens, sons e vídeos e, desde então, não parou de crescer, receber investimentos, facilitando a comunicação, os contatos e os relacionamentos.
Para os consumidores e para as empresas, a internet já se transformou em uma aliada, ajudando-os a descobrir informações sobre as empresas e sendo um canal importante para que eles possam demonstrar seus gostos e interesses. Portanto, ela possibilitou o surgimento de novos canais de comunicação e incorporou outros veículos de comunicação, como a televisão, o rádio e os jornais impressos, tornando-se o ambiente principal de troca de informações entre empresa e stakeholders.
Siga em Frente...
Comunicação integrada
A comunicação integrada se refere à estratégia que busca unificar e alinhar todas as mensagens e canais de comunicação de uma organização, interna e externamente. Isso envolve a sincronização de esforços entre diferentes departamentos, como marketing, relações públicas e comunicação interna, para garantir consistência e coesão nas mensagens transmitidas.
Esse tipo de comunicação representa um processo estratégico que abrange tanto o planejamento quanto a execução de ações por meio de diferentes canais de comunicação. Nessa abordagem, a instituição busca não apenas fortalecer sua marca, mas também estabelecer e consolidar sua identidade junto aos diversos públicos-alvo. O objetivo vai além do simples posicionamento no mercado, trata-se de garantir uma presença sólida e positiva na sociedade em geral.
A concepção de um planejamento de comunicação integrada envolve uma compreensão abrangente das ações comunicacionais desenvolvidas na organização, além da elaboração de um sólido plano de comunicação. Essa abordagem se destaca ao articular estratégias de marketing com a utilização de diversos canais de comunicação, visando manter uma conexão consistente entre a marca e seu público. Seja por meio de e-mails, presença nas redes sociais, ou criação de propagandas em diferentes plataformas, as estratégias de comunicação integrada convergem para um objetivo claro: destacar-se positivamente perante os consumidores.
Dessa forma, a comunicação integrada transcende a mera transmissão de mensagens, tornando-se uma ferramenta essencial para a construção de uma presença robusta, coerente e confiável no cenário empresarial e social. A integração eficaz de diferentes meios e estratégias não apenas reforça a imagem da organização, mas também estabelece conexões duradouras e significativas com os públicos-chave, contribuindo para o alcance de metas mais amplas e a consolidação de uma reputação positiva.
O Quadro 3 listas a importância da comunicação integrada para a organização.
Benefícios da comunicação integrada | Descrição |
| Consistência da marca | Constrói e mantém uma imagem de marca uniforme, assegurando que a empresa seja percebida de maneira consistente por funcionários, clientes e parceiros. |
| Eficiência operacional | Coordena esforços e mensagens, evitando a dispersão de energia e recursos. Aumenta a eficiência operacional e reduz a possibilidade de mensagens contraditórias. |
| Experiência do cliente | Contribui para uma experiência do cliente mais coesa, alinhando mensagens em todos os pontos de contato e proporcionando uma jornada mais consistente e compreensível. |
| Credibilidade e confiança | A coerência nas mensagens constrói credibilidade, transmitindo confiança tanto internamente para colaboradores quanto externamente para clientes e parceiros. |
| Adaptação às mudanças | Permite ajustar mensagens de maneira unificada em resposta a mudanças internas ou externas, mantendo a organização ágil e relevante em um ambiente dinâmico. |
Quadro 3 | Importância da comunicação integrada. Fonte: elaborado pela autora.
Dessa maneira, a comunicação integrada é essencial para construir uma presença sólida no mercado, fortalecer a identidade da marca e garantir que todos os stakeholders compreendam e compartilhem a visão e os valores da organização.
Vamos Exercitar?
Vimos nesta aula aspectos relevantes sobre os tipos de comunicação, interna, externa e integrada. Os conteúdos abordados são fundamentais para o sucesso e desenvolvimento sustentável de uma organização, pois, em conjunto, esses três pilares formam a espinha dorsal de uma estratégia de comunicação eficaz.
A comunicação interna é essencial para a coesão organizacional. Utilizando canais como intranet, reuniões e redes sociais corporativas, as estratégias devem promover transparência, participação e feedback constante. Desafios comuns, como falta de transparência e resistência à mudança, podem ser superados com liderança aberta e uso eficaz de tecnologias de comunicação.
Na comunicação externa, adaptar a mensagem para diferentes públicos-alvo é crucial. Personalização, escolha de canais apropriados e linguagem acessível são práticas-chave. Em situações de crise, a rapidez, transparência e empatia são fundamentai, a designação de porta-vozes confiáveis e a preparação com planos de crise antecipados são estratégias eficazes.
A comunicação integrada visa sincronizar mensagens em todos os canais, garantindo consistência e eficácia. Benefícios práticos incluem uma abordagem completa, fortalecimento da identidade da marca e melhoria da experiência do cliente, ferramentas como plataformas de gestão de projetos e automação de marketing facilitam a implementação, enquanto intranets modernas e análise de dados desempenham papéis essenciais.
Vamos aos questionamentos apresentados no início da aula:
- Como implementar efetivamente estratégias de comunicação interna em uma organização?
- Quais são os desafios mais comuns na comunicação interna e como superá-los?
- Como adaptar a comunicação externa para diferentes públicos-alvo?
- Quais são as melhores práticas para lidar com situações de crise na comunicação externa?
- Quais são os benefícios práticos da comunicação integrada em uma empresa?
- Quais ferramentas e tecnologias podem facilitar a implementação da comunicação integrada?
Ao analisarmos os questionamentos iniciais, somos direcionados para o fato de que para implementar efetivamente estratégias de comunicação interna em uma organização, é crucial começar com uma análise abrangente das necessidades e expectativas dos colaboradores. Para isso, a utilização de canais variados, como intranet, e-mails, reuniões regulares e redes sociais corporativas podem estabelecer uma linguagem clara e consistente, promovendo a participação ativa dos funcionários e fornecer feedbacks essenciais.
Os desafios comuns na comunicação interna incluem falta de transparência, ruídos na comunicação e resistência à mudança. Superá-los requer uma liderança aberta, canais de feedback eficientes, comunicação bidirecional e o uso de tecnologias que facilitem a troca de informações de maneira rápida e eficaz.
Com relação à comunicação externa, é importante adaptar a linguagem aos diversos públicos-alvo, pois personalizar a mensagem de acordo com suas necessidades e preferências, escolher os canais adequados e manter uma linguagem acessível são práticas-chave. A pesquisa contínua sobre o comportamento do público também é crucial para ajustes contínuos.
Em situações de crise, a comunicação externa deve ser rápida, transparente e focada em soluções, por isso é importante designar porta-vozes confiáveis, oferecer informações precisas, assumir responsabilidades quando necessário e manter a empatia são práticas essenciais. A preparação com planos de crise antecipados também é crucial.
A comunicação integrada traz benefícios práticos de comunicação e proporciona consistência nas mensagens, melhora a eficácia da comunicação, fortalece a identidade da marca e cria uma experiência mais unificada para os stakeholders. Além disso, promove uma abordagem completa, alinhando esforços de marketing, relações públicas e comunicação interna para alcançar objetivos comuns.
Há ferramentas e tecnologias que auxiliam na implementação de comunicação integrada como, por exemplo, plataformas de gestão de projetos, softwares de automação de marketing e sistemas de gerenciamento de relacionamento com o cliente são fundamentais para facilitar a implementação da comunicação integrada. O uso de intranets modernas, plataformas de análise de dados e ferramentas de colaboração on-line também desempenham papéis essenciais nesse processo.
Assim, a importância dos tipos de comunicação – interna, externa e integrada – reside na sua capacidade de moldar não apenas a imagem da empresa, mas também a dinâmica interna e a relação com stakeholders. Uma comunicação interna eficaz promove a coesão, a inovação e a produtividade. A comunicação externa, por sua vez, é a chave para construir relacionamentos sólidos e uma reputação positiva. Ao integrar esses dois aspectos, a comunicação integrada não apenas fortalece a identidade da marca, mas também aprimora a eficiência operacional. Em um cenário empresarial dinâmico, compreender e aplicar esses elementos é fundamental para o sucesso duradouro de qualquer organização.
Saiba Mais
Em sua Biblioteca Virtual, realize a leitura do capítulo 2, Comunicação organizacional, do livro Comunicação empresarial e organizacional, da autora Priscila Vieira Souza. Nele você encontrará definições e exemplos dos conteúdos apresentados nesta aula.
Recomendamos também a leitura do texto Comunicação organizacional: conceitos e dimensões dos estudos e das práticas, da autora Margarida M. Krohling Kunsch. No texto, a autora traz um importante percurso dos estudos relativos à comunicação organizacional e conceitua termos importante para a área.
Referências Bibliográficas
BAHIA, B. J. Introdução à comunicação empresarial. Rio de Janeiro: Mauad, 1995.
BUENO, W. da C. Comunicação empresarial no Brasil: uma leitura crítica. São Paulo: All Print Editora, 2005.
CUKIERMAN, H. L.; CARVALHO, M. S. Os primórdios da internet no Brasil. Programa de Engenharia de Sistemas e Computação COPPE - Instituto Alberto L. Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro, [s. d.]. Disponível em: http://www.nethistory.info/Resources/Os%20primordios%20da%20Internet%20no%20Brasil.pdf. Acesso em: 9 abr. 2024.
FREITAS, R. F. (org.). Desafios contemporâneos em comunicação: perspectivas de relações públicas. São Paulo: Summus, 2002.
KUNSCH, M. M. K. Planejamento de relações públicas na comunicação integrada. 4. ed. São Paulo: Summus, 2003.
KUNSCH, M. M. K. Comunicação organizacional: conceitos e dimensões dos estudos e das práticas. In: MARCHIORI, M. Faces da cultura e da comunicação organizacional. São Caetano do Sul: Difusão Editora, 2006, pp.167-190.
NASSAR, P. (org.). Comunicação interna: a força das empresas. Vol. 3. São Paulo: Aberje Editorial, 2006.
NEVES, R. de C. Comunicação empresarial integrada: como gerenciar: imagem, questões públicas, conflitos empresariais. 2. ed. Rio de Janeiro: Editora Mauad, 2002.
SOUZA, P. V. Comunicação empresarial e organizacional. 1. ed. São Paulo: Contentus, 2020.
TAVARES, M. Comunicação empresarial e planos de comunicação: integrando teoria e prática. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
Aula 4
Marcas da Linguagem Corporativa
Marcas da linguagem corporativa
Olá, estudante!
Nesta videoaula, vamos abordar a linguagem na comunicação empresarial. Para isso, conheceremos os diferentes tipos de linguagem, destacando as nuances entre denotativa e conotativa, bem como objetiva e subjetiva. Compreender esses aspectos é importante para uma comunicação eficaz no universo corporativo, influenciando desde a redação de documentos até a condução de reuniões.
Esses conhecimentos não apenas aprimoram suas habilidades comunicativas, mas também contribuem significativamente para o seu desenvolvimento profissional. Não deixe de assistir a esta videoaula, pois será um passo importante rumo à excelência na linguagem empresarial. Aperfeiçoe-se conosco agora!
Clique aqui para acessar os slides da sua videoaula.
Bons estudos!
Ponto de Partida
Nesta aula, exploraremos os elementos essenciais para a eficácia da comunicação empresarial. Iniciaremos explorando os "7Cs da Comunicação Empresarial" – clareza, concisão, concretude, correção, coerência, completude e cortesia. Entender esses princípios é fundamental para construir mensagens surpreendentes e claras no ambiente corporativo.
Em seguida, mergulharemos nos "Tipos de Linguagem". Analisaremos a linguagem denotativa, focada na objetividade e precisão, e a linguagem conotativa, que explora aspectos simbólicos e emocionais. Além disso, exploraremos os tipos de linguagem objetiva, predominantemente factual, e subjetiva, mais emocional e pessoal.
Compreender e aplicar os 7Cs proporciona uma comunicação empresarial eficiente, melhorando a transmissão de informações e a colaboração entre colegas e stakeholders. A habilidade de escolher entre linguagem denotativa e conotativa, assim como entre objetiva e subjetiva, capacita profissionais a adaptar suas mensagens para diferentes contextos, maximizando o impacto e a compreensão. Esses conhecimentos são ferramentas essenciais para construir relações sólidas, evitar mal-entendidos e alcançar objetivos organizacionais.
Ao analisarmos esses conteúdos, alguns questionamentos podem surgir, como:
- Como aplicar efetivamente cada um dos 7Cs em diferentes contextos empresariais?
- Qual a importância de manter a cortesia na comunicação empresarial?
- Em quais situações é mais apropriado usar linguagem objetiva em oposição à linguagem subjetiva e vice-versa?
- Como equilibrar a objetividade e subjetividade em situações de comunicação profissional?
- Em que medida a escolha entre linguagem objetiva e subjetiva pode impactar a eficácia da comunicação?
Lembre-se, a habilidade de se comunicar eficazmente ultrapassa simples palavras, é a chave para construir relações sólidas, transmitir ideias com impacto e alcançar seus objetivos. Este conhecimento não é apenas teórico, é uma ferramenta para enfrentar os desafios diários.
Prepare-se para descobrir como esses conceitos moldam a maneira como nos expressamos no mundo corporativo. Aplique o que aprender aqui em situações reais e observe como aprimorar sua comunicação pode abrir portas, fortalecer equipes e impulsionar sua carreira.
Estamos ansiosos para vê-lo neste percurso educacional. Seja curioso, participe ativamente e, acima de tudo, divirta-se aprendendo. O conhecimento que você adquirir aqui não é apenas acadêmico, é prático e valioso. Boa jornada!
Vamos Começar!
A linguagem nos diferentes tipos de comunicação empresarial
A linguagem desempenha um papel central na comunicação empresarial, sendo um fator determinante para o sucesso organizacional. A habilidade de transmitir mensagens de forma clara, precisa e estratégica é essencial para construir relacionamentos sólidos e alcançar objetivos corporativos. Investir de maneira estratégica na comunicação é, portanto, crucial.
Para que possamos nos direcionar quanto à relação entre linguagem e comunicação, vamos usar por base os 7Cs da comunicação – clareza, concisão, concretude, correção, coerência, completude e cortesia – sendo pilares que fundamentam uma comunicação eficaz.
A clareza assegura que a mensagem seja compreendida sem ambiguidades, evitando interpretações equivocadas. A concisão permite que a informação seja transmitida de forma eficiente, sem sobrecarregar o receptor com detalhes desnecessários. A concretude torna a mensagem mais tangível, utilizando fatos e dados específicos para reforçar a compreensão.
A correção garante a precisão e credibilidade da mensagem, evitando erros que possam comprometer a confiança, está muito aliada ao domínio da norma padrão da língua portuguesa. A coerência mantém uma consistência ao longo do tempo, contribuindo para a construção de uma narrativa organizacional sólida. A completude assegura que todas as informações necessárias sejam incluídas, prevenindo lacunas que possam gerar dúvidas. Por fim, a cortesia é essencial para promover um ambiente de trabalho saudável, em que a comunicação respeitosa estabelece a base para relacionamentos profissionais positivos.
No Quadro 1 estão detalhadas as características proeminentes dos 7Cs da comunicação.
7Cs | Características |
| 1. Clara | Garantir a compreensão clara e sem ambiguidades de uma mensagem é essencial para uma comunicação eficaz. |
| 2. Concisa | Para evitar interpretações confusas é importante apresentar informações de maneira sucinta, sem excesso de detalhes desnecessários, economizando tempo e mantendo o foco. Por exemplo, ao invés de oferecer uma explicação prolixa sobre um novo procedimento, podemos comunicar de forma concisa: "A partir de agora, as reuniões mensais serão realizadas virtualmente". |
| 3. Concreta | Utilizar dados específicos e exemplos tangíveis contribui para uma mensagem sólida e compreensível. Em vez de afirmar genericamente que "os números melhoraram", é mais eficaz comunicar que "as vendas aumentaram 15% no último trimestre, impulsionadas pelo lançamento bem-sucedido do novo produto X". |
| 4. Correta | Assegurar que a informação seja precisa e livre de erros é crucial para a credibilidade da comunicação. Por exemplo, ao enviar um relatório financeiro, é essencial garantir que todos os números estejam corretos e que não haja equívocos que possam comprometer a integridade da mensagem. |
| 5. Coerente | Manter consistência e lógica na mensagem é preciso para evitar contradições que possam causar confusão. Ao apresentar uma estratégia de marketing, por exemplo, é necessário garantir que todas as partes do plano estejam alinhadas, evitando discrepâncias que possam comprometer a eficácia da abordagem. |
| 6. Completa | Incluir todas as informações necessárias para evitar lacunas na compreensão. Por exemplo, ao fornecer instruções para uma tarefa, é importante detalhar cada etapa de maneira clara, garantindo que o receptor tenha todas as informações para a execução bem-sucedida. |
| 7. Cortês | Abordar o receptor com respeito e consideração, utilizando uma linguagem educada e cordial, promove um ambiente positivo. Em vez de adotar uma linguagem ríspida, podemos expressar solicitações de forma cortês, como "Por favor, considere fornecer feedback até o final da semana, se possível”. |
Quadro 1 | Características dos 7Cs da comunicação empresarial. Fonte: elaborado pela autora.
Investir estrategicamente na comunicação empresarial não apenas aprimora a eficiência operacional, mas também fortalece a reputação da empresa e melhora a satisfação dos stakeholders. Uma comunicação eficaz constrói pontes entre equipes, clientes e parceiros, impulsionando o crescimento e a prosperidade organizacional. Portanto, priorizar os 7Cs é um investimento para qualquer empresa que busca se destacar em um ambiente cada vez mais competitivo e dinâmico.
Tipos de linguagem: denotativa e conotativa
Na dinâmica da comunicação corporativa, a seleção entre linguagem denotativa e conotativa exerce influência na eficácia das mensagens transmitidas. A habilidade de escolher a abordagem linguística apropriada não apenas reflete a destreza do comunicador, mas também molda significativamente a forma como a mensagem é percebida pelos destinatários. A escolha entre transmitir informações de maneira objetiva e direta, por meio da linguagem denotativa, ou incorporar nuances emocionais e subjetivas, por meio da linguagem conotativa, é uma ferramenta estratégica que pode fortalecer relações, influenciar decisões e construir a identidade corporativa.
A escolha reside na capacidade de impactar a resposta emocional e cognitiva dos interlocutores. A linguagem denotativa, ao se ater aos significados literais das palavras, aqueles dicionarizados, é eficaz para situações em que a precisão e a clareza são primordiais, como na comunicação de procedimentos, políticas e dados objetivos. Por outro lado, a linguagem conotativa permite ao comunicador criar uma conexão emocional, transmitir valores culturais e motivar ações por meio da exploração de associações e sentimentos subjacentes às palavras.
A sensibilidade na escolha entre essas abordagens é fundamental para o desenvolvimento de uma comunicação eficaz nas organizações, pois ao compreender o impacto que a linguagem exerce sobre a interpretação das mensagens, os profissionais de comunicação podem aprimorar sua capacidade de envolver audiências diversas, construir confiança e fortalecer a imagem da empresa. Dessa forma, a escolha entre linguagem denotativa e conotativa ultrapassa a mera seleção vocabular, tornando-se uma ferramenta estratégica para alcançar objetivos organizacionais e promover uma comunicação corporativa mais significativa e alinhada aos valores da empresa.
Vamos analisar as características desses tipos de linguagem, separadamente, para que possamos identificar os efeitos de seus usos no ambiente profissional.
A linguagem denotativa, utilizada para expressar significados literais e objetivos, encontra seu espaço em documentos formais, relatórios e comunicações oficiais. Sua importância reside na garantia de clareza e precisão, evitando ambiguidades em contextos como contratos e relatórios financeiros.
Características | Explicações |
| 1. Precisão e clareza | Busca transmitir informações de maneira objetiva e literal, sem ambiguidades. |
| 2. Neutralidade | Evita conotações emocionais ou subjetivas, priorizando a exatidão dos fatos. |
| 3. Uso de termos técnicos | Pode utilizar termos técnicos específicos, especialmente em contextos formais, para garantir exatidão. |
| 4. Objetividade principal | Minimiza ambiguidades e assegura interpretações claras, concentrando-se no conteúdo factual. |
| 5. Ênfase em documentos formais | Predominante em contratos, relatórios, manuais e comunicações oficiais, em que a clareza é essencial. |
| 6. Evita elementos subjetivos | Não incorpora opiniões pessoais ou julgamentos emocionais, mantendo-se imparcial. |
| 7. Foco na transmissão direta de informações | Concentra-se na comunicação direta de fatos e detalhes sem adicionar interpretações subjetivas. |
| 8. Utilização em contextos Acadêmicos e profissionais | Comum em contextos acadêmicos, científicos e profissionais, em que a precisão é esperada. |
| 9. Comunicação de dados numéricos | É utilizada para comunicar dados numéricos de forma clara e inequívoca. |
| 10. Ausência de elementos persuasivos | Não inclui elementos persuasivos, sendo mais informativa do que persuasiva. |
Quadro 2 | Características da linguagem denotativa na comunicação. Fonte: elaborado pela autora.
Esse quadro destaca as principais características da linguagem denotativa na comunicação empresarial, enfatizando a busca por precisão, neutralidade e sua predominância em contextos formais para garantir a clareza e a exatidão nas mensagens.
Por outro lado, a linguagem conotativa é aplicada para transmitir significados subjetivos e emocionais, sendo frequentemente utilizada em campanhas de marketing, anúncios e discursos motivacionais. Nesse cenário, a linguagem conotativa serve para criar conexões emocionais, influenciando a percepção do público-alvo e contribuindo para a construção de uma identidade positiva de marca. O Quadro 3 evidencia suas características e explicações.
Características | Explicações |
| 1. Expressividade e subjetividade | Explora significados simbólicos, emocionais e subjetivos para transmitir mensagens. |
| 2. Associatividade | Utiliza palavras com múltiplos significados, criando associações emocionais e simbólicas. |
| 3. Variedade de interpretações | Permite interpretações variáveis, uma vez que a conotação pode ser percebida de maneiras diferentes por cada indivíduo. |
| 4. Uso de figuras de linguagem | Recorre a metáforas, comparações e figuras de linguagem para transmitir significados mais simbólicos. |
| 5. Predominância em contextos artísticos e literários | Comum em contextos artísticos, literários e publicitários, em que a expressividade é valorizada. |
| 6. Criação de atmosfera e impacto emocional | Contribui para criar uma atmosfera emocional e proporciona um impacto emocional mais significativo. |
| 7. Uso em marketing e comunicação persuasiva | Presente em campanhas publicitárias, anúncios e discursos motivacionais para criar conexões emocionais. |
| 8. Envolvimento do receptor | Procura envolver o receptor de maneira mais profunda, estimulando respostas emocionais. |
| 9. Foco na estética e criatividade | Valoriza a estética e a criatividade na transmissão da mensagem, indo além da simples informação. |
| 10. Ênfase em experiências pessoais | Destaca a experiência pessoal e subjetiva, permitindo que o receptor se conecte emocionalmente com a mensagem. |
Quadro 3 | Características da linguagem conotativa na comunicação. Fonte: elaborado pela autora.
Esse quadro destaca as características fundamentais da linguagem conotativa na comunicação empresarial, ressaltando sua expressividade, uso estratégico de associações e o objetivo principal de criar impacto emocional para persuadir e conectar-se com o público-alvo.
Dessa maneira, compreender a distinção entre esses tipos de linguagem, denotativa e conotativa, é fundamental na comunicação empresarial, pois ter a habilidade de empregar a linguagem denotativa com precisão, aliada à capacidade estratégica de utilizar a linguagem conotativa para criar impacto emocional, é um diferencial para uma comunicação eficaz e bem-sucedida no contexto corporativo.
Siga em Frente...
Tipos de linguagem: objetiva e subjetiva
Os indivíduos com os quais as organizações se comunicam, interna e externamente, constroem sentidos a partir de um processo interpretativo e cognitivo, que é potencializado diante dessa nova natureza dos meios de comunicação e mídias digitais. No entanto, na empresa, alguns critérios permanecem. Sabemos que a objetividade, a clareza e a concisão na hora de redigir ou enunciar as mensagens, são a regra e valem para praticamente todos os tipos de gêneros textuais/discursivos do meio corporativo, como os ofícios. No entanto, a subjetividade ganha cada vez mais relevância.
Dessa maneira, saber transitar pelas linguagens objetiva e subjetiva se tornou um fator preponderante na comunicação empresarial. Para isso, vamos detalhar as características ora de uma ora de outra, para que você possa compreender e, posteriormente, fazer o uso adequado de cada tipo de linguagem.
A linguagem objetiva se refere a uma forma de comunicação que se concentra na apresentação de fatos e informações de maneira direta, clara e imparcial, assim, o emissor busca transmitir mensagens de forma neutra, evitando a inclusão de opiniões pessoais, sentimentos ou julgamentos subjetivos. Como características incluem a utilização de termos claros, específicos e livres de ambiguidades, porque o seu principal objetivo é comunicar de maneira eficiente, priorizando a transmissão de dados e informações sem a introdução de interpretações pessoais. Essa abordagem é comumente empregada em contextos formais, como relatórios, manuais, notícias e documentos técnicos.
Ao adotar a linguagem objetiva, o comunicador busca fornecer uma visão imparcial dos fatos, permitindo que os destinatários interpretem as informações de maneira direta e sem viés, presar pela clareza e neutralidade são essenciais em muitos contextos profissionais, contribuindo para uma comunicação eficaz e compreensível por diversos públicos.
O Quadro 4, evidencia as características e explicações da linguagem objetiva.
Características | Explicações |
| 1. Clareza e precisão | Busca transmitir informações de maneira clara e precisa, sem ambiguidades ou interpretações subjetivas. |
| 2. Fatos e dados | Baseia-se em fatos e dados concretos, evitando o uso de opiniões ou julgamentos pessoais. |
| 3. Ausência de opiniões pessoais | Evita incluir opiniões ou sentimentos pessoais do emissor, mantendo a objetividade na transmissão de informações. |
| 4. Diretividade | É direta e objetiva, indo direto ao ponto sem incluir elementos desnecessários. |
| 5. Neutralidade | Mantém uma postura neutra, evitando linguagem que possa gerar reações emocionais. |
| 6. Uso de termos técnicos | Pode utilizar termos técnicos em contextos especializados, desde que sejam compreensíveis para o público-alvo. |
| 7. Aplicação em documentos formais | Comum em documentos formais, como relatórios e contratos, em que a precisão e clareza são essenciais. |
| 8. Ênfase em informações essenciais | Destaca informações essenciais sem adicionar detalhes desnecessários, proporcionando uma comunicação eficiente. |
| 9. Adaptação ao público-alvo | Pode ser adaptada ao conhecimento e contexto do público-alvo, mantendo a objetividade sem sacrificar a compreensão. |
| 10. Minimização de elementos subjetivos | Evita o uso de elementos subjetivos, como adjetivos carregados de emoção, para manter a imparcialidade e o foco nos fatos. |
Quadro 4 | Características da linguagem objetiva na comunicação. Fonte: elaborado pela autora.
Em comunicação, a objetividade e a subjetividade, enquanto conceitos, centram-se na percepção do indivíduo a respeito de um determinado fenômeno ou objeto a ser vislumbrado enquanto tal. A objetividade, assim como a subjetividade, por conseguinte, possibilita a compreensão do fenômeno organizacional em seus aspectos humanos. Isso evidentemente não exclui o peso e a influência que decorrem das escolhas das organizações, que se iniciam no indivíduo, e não na organização (ente intangível), e que se torna real (ou objetivo) a partir das escolhas e ações dos indivíduos que dela fazem parte.
A linguagem subjetiva se refere a uma forma de comunicação em que o emissor expressa seus sentimentos, opiniões, interpretações pessoais e experiências. Ao contrário da linguagem objetiva, que se concentra em apresentar fatos de maneira neutra, a linguagem subjetiva envolve a inclusão de elementos emocionais e perspectivas individuais na comunicação. Como características principais incluem o uso de adjetivos descritivos, expressões emocionais e a ênfase na experiência pessoal do emissor, assim, essa abordagem é comumente encontrada em textos literários, ensaios, poesias, blogs pessoais e qualquer forma de comunicação em que a expressão da subjetividade seja valorizada.
A linguagem subjetiva permite ao comunicador compartilhar sua visão única do mundo, permitindo ao público compreender não apenas os fatos, mas também as emoções e perspectivas pessoais associadas a esses fatos. Embora essa abordagem seja valiosa para transmitir experiências profundas e conexões emocionais, é importante reconhecer que a subjetividade pode introduzir viés e interpretações pessoais na mensagem. Portanto, a escolha entre linguagem objetiva e subjetiva depende do contexto comunicativo e dos objetivos do emissor.
No contexto corporativo, a linguagem subjetiva pode ser empregada para criar uma conexão mais próxima entre a organização e seus stakeholders, transmitindo não apenas informações objetivas, mas também a cultura, os valores e a visão emocional da empresa. Embora a comunicação corporativa geralmente exija precisão e clareza, a inclusão de elementos subjetivos pode ser estratégica em determinadas situações. Por exemplo, na comunicação interna, especialmente em campanhas de engajamento, a linguagem subjetiva pode ser eficaz para motivar e inspirar os colaboradores. Ao utilizar narrativas envolventes e emocionais, a empresa pode fortalecer o senso de pertencimento e a conexão emocional dos funcionários com a cultura organizacional.
O Quadro 5, evidencia as características e explicações da linguagem subjetiva.
Características | Explicações |
| 1. Expressividade e emoção | Busca expressar sentimentos, emoções e opiniões, proporcionando uma experiência mais pessoal. |
| 2. Interpretação variável | Permite interpretações variáveis, já que a subjetividade pode ser percebida de maneiras diferentes por cada indivíduo. |
| 3. Uso de adjetivos descritivos | Utiliza adjetivos descritivos para enriquecer a narrativa e transmitir nuances emocionais. |
| 4. Ênfase na perspectiva pessoal | Destaca a perspectiva pessoal do emissor, dando importância às experiências individuais e visões particulares. |
| 5. Criação de atmosfera | Contribui para a criação de uma atmosfera emocional, utilizando elementos subjetivos para envolver o receptor profundamente. |
| 6. Apelo às sensações | Apela às sensações e experiências sensoriais, buscando conectar-se emocionalmente com o público-alvo. |
| 7. Uso de metáforas e figuras de linguagem | Recorre a metáforas, comparações e figuras de linguagem para transmitir significados de maneira simbólica e sugestiva. |
| 8. Ênfase na narrativa pessoal | Dá destaque à narrativa pessoal, contando histórias individuais para ilustrar pontos e criar empatia. |
| 9. Subjetividade na avaliação | Permite avaliações subjetivas, já que a interpretação é influenciada pelas emoções e experiências pessoais do emissor. |
| 10. Uso de linguagem conotativa | Faz uso frequente de linguagem conotativa, explorando significados simbólicos e associativos para transmitir mensagens profundas. |
Quadro 5 | Características da linguagem subjetiva na comunicação. Fonte: elaborado pela autora.
No universo empresarial, a eficácia da comunicação é um elemento crucial para o sucesso, assim, é fundamental equilibrar a subjetividade com a clareza e a transparência. A linguagem subjetiva no ambiente corporativo deve ser cuidadosamente escolhida para não comprometer a precisão das informações ou criar interpretações ambíguas, dessa maneira, encontrar o equilíbrio certo permite que a organização construa uma comunicação envolvente e autêntica, promovendo uma imagem positiva e fortalecendo a relação com seus diversos públicos.
Em síntese, a capacidade de navegar habilmente entre a linguagem objetiva e subjetiva, proporciona uma comunicação eficaz no universo empresarial. Essa abordagem estratégica não apenas transmite informações precisas, mas também constrói relações sólidas e positivas, fundamentais para o sucesso e a sustentabilidade de qualquer organização.
Vamos Exercitar?
Vimos nesta aula aspectos relevantes sobre os três pilares fundamentais para uma comunicação empresarial eficaz: os 7Cs, os tipos de linguagem (denotativa e conotativa) e a distinção entre linguagem objetiva e subjetiva.
Os 7Cs nos guiaram pelo caminho da clareza, concisão, concretude, correção, coerência, completude e cortesia, revelando-se como ferramentas essenciais na construção de mensagens impactantes e bem recebidas no ambiente empresarial.
Aprofundamos nosso entendimento sobre os matizes entre linguagem denotativa, direta e objetiva, e linguagem conotativa, rica em simbolismos e subjetividade. Essa distinção revelou-se crucial para transmitir informações de maneira precisa ou criar impacto emocional, dependendo do contexto.
Além disso, exploramos os territórios da linguagem objetiva, ancorada nos fatos e na objetividade, e da linguagem subjetiva, que permite expressar emoções e opiniões. Essa dualidade nos ofereceu flexibilidade para nos adaptarmos a diferentes situações comunicativas, desde documentos formais até discursos persuasivos.
Agora vamos aos questionamentos apresentados no início da aula:
- Como aplicar efetivamente cada um dos 7Cs em diferentes contextos empresariais?
- Qual a importância de manter a cortesia na comunicação empresarial?
- Em quais situações é mais apropriado usar linguagem objetiva em oposição à linguagem subjetiva e vice-versa?
- Como equilibrar a objetividade e subjetividade em situações de comunicação profissional?
- Em que medida a escolha entre linguagem objetiva e subjetiva pode impactar a eficácia da comunicação?
Percebemos que os 7Cs – clareza, concisão, concretude, correção, coerência, completude e cortesia – podem ser aplicados efetivamente em contextos empresariais por meio de uma abordagem consciente. Por exemplo, ao redigir um e-mail, busque ser claro e conciso, evitando informações desnecessárias, certifique-se de que a mensagem seja correta e coerente, demonstrando cortesia para promover um ambiente de comunicação respeitoso, afinal, manter a cortesia na comunicação empresarial é essencial para construir relações positivas. Uma linguagem cortês cria um ambiente profissional saudável, promove respeito mútuo e fortalece a imagem da empresa. Além disso, ela é essencial ao lidar com clientes, colegas e superiores, refletindo profissionalismo e gerando confiança.
Quanto ao uso adequado dos tipos de linguagem, devemos usar a linguagem objetiva em documentos formais, relatórios e comunicações oficiais para transmitir informações de maneira clara e precisa. Já a linguagem subjetiva é adequada em contextos mais informais, como discursos motivacionais, marketing e comunicações persuasivas, em que se busca criar conexões emocionais e impactar a audiência.
O equilíbrio entre objetividade e subjetividade vai depender do contexto, em situações formais, predominantemente objetivo, evitando opiniões pessoais, já em contextos mais informais ou motivacionais, expressar subjetividade para criar empatia e conexão emocional. O importante é saber adaptar a abordagem de acordo com o propósito da comunicação e o público-alvo.
O mesmo acontece com a escolha entre linguagem objetiva e subjetiva, pois podem impactar significativamente a eficácia da comunicação. Uma linguagem objetiva é eficaz para transmitir informações claras, enquanto a subjetiva pode ser mais envolvente emocionalmente. A decisão deve alinhar-se aos objetivos da mensagem; a objetividade promove clareza, enquanto a subjetividade pode gerar empatia e persuasão. Adaptar-se ao contexto otimiza a eficácia comunicativa.
Saiba Mais
Em sua Biblioteca Virtual, realize a leitura do Capítulo 4, Contribuições da teoria linguística à abordagem da cultura e comunicação organizacional, do livro Linguagem e Discurso, da autora Marlene Marchiori. Nele você encontrará discussões pertinentes aos tópicos estudados nesta aula.
Recomendamos também a leitura do texto Construindo pontes entre a comunicação organizacional e a comunicação corporativa: revisão, desenvolvimento e olhares para o futuro , dos autores Lars Thøger Christensen e Joep Cornelissen. No texto, apresentam uma revisão crítica sobre as pesquisas feitas no âmbito da comunicação corporativa, por forma a constituir uma plataforma que permita destacar cruzamentos importantes com as pesquisas tradicionais da comunicação organizacional e que possibilite uma maior integração entre estes dois domínios de investigação.
Referências Bibliográficas
KUNSCH, M. M. K. A comunicação nas organizações: dos fluxos lineares às dimensões humana e estratégica. In: KUNSCH, M. M. K. (org.). Comunicação organizacional estratégica: aportes conceituais e aplicados. São Paulo: Summus, 2016. p. 37-58.
MARCHIORI, M. Linguagem e discurso. 1. ed. São Caetano do Sul: Difusão, 2014.
MEDEIROS, J. B. Redação empresarial. São Paulo: Atlas, 2010.
PASSADORI, R. As 7 dimensões da comunicação verbal. São Paulo: Editora Gente, 2009.
TOMASI, C.; MEDEIROS, J. B. Comunicação empresarial. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
WOLTON, D. Informar não é comunicar. Porto Alegre: Sulina, 2011.
Encerramento da Unidade
Comunicação Corporativa
Videoaula de Encerramento
Olá, estudante!
Nesta videoaula, vamos nos dedicar a compreender a Comunicação Corporativa. Para isso, ao longo desta jornada educacional, exploraremos conceitos essenciais, começando pela Introdução à Comunicação Corporativa, adentrando as Dimensões da Comunicação Organizacional, examinando os diversos Tipos de Comunicação no Meio Corporativo e, por fim, desvendando as nuances das Marcas da Linguagem Corporativa. Entender esses temas é crucial para aprimorar sua prática profissional, pois a eficácia na comunicação é essencial em qualquer ambiente de trabalho.
Não perca esta oportunidade de aprimoramento. Junte-se a nós nesta jornada de aprendizado!
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Bons estudos!
Ponto de Chegada
Olá, estudante!
Ao longo desta unidade de ensino, investigamos temas fundamentais para aqueles que almejam uma trajetória bem-sucedida no âmbito corporativo. Nossa jornada nos conduziu por uma diversidade de conceitos e conhecimentos específicos que desempenham um papel crucial na abordagem da comunicação corporativa.
Neste encerramento, iremos revisitar e salientar os pontos centrais abordados, ressaltando a sua importância para a sua formação acadêmica e profissional, estabelecendo conexões com a competência de conhecer os tipos de comunicação presentes no âmbito corporativo, bem como as marcas de linguagem nesse contexto.
Começamos a nossa trajetória compreendendo o que é comunicação corporativa, pressuposto básico para que pudéssemos prosseguir com os temas delimitados. A Comunicação Corporativa é um campo estratégico que visa gerenciar e otimizar a troca de informações entre uma organização e seus diversos públicos, nela envolve a criação e disseminação de mensagens coerentes, alinhadas aos objetivos da empresa. Seu propósito vai além da simples transmissão de dados, buscando construir e manter uma imagem positiva da empresa, fortalecer relacionamentos com stakeholders e garantir a compreensão consistente de sua missão, visão e valores.
Envolvidos na comunicação corporativa, temos os seus diversos atores, ou seja, todos aqueles que fazem parte da organização, eles são vistos enquanto elementos fundamentais que participam ativamente no processo de comunicação organizacional, incluem desde a alta administração até os colaboradores em todos os níveis hierárquicos. Cada ator desempenha um papel crucial na transmissão e recepção das mensagens corporativas, os líderes corporativos são responsáveis por estabelecer a visão e os valores, enquanto os colaboradores representam a face material da empresa, comunicando-se diretamente com clientes, fornecedores e outros stakeholders.
A comunicação é um processo complexo, dentro do ambiente corporativa pode-se encontrar, por vezes, barreiras que se colocam como obstáculos que podem prejudicar a eficácia da troca de informações dentro de uma organização. Elas incluem ruídos, falta de clareza nas mensagens, diferenças culturais, hierarquia rígida, entre outras. Superar essas barreiras é fundamental para garantir uma comunicação eficaz e há estratégias que auxiliam, como o uso de linguagem clara, canais de comunicação adequados e uma cultura organizacional que valorize a transparência são essenciais para minimizar essas barreiras e promover uma comunicação eficiente e alinhada com os objetivos da empresa.
Após compreendermos os conceitos iniciais que envolvem a comunicação corporativa, fomos conhecer as dimensões da comunicação organizacional, a fim de entender os três tipos de dimensões atrelados à comunicação: instrumental, estratégica e humana.
A dimensão instrumental se refere à utilidade prática da comunicação. Nessa perspectiva, a comunicação é vista como uma ferramenta eficiente para transmitir informações essenciais de forma clara e objetiva. Ela abrange a transmissão de dados, instruções e procedimentos, buscando alcançar a eficiência operacional, assim, enfatiza a precisão, rapidez e eficácia na transmissão de mensagens, facilitando a execução de tarefas e a realização de processos internos de maneira eficiente.
A dimensão estratégica destaca seu papel na consecução dos objetivos organizacionais de longo prazo. Aqui, a comunicação é vista como uma ferramenta estratégica que contribui para a construção e manutenção da reputação da empresa, o fortalecimento de relacionamentos com stakeholders e o alcance de metas corporativas. Essa dimensão considera a comunicação como um ativo valioso que influencia a percepção externa da organização e sua posição no mercado, envolve, portanto, o desenvolvimento de planos de comunicação alinhados aos objetivos organizacionais globais.
Na dimensão humana o foco está nas relações interpessoais, na cultura organizacional e na construção de um ambiente saudável de trabalho. Essa dimensão reconhece que a comunicação vai além da troca de informações e se concentra nas interações sociais dentro da organização, assim, compreende a importância da empatia, do feedback construtivo, do diálogo aberto e da construção de um clima organizacional positivo. Essa dimensão destaca que as relações interpessoais bem estabelecidas contribuem significativamente para o engajamento dos colaboradores e, consequentemente, para o sucesso organizacional.
Ao compreender e integrar essas três dimensões, as organizações podem desenvolver uma abordagem de comunicação sólida, abrangendo tanto os aspectos práticos quanto os estratégicos, além de reconhecer a importância das relações humanas no ambiente corporativo. Dessa maneira, passamos a abordar os três tipos de comunicação corporativa: interna, externa e integrada.
A comunicação interna se concentra na troca de informações dentro da própria empresa, tendo por objetivo criar um ambiente de trabalho transparente, em que os colaboradores possam receber e compartilhar informações de maneira eficaz. Isso inclui a disseminação de políticas, metas corporativas, eventos internos e outros conteúdos relevantes para manter todos os membros da organização informados e alinhados. Estratégias eficazes de comunicação interna promovem o engajamento dos funcionários, contribuindo para um ambiente de trabalho positivo e produtivo.
Já a comunicação externa abrange as interações da organização com seu público externo, como clientes, fornecedores, investidores e a comunidade em geral, tendo como foco principal construir e manter uma imagem positiva da empresa no mercado. Em seu aporte, inclui atividades como relações públicas, publicidade, gerenciamento de crises e participação em eventos externos. A comunicação externa eficaz visa influenciar a percepção externa da organização, fortalecer a marca e estabelecer relações duradouras com stakeholders externos.
Somos direcionados a pensar, será que esses tipos de comunicação, interna e externa, só acontecem de maneira separada ou é possível uma junção com fins específicos? É aí que surge a comunicação integrada. Esse tipo de comunicação apresenta uma abordagem estratégica que busca alinhar e coordenar todas as formas de comunicação, tanto interna quanto externa, para transmitir uma mensagem consistente e coesa. Envolve, portanto, a integração de diversos canais e ferramentas de comunicação para garantir que a organização comunique sua identidade, seus valores e seus objetivos de maneira unificada, procurando eliminar barreiras entre as diferentes áreas de comunicação, promovendo uma abordagem sinérgica que reforça a mensagem organizacional de forma completa.
Vimos que ao compreender e aplicar efetivamente esses conceitos, as organizações podem desenvolver estratégias de comunicação abrangentes que promovem a coesão interna, fortalecem relacionamentos externos e transmitem uma mensagem consistente e alinhada com seus objetivos organizacionais. Para isso, é fundamental que a linguagem seja empregada de maneira a garantir que as mensagens façam sentido aos seus receptores.
Na comunicação empresarial, a eficácia da linguagem desempenha um papel crucial, para isso, usamos como base os chamados 7Cs da Comunicação – clareza, concisão, concretude, correção, coerência, completude e cortesia –, que constituem um conjunto de princípios para garantir a qualidade da comunicação. A clareza visa a compreensão direta, a concisão evita informações desnecessárias, a coerência garante uma mensagem consistente, a cortesia promove um tom respeitoso, a correção assegura precisão e a concretude estabelece uma comunicação contínua. Adotar esses princípios contribui para a construção de uma comunicação empresarial eficiente e impactante.
Além disso, fomos direcionados para os diferentes tipos de linguagem e que fazer a escolha adequada muda a percepção da mensagem. A linguagem denotativa se refere à comunicação direta e objetiva, na qual as palavras têm significados específicos e claros, os mesmos dos dicionários. Esse tipo de linguagem é factual, limitando-se ao sentido literal das palavras, proporcionando uma comunicação precisa e direta. Por outro lado, a linguagem conotativa envolve nuances emocionais e subjetivas, pois as palavras têm associações secundárias, permitindo a expressão de sentimentos, interpretações e contextos mais amplos. A escolha entre linguagem denotativa e conotativa dependerá do contexto e do objetivo da mensagem, influenciando a forma como a informação é percebida e recebida pelos seus destinatários.
A linguagem objetiva se concentra nos fatos e na realidade, sem influências pessoais ou opiniões, trata-se de uma abordagem que visa a neutralidade e a transmissão imparcial de informações. Em contraste, a linguagem subjetiva envolve a expressão de opiniões, sentimentos e interpretações pessoais, ou seja, permite uma comunicação mais emocional e subjetiva, transmitindo perspectivas individuais. A escolha entre linguagem objetiva e subjetiva dependerá do propósito da comunicação, seja informar de maneira imparcial ou envolver emocionalmente o público.
Esta unidade de ensino trouxe-nos um direcionamento importante a respeito da comunicação corporativa, pois ao compreender e aplicar esses conceitos podemos aprimorar a qualidade e a eficácia de nossas mensagens, adaptando a linguagem de acordo com os objetivos e o contexto específico de cada situação comunicativa. Essa abordagem contribui para uma comunicação mais precisa, impactante e alinhada com os objetivos organizacionais, fator decisivo no ambiente profissional.
Ao finalizar o estudo desses temas, sobre a comunicação corporativa, destacamos a importância de compreender e aplicar esses conceitos para alcançar uma comunicação eficaz e estratégica no ambiente corporativo. Lembramos que a comunicação não se limita apenas à transmissão de informações, ela molda percepções, fortalece relacionamentos e impulsiona o sucesso organizacional. Ao integrar esses conhecimentos em sua prática profissional, você estará mais preparado para enfrentar desafios e promover uma comunicação que transcende as barreiras, tanto interna quanto externamente.
Portanto, aproveite essa bagagem de conhecimento para aprimorar sua habilidade comunicativa, seja na gestão de equipes, na construção da imagem da empresa ou na interação com os diversos públicos. Ao investir na excelência da comunicação, você se posiciona de forma estratégica e contribui para o crescimento e sucesso da sua organização.
Continuaremos a explorar novos temas e aprofundar nossos conhecimentos juntos. Até nossos próximos desafios e aprendizados!
É Hora de Praticar!
Imagine que uma empresa de tecnologia esteja prestes a lançar um novo produto revolucionário no mercado e a equipe de desenvolvimento está animada para apresentar as inovações em uma reunião estratégica. No entanto, surge um impasse: a comunicação interna falhou e cada departamento recebeu informações conflitantes sobre os recursos-chave do produto.
Os setores de marketing, design e desenvolvimento possuem diferentes compreensões sobre as funcionalidades do produto. Além disso, os prazos para a divulgação estão se aproximando rapidamente, aumentando a pressão sobre a equipe.
Nesse cenário, a falta de clareza e consistência na comunicação interna representa um desafio crítico. Os 7Cs da comunicação organizacional – clareza, concisão, concretude, correção, coerência, completude e cortesia – tornam-se essenciais para resolver a confusão e alinhar as equipes. A mediação eficaz será crucial para reestabelecer a compreensão comum e permitir que a empresa apresente seu novo produto ao mercado de maneira unificada e impactante. O curso de mediação se torna uma ferramenta indispensável para solucionar esse impasse, promovendo a harmonia e a eficácia na comunicação interna.
Reflita
Analise os questionamentos a seguir que incentivam a reflexão sobre como as informações e habilidades apresentadas se relacionam com a prática diária de um profissional que trabalha na área corporativa:
- Por que a comunicação é tão crucial para o sucesso profissional e empresarial?
- Como a falta de comunicação eficaz pode impactar negativamente uma organização?
- Quais são os exemplos práticos de empresas que se destacaram devido a uma comunicação bem-sucedida?
Dê o Play!
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Resolução do estudo de caso
Para resolver a situação-problema, considerando os 7Cs da comunicação organizacional – clareza, concisão, concretude, correção, coerência, completude e cortesia – adote as seguintes estratégias:
Reunião de esclarecimento
Inicie uma reunião específica para esclarecer as informações sobre o novo produto. Assegure que as informações sejam apresentadas de forma clara e compreensível para todos os departamentos envolvidos.
- Utilização do princípio de clareza:
- Garanta que as informações transmitidas sejam simples, diretas e de fácil compreensão.
- vite jargões técnicos que possam gerar confusão.
- Enfoque na concisão:
- Sintetize as informações essenciais, evitando detalhes desnecessários.
- Destaque os benefícios e as características-chave do produto de maneira sucinta.
- Incorporação da concretude:
- Apresente exemplos tangíveis e casos práticos sobre as funcionalidades do produto.
- Utilize demonstrações ou protótipos para tornar as informações mais palpáveis.
- Assegurar correção:
- Certifique-se de que todas as informações divulgadas são precisas e atualizadas.
- Corrija quaisquer equívocos identificados durante a reunião de alinhamento.
- Foco na coerência e completude:
- Garanta que as informações transmitidas sejam consistentes entre todos os departamentos.
- Certifique-se de que todos os aspectos relevantes do produto sejam abordados de maneira abrangente.
- Promover cortesia na comunicação:
- Estimule um ambiente de respeito e colaboração durante a reunião.
- Encoraje a troca construtiva de ideias e opiniões entre os departamentos.
Ao seguir esses passos e incorporar os 7Cs de maneira específica, a empresa poderá superar as falhas de comunicação, garantindo que todos os colaboradores compreendam corretamente as informações sobre o novo produto. Essa abordagem alinhada aos princípios dos 7Cs promoverá uma comunicação eficaz e facilitará o sucesso do lançamento no mercado.
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Referências
BAHIA, B. J. Introdução à comunicação empresarial. Rio de Janeiro: Mauad, 1995.
BUENO, W. da C. Comunicação empresarial no Brasil: uma leitura crítica. São Paulo, All Print Editora, 2005.
CAHEN, R. Comunicação empresarial: a imagem como patrimônio da empresa e ferramenta de marketing. 9. ed. São Paulo: Best-Seller, 2003.
CECATO, V.: MAFEI, M. Comunicação corporativa: gestão, imagem e posicionamento. São Paulo: Contexto, 2011.
CUKIERMAN, H. L.; CARVALHO, M. S. Os primórdios da internet no Brasil. Programa de Engenharia de Sistemas e Computação COPPE - Instituto Alberto L. Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro. s/d. Disponível em: http://www.nethistory.info/Resources/Os%20primordios%20da%20Internet%20no%20Brasil.pdf. Acesso em: 9 abr. 2024.
FREITAS, R. F. (org.). Desafios contemporâneos em comunicação: perspectivas de relações públicas. São Paulo: Summus, 2002.
GUIMARÃES, T. C. Comunicação e linguagem. São Paulo: Pearson, 2012.
KUNSCH, M. Planejamento de relações públicas na comunicação integrada. São Paulo: Summus, 2003.
KUNSCH, M. M. K. (org.). A Comunicação como fator de humanização das organizações. São Caetano do Sul: Difusão, 2010.
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