Panorama Geral do Empreendedorismo e Oportunidade Empreendedora
Aula 1
Empreendedorismo: Definições, Conceitos
Empreendedorismo: definições, conceitos
Estudante, esta videoaula foi preparada especialmente para você. Nela, você irá aprender conteúdos importantes para a sua formação profissional. Vamos assisti-la?
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Bons estudos!
Ponto de Partida
Olá, estudante, vamos iniciar a jornada de estudos sobre Empreendedorismo e Inovação.
Nesta aula, você aprenderá sobre o contexto histórico do empreendedorismo e entrará em contato com definições que circundam esse conceito, um termo que evoca a capacidade de não apenas identificar desafios reais na sociedade, mas também conceber e implementar soluções inovadoras, fazendo uso tanto de recursos financeiros quanto dos não financeiros disponíveis. Você também conhecerá o Global Entrepreneurship Monitor (GEM), que produz relatórios anuais que abrangem uma ampla gama de indicadores e análises sobre o empreendedorismo em todo o mundo.
Além de conhecer o empreendedorismo e o GEM, você também conhecerá a história da Julia e do Ricardo, jovens empreendedores que mudaram a sua cidade por meio de uma plataforma de comércio eletrônico local que conecta pequenos empreendedores locais a consumidores da região. Vamos acompanhar Julia e Ricardo nesse desafio?
Incentivamos que você mantenha a mente aberta e a curiosidade aflorada, pois o empreendedorismo e a inovação não são apenas conceitos teóricos, mas, sim, poderosas ferramentas que podem moldar o seu futuro profissional de maneira incrível. Avance com entusiasmo e esteja pronto para explorar o potencial ilimitado que esses temas têm a oferecer em sua trajetória profissional.
O sucesso começa com a aprendizagem, e você já está no caminho certo!
Vamos Começar!
Empreendedorismo: contexto histórico e definições
O empreendedorismo é uma força impulsionadora na história; embora o termo empreendedorismo tenha ganhado destaque nas últimas décadas, as raízes desse conceito remontam a períodos muito antigos. Ao longo da história, houve inúmeras mudanças sociais, econômicas e tecnológicas que moldaram a natureza do empreendedorismo e a forma como o vemos hoje.
O termo empreendedorismo tem suas raízes no francês entrepreneur, que, no século XVII, referia-se a indivíduos que iniciavam um empreendimento por conta própria, assumindo todos os riscos inerentes a essa empreitada. Esses empreendedores eram reconhecidos por sua disposição em se lançar na realização de projetos e por sua habilidade em encontrar maneiras criativas de conduzir suas atividades, resultando em impactos significativos na sociedade.
Patrício e Candido (2016) destacam que, para Jean Baptiste Say, um economista francês do século XIX, o empreendedor era aquele que transferia recursos econômicos de setores de produtividade mais baixa para setores de produtividade mais elevada. De acordo com Dornelas (2023), o empreendedor é alguém que tem a capacidade de fazer as coisas acontecerem e que, por possuir uma visão de futuro para sua organização, consegue antecipar-se aos eventos, proporcionando respostas rápidas às demandas em constante mudança.
Nota-se, portanto, que o termo empreendedorismo mudou ao longo da história e para alcançar a definição atual, tornou-se imperativo integrar o elemento da inovação, que desempenha um papel essencial na solução de problemas e na criação de oportunidades. Para Patrício e Candido (2016), essa necessidade surgiu da constatação de que, ao longo da história, a evolução econômica e social foi impulsionada pela “destruição criativa”, e esse conceito, cunhado pelo economista austríaco Joseph Schumpeter, em 1942, destaca o papel disruptivo da inovação na substituição de práticas e abordagens obsoletas por novas e mais eficazes.
Portanto, a destruição criativa se refere ao processo pelo qual inovações e mudanças disruptivas destroem antigos modelos de negócios, produtos ou serviços, enquanto, simultaneamente, criam novas oportunidades econômicas, e esse conceito é fundamental para entender como as economias modernas evoluem e se adaptam.
Para que você compreenda o conceito da destruição criativa, vamos retomar o que aconteceu com a indústria fotográfica nos últimos anos. Antigamente, a fotografia era dominada por câmeras analógicas e filmes, mas com a chegada da fotografia digital, houve uma destruição criativa. As câmeras digitais e, posteriormente, os smartphones com câmeras de alta qualidade transformaram a fotografia, logo, as empresas que eram líderes em fotografia analógica, como a Kodak, enfrentaram dificuldades. Ao mesmo tempo, surgiram oportunidades para as empresas que se adaptaram, como a Canon e a Nikon, que entraram no mercado de câmeras digitais, e, também, empresas de redes sociais, como o Instagram, que se beneficiaram da disseminação de fotos digitais.
A indústria da música é um exemplo notável de como a destruição criativa transformou um setor tradicional em sua jornada ao longo dos anos, desde a introdução do gramofone até a era dos serviços de streaming atualmente.
No início do século XX, o gramofone e os discos de vinil revolucionaram a forma como as pessoas consumiam música, permitindo que as gravações fossem reproduzidas em casa. Isso estabeleceu um mercado próspero para gravadoras e lojas de discos, que detinham o controle sobre a produção, distribuição e promoção da música, no entanto, essa era foi desafiada pela introdução de novas tecnologias.
A próxima grande mudança veio com a popularização da fita cassete e, mais tarde, do CD, que oferecia som de alta qualidade e durabilidade. No entanto, as gravadoras ainda mantiveram seu domínio sobre a indústria, ditando os artistas que seriam promovidos e como a música seria distribuída. A verdadeira revolução começou na década de 2000, com o advento da era digital e a disseminação da internet. A pirataria digital floresceu à medida que as pessoas compartilhavam e baixavam música ilegalmente, ameaçando o modelo de negócios tradicional das gravadoras. Nesse cenário desafiador, a Apple lançou o iTunes, permitindo que as pessoas comprassem músicas digitalmente, marcando uma mudança significativa na distribuição musical.
No entanto, o verdadeiro ponto de virada veio com a ascensão dos serviços de streaming de música, como o Spotify, que começou na década de 2010, que se alinha com a essência da destruição criativa, uma vez que o modelo de negócios da indústria da música foi redesenhado completamente. Os ouvintes, agora, podem acessar um vasto catálogo de músicas legalmente por meio de assinaturas mensais ou publicidade, e isso não apenas impacta o modelo de negócios como também mudou a forma como os artistas ganham dinheiro. Os artistas independentes passaram a ter uma voz mais forte, uma vez que podem lançar músicas diretamente nas plataformas de streaming, sem a necessidade de um grande contrato com uma gravadora, e os artistas já consolidados, agora, dependem não apenas das vendas de músicas, mas também de receitas de shows, mercadorias e parcerias com marcas.
Portanto, a inovação se tornou um componente central na definição contemporânea de empreendedorismo, permitindo que indivíduos e organizações abordem desafios de maneira única e explorem oportunidades emergentes. De acordo com Dornelas (2023), o atual cenário pode ser corretamente caracterizado como a era do empreendedorismo, uma vez que são os empreendedores que vêm desempenhando um papel central na eliminação de barreiras tanto comerciais quanto culturais, contribuindo significativamente para a redução das distâncias geográficas, a promoção da globalização e a reformulação dos conceitos econômicos tradicionais. Isso, por sua vez, manifesta-se na criação de novos paradigmas de trabalho, na geração de oportunidades de emprego e na criação de riqueza para a sociedade como um todo. Vamos ver o que os autores Hisrich, Petes e Sheperd (2014, p. 6) abordam sobre a função do empreendedorismo na sociedade.
O empreendedorismo tem uma função importante na criação e no crescimento dos negócios, assim como no crescimento e na prosperidade de nações e regiões. Esses resultados em larga escala podem ter princípios um tanto modestos, pois as ações empreendedoras começam no ponto em que uma oportunidade lucrativa encontra um indivíduo empreendedor.
Para os autores citados, o empreendedor, ao seguir o que ele percebe como uma oportunidade, está ciente de que as oportunidades frequentemente surgem em um ambiente de grande incerteza, portanto, deve confiar em seu discernimento para avaliar se deve ou não agir diante dessa incerteza.
De acordo com Hisrich, Peters e Sheperd (2014), a oportunidade empreendedora pode surgir da inovação tecnológica, como a introdução de um produto já existente em um mercado, visando criar um novo mercado em outro local, bem como pode envolver a criação de um produto tecnológico inovador para atender a um mercado já estabelecido. Outra possibilidade é a concepção simultânea de um novo produto/serviço e a abertura de um mercado até então inexplorado.
Siga em Frente...
Global Entrepreneurship Monitor (GEM)
Considerando a importância de entender o empreendedorismo no mundo, em 1999, surgiu o Global Entrepreneurship Monitor (GEM), por iniciativa da London Business School, do Reino Unido, e da Babson College, dos Estados Unidos. O projeto nasceu da necessidade de se preencher uma lacuna na pesquisa de empreendedorismo global, e a primeira pesquisa piloto do GEM foi realizada em 1999; desde então, o projeto cresceu e se expandiu significativamente, sendo realizado todos os anos ininterruptamente e já tendo envolvido mais de 100 países.
O GEM é uma iniciativa que surgiu para melhor entender e avaliar o empreendedorismo em nível global. Dornelas (2023) salienta que o GEM é uma ferramenta crucial para se compreender a dinâmica do empreendedorismo em todo o mundo e seu impacto na economia. Suas pesquisas geram dados e insights sobre as taxas de empreendedorismo, a motivação dos empreendedores, as barreiras que enfrentam e muito mais. Isso ajuda os governos a desenvolver políticas e programas mais eficazes para fomentar o empreendedorismo; as empresas a identificar oportunidades de mercado; e os pesquisadores a estudar o fenômeno em escala global.
A Taxa de Atividade Empreendedora (TEA) é um indicador-chave utilizado pelo GEM (2019) e por pesquisadores em todo o mundo para medir a prevalência do empreendedorismo em uma determinada população por um determinado período. Essa taxa é uma métrica importante para entender o nível de atividade empreendedora em uma sociedade ou economia, sendo calculada como uma proporção da população adulta.
A TEA é definida como a porcentagem da população adulta (geralmente, entre 18 e 64 anos) envolvida em atividades empreendedoras, sejam elas empreendimentos estabelecidos, sejam empreendimentos iniciais (startups). Os empreendimentos estabelecidos são aqueles que têm mais de 3,5 anos de existência, enquanto os empreendimentos iniciais são mais recentes, com menos de 3,5 anos.
A TEA é frequentemente usada para avaliar o grau de empreendedorismo em um determinado país ou região e comparar taxas de empreendedorismo entre diferentes nações. Ela oferece informações sobre a disposição da população para iniciar novos negócios ou se envolver em atividades empreendedoras, o que pode refletir as condições econômicas, culturais, regulatórias e de mercado em uma determinada área. A TEA é um indicador importante para governos, formuladores de políticas e pesquisadores, pois ajuda a identificar a vitalidade do ambiente empreendedor e a influência das condições econômicas e culturais na atividade empreendedora de uma população. Trata-se de um dos muitos indicadores do Global Entrepreneurship Monitor, que ajuda a fornecer uma visão completa do empreendedorismo em escala global.
Após termos estudado o empreendedorismo e o GEM, podemos afirmar que o empreendedorismo é uma força poderosa na história, com raízes que remontam a séculos passados e que continuam a evoluir de acordo com as mudanças sociais, econômicas e tecnológicas. A definição contemporânea de empreendedorismo destaca a importância da inovação e da destruição criativa, que transformam indústrias e criam novas oportunidades econômicas, e o Global Entrepreneurship Monitor (GEM) emergiu como uma ferramenta essencial para entender o empreendedorismo em escala global, fornecendo dados e insights sobre as taxas de empreendedorismo, motivações, barreiras e muito mais.
Vamos Exercitar?
Agora, vamos ver como o que aprendemos sobre empreendedorismo e GEM se aplica em uma suposta situação prática?
A Julia teve uma ideia inovadora: uma plataforma de comércio eletrônico local que conecte pequenos empreendedores locais a consumidores da sua região. Ela acredita que, ao fornecer uma plataforma centralizada para produtos e serviços locais, eles podem estimular a economia e criar oportunidades de negócios para os jovens desempregados.
Ricardo usou suas habilidades em análise de dados para ajudar a identificar os setores mais promissores para a plataforma com base nos dados do GEM e descobriu que havia demanda por produtos agrícolas locais, artesanato e serviços criativos na cidade. Julia e Ricardo começaram a trabalhar incansavelmente para criar a plataforma e recrutaram artesãos, agricultores e jovens empreendedores para participar.
A plataforma de comércio eletrônico deles decolou rapidamente e, em pouco tempo, a cidade testemunhou um aumento no número de pequenos negócios. Os dados do GEM, agora, mostram um aumento na TEA na região enquanto a plataforma ajuda a fortalecer a economia local.
O empreendedorismo, quando impulsionado pela inovação e pelos dados certos, pode ser uma solução poderosa para os desafios econômicos de uma comunidade. Quais oportunidades empreendedoras existem na sua região?
Saiba Mais
O filme Walt Antes do Mickey (2015) é uma ótima recomendação para quem tem interesse em empreendedorismo e em histórias inspiradoras. Essa biografia cinematográfica narra a vida de Walt Disney antes de ele se tornar um ícone mundial com a criação de Mickey Mouse. O filme oferece uma visão detalhada das lutas e desafios enfrentados por Disney no início de sua carreira, destacando sua persistência, criatividade e visão inovadora.
Recomendamos a leitura do capítulo 6: Muito além do Lucro, do livro Empreendedorismo Consciente, dos autores Rodrigo Caetano e Pedro Paro, que aborda o empreendedorismo sob uma perspectiva moderna e responsável, focando a importância de se criar negócios que não apenas visam ao lucro, mas também considerem o impacto social e ambiental de suas atividades.
Para conferir os relatórios produzidos pelo programa de pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM), basta acessar o portal IBQP.
Referências Bibliográficas
CAETANO, R.; PARO, P. Empreendedorismo consciente. Rio de Janeiro: Alta Books, 2020.
DORNELAS, J. Empreendedorismo na prática: mitos e verdades do empreendedor de sucesso. 5. ed. Baueri: Atlas, 2023.
DORNELAS, J. Empreendedorismo: transformando ideias em negócios. 9. ed. Baueri: Atlas, 2023.
GEM — Global Entrepreneurship Monitor. Empreendedorismo no Brasil – 2019. Curitiba: IBQP, 2020.
HISRICH, R. D.; PETERS, M. P.; SHEPERD, D. A. Empreendedorismo. 9. ed. Porto Alegre: AMGH, 2014.
PATRÍCIO, P.; CANDIDO, C. R. Empreendedorismo: uma perspectiva multidisciplinar. Rio de Janeiro: LTC, 2016.
Aula 2
Mergulhando no Empreendedorismo: Identificando Perfis e Tipos de Empreendedores
Mergulhando no empreendedorismo: identificando perfis e tipos de empreendedores
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Bons estudos!
Ponto de Partida
Olá, estudante! Nesta aula, vamos mergulhar em uma discussão sobre a distinção entre ser empreendedor e ser empresário; essa diferenciação é fundamental para se compreender as várias facetas do empreendedorismo e suas implicações no mundo dos negócios. Durante esta aula, você refletirá sobre as diferentes motivações e contextos que levam as pessoas a empreender.
Para melhor compreensão dos conteúdos a serem estudados, imagine que você foi convidado a ministrar uma palestra sobre empreendedorismo. Você, então, começa a conversar com alguns dos participantes e logo percebe que cada um tem uma motivação única para empreender, diante disso, você tem a tarefa de aconselhar essas pessoas em suas jornadas empreendedoras. Como você, então, lidaria com cada caso? Quais dicas daria a um empreendedor por necessidade e a um empreendedor por oportunidade? Como você explicaria os tipos de empreendedores existentes?
À medida que embarcarmos nesta jornada de aprendizado, lembre-se de que o empreendedorismo é uma aventura que pode ser moldada por diversas motivações e contextos. Mantenha-se curioso e aberto a novos conhecimentos. Ter uma mentalidade empreendedora é uma habilidade valiosa que transcende os limites do mundo dos negócios. Boa jornada de aprendizado!
Vamos Começar!
É comum as pessoas questionarem se ser empreendedor equivale a ser empresário, e a resposta é não. É possível ser empreendedor sem ser um empresário, necessariamente, bem como é possível ser empresário sem ser empreendedor. De acordo com Tajra (2019), um indivíduo empreendedor é aquele que demonstra uma mentalidade orientada para resultados, inovações e conquistas, já o empreendedorismo está intrinsecamente relacionado à atitude, à postura pessoal e à maneira como alguém reage diante das situações com as quais se depara na sua vida cotidiana. Tjara (2019), ainda, complementa que ser empreendedor significa possuir entusiasmo e energia para desenvolver ideias e transformá-las em ação, por outro lado, um empresário é alguém que decide iniciar o seu próprio negócio e, a partir disso, gerar novas oportunidades de ganhos financeiros e/ou sociais. O empresário é uma pessoa envolvida nos aspectos de negócios e que leva adiante um empreendimento já estabelecido.
A união dos perfis empresarial e empreendedor pode constituir o empresário-empreendedor, que é a pessoa que possui as características de um empreendedor (ousadia, iniciativa, perseverança, energia positiva) somadas às de um empresário, que leva adiante seu empreendimento com determinação, responsabilidade e conhecimento (Tjara, 2019, p. 12).
A atitude empreendedora, tanto por parte dos empresários quanto dos funcionários, desempenha um papel fundamental no progresso e na aprimoração das empresas; sem essa mentalidade empreendedora, as empresas correm o risco de se estagnarem e, em alguns casos, de perder participação de mercado.
Empreendedor por necessidade e empreendedor por necessidade
Que o empreendedorismo é uma força motriz por trás do crescimento econômico e da inovação em todo o mundo nós já percebemos, no entanto, nem todos os empreendedores surgem movidos pelas mesmas razões e motivações, e é o caso do empreendedor por necessidade e o empreendedor por oportunidade. Essas duas categorias representam diferentes contextos e motivações que levam as pessoas a iniciar seus próprios negócios.
Segundo Dornelas (2023), o empreendedor por necessidade é um indivíduo que decide iniciar um negócio devido à falta de alternativas viáveis de emprego ou à necessidade premente de gerar renda para sua sobrevivência pessoal e familiar. As principais características do empreendedor por necessidade incluem:
- Falta de opções: os empreendedores por necessidade, muitas vezes, iniciam seus negócios porque não têm acesso a empregos formais ou enfrentam restrições de emprego devido a circunstâncias econômicas, educacionais ou sociais desfavoráveis que os levam a buscar soluções autônomas para sua situação financeira.
- Motivação de sobrevivência: a motivação central para o empreendedorismo por necessidade é a sobrevivência. Esses empreendedores enfrentam a necessidade de atender às despesas básicas, como alimentação, moradia e cuidados com a saúde, e veem o empreendedorismo como a melhor ou única maneira de alcançar essa estabilidade financeira.
- Atividades informais: muitas vezes, os empreendedores por necessidade operam em setores informais da economia, trabalhando em pequenos negócios de subsistência, como vendedores ambulantes, serviços domésticos ou pequenas vendas de produtos locais.
- Foco em ganhos imediatos: devido à urgência financeira, os empreendedores por necessidade tendem a se concentrar em atividades que geram lucros a curto prazo, em vez de buscar inovação a longo prazo.
O empreendedor por oportunidade, para Dornelas (2023), é um indivíduo que inicia um negócio com base na identificação de uma oportunidade de mercado ou em uma ideia inovadora. As principais características do empreendedor por oportunidade incluem:
- Identificação de oportunidades: esses empreendedores possuem a habilidade de identificar lacunas no mercado, problemas a serem resolvidos ou demandas não atendidas; eles estão atentos a oportunidades que podem ser exploradas com base em suas habilidades, conhecimentos e visão de negócios.
- Inovação: o empreendedor por oportunidade, muitas vezes, concentra-se em criar algo novo ou diferente, seja um produto, seja serviço ou modelo de negócios, bem como buscam soluções inovadoras e disruptivas para os desafios do mercado.
- Risco calculado: ao identificarem oportunidades, esses empreendedores se disponibilizam a assumir riscos calculados; eles entendem que o sucesso não é garantido, mas estão dispostos a investir tempo, esforço e recursos em busca de um retorno significativo.
- Crescimento a longo prazo: os empreendedores por oportunidade geralmente têm uma visão de longo prazo para seus negócios. Eles buscam criar empreendimento sustentáveis e escaláveis, em vez de soluções de curto prazo.
Os empreendedorismos por necessidade e por oportunidade representam abordagens distintas para se iniciar um negócio. Enquanto o empreendedor por necessidade é motivado pela urgência financeira e falta de opções, o empreendedor por oportunidade busca criar valor por meio da identificação de lacunas no mercado e da inovação.
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Tipos de empreendedores
Existem diversos perfis de empreendedores, e à medida que o empreendedorismo continua a crescer e se espalhar, é plausível que, ao longo do tempo, novas categorias e denominações venham a surgir. Para Dornelas (2023), os empreendedores podem ter as seguintes classificações:
- Empreendedor informal: empreendedores informais são aqueles que operam negócios sem registrar formalmente suas atividades junto a órgãos governamentais. Eles, muitas vezes, trabalham em pequena escala e podem não cumprir todas as regulamentações e obrigações fiscais exigidas para empresas legalmente registradas, e isso pode incluir vendedores ambulantes, prestadores de serviços autônomos e pequenos comerciantes que atuam no mercado informal.
- Empreendedor cooperado: empreendedores cooperados são membros de cooperativas, organizações em que os participantes se unem para alcançar objetivos comuns, compartilhar recursos e tomar decisões de forma colaborativa. Eles empreendem coletivamente, compartilhando os riscos e recompensas com outros membros da cooperativa.
- Empreendedor individual: um empreendedor individual é uma pessoa que inicia e opera um negócio por conta própria; ele é responsável por todas as decisões e responsabilidades empresariais, incluindo questões legais e fiscais. Esse tipo de empreendedor é frequentemente encontrado em empresas de pequena escala.
- Empreendedor de franquia: empreendedores de franquia operam negócios usando um modelo de negócios estabelecido por uma empresa-mãe (franqueadora); eles compram o direito de usar o nome da marca, produtos e sistemas de operação da franqueadora em troca de taxas e royalties, possibilitando que aproveitem a marca e o suporte da empresa-mãe.
- Empreendedor social: empreendedores sociais são aqueles que buscam resolver problemas sociais e ambientais por meio de empreendimentos comerciais. Seu objetivo é criar um impacto positivo na sociedade, além de gerar lucros. Essas iniciativas podem abordar questões como pobreza, educação, saúde e meio ambiente.
- Empreendedor corporativo: empreendedores corporativos são funcionários de empresas estabelecidas que identificam oportunidades de inovação e crescimento dentro da organização em que trabalham. Eles ajudam a empresa a desenvolver novos produtos, serviços ou processos e são frequentemente incentivados a pensar e agir de maneira empreendedora.
- Empreendedor público: empreendedores públicos são funcionários do setor público que buscam melhorar a eficiência, a eficácia e a inovação dentro de organizações governamentais. Eles buscam soluções criativas para problemas governamentais e trabalham para aprimorar os serviços públicos.
- Empreendedor do conhecimento: esse tipo de empreendedor se concentra na geração, aplicação e comercialização de conhecimento, geralmente em campos como tecnologia, pesquisa e desenvolvimento. Eles, muitas vezes, estão envolvidos na criação de startups de alta tecnologia e inovação.
- Empreendedor do negócio próprio: empreendedores do negócio próprio são indivíduos que iniciam e gerenciam seus próprios negócios independentes, muitas vezes de pequena escala. Eles são proprietários únicos de suas empresas e têm controle total sobre as operações, desde a tomada de decisões até a gestão diária.
Esses diferentes tipos de empreendedores demonstram a diversidade de abordagens e motivações no mundo do empreendedorismo, cada um com um papel fundamental na economia e na sociedade.
Até aqui, discutimos as diferenças entre ser um empreendedor e ser um empresário, destacando que esses dois termos não são sinônimos. Enquanto o empreendedorismo envolve uma mentalidade orientada para resultados, inovação e ação, o empresário é alguém que inicia seu próprio negócio e cria oportunidades de ganhos financeiros ou sociais a partir dele. Vimos, também, as diferenças entre empreendedorismo por necessidade e por oportunidade, bem como conhecemos os vários tipos de empreendedores, desde os informais, cooperativos, individuais, de franquia, sociais, corporativos, públicos, do conhecimento até o de negócio próprio. Cada tipo de empreendedor tem suas próprias características e motivações específicas.
Vamos Exercitar?
Você lembra que tinha o desafio de ministrar uma palestra sobre empreendedorismo? Palestrar é uma oportunidade empolgante de compartilhar conhecimentos e inspirar aqueles que desejam iniciar suas jornadas empreendedoras. Faz-se importante reconhecer que diferentes pessoas têm motivações únicas para empreender; os empreendedores movidos pela necessidade são pessoas que estão enfrentando desafios financeiros e buscam uma saída, portanto, é preciso orientá-los a buscar soluções práticas que atendam às suas necessidades imediatas e que possam gerar receita rapidamente.
Para empreendedores motivados por oportunidades de mercado e inovações, encoraje-os a explorar profundamente a viabilidade de suas ideias, e isso inclui realizar pesquisas de mercado abrangentes e entender as tendências do setor.
Além de abordar as motivações dos empreendedores, mostre, também, os diferentes tipos de empreendedores e a sua importância na sociedade. Lembre-se de que o objetivo é capacitar os participantes com informações específicas para seus objetivos empreendedores e inspirá-los a abraçar as oportunidades e superar os desafios em seu caminho. Cada tipo de empreendedor possui necessidades e abordagens distintas, e é importante adaptar o aconselhamento de acordo com essas nuances, para ajudá-los a alcançar o sucesso em suas jornadas empreendedoras.
Saiba Mais
O filme À Procura da Felicidade, lançado em 2006, é uma excelente recomendação, especialmente para aqueles interessados em histórias inspiradoras sobre perseverança e empreendedorismo. Estrelado por Will Smith, que interpreta Chris Gardner, o filme é baseado em uma história real e narra a jornada de Gardner, que enfrenta graves desafios financeiros e pessoais enquanto luta para criar seu filho pequeno.
Recomendamos a leitura do capítulo 5 – A decisão de se tornar empreendedor , do livro Empreendedorismo na Prática – Mitos e Verdades do Empreendedor de Sucesso, do autor José Dornelas. Para conhecer mais as diversas faces do empreendedorismo no Brasil, acesse o portal Endeavor .
Referências Bibliográficas
DORNELAS, J. Empreendedorismo na prática: mitos e verdades do empreendedor de sucesso. 5. ed. Baueri: Atlas, 2023.
DORNELAS, J. Empreendedorismo: transformando ideias em negócios. 9. ed. Baueri: Atlas, 2023.
PATRÍCIO, P.; CANDIDO, C. R. Empreendedorismo: uma perspectiva multidisciplinar. Rio de Janeiro: LTC, 2016.
TAJRA, S. F. Empreendedorismo: conceitos e práticas inovadoras. São Paulo: Editora Saraiva, 2019. (Série eixos).
Aula 3
Processo Empreendedor
Processo empreendedor
Estudante, esta videoaula foi preparada especialmente para você. Nela, você irá aprender conteúdos importantes para a sua formação profissional. Vamos assisti-la?
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Bons estudos!
Ponto de Partida
Olá, estudante! Nesta aula, vamos explorar o emocionante mundo do processo empreendedor, um caminho repleto de desafios e oportunidades que envolvem criação, desenvolvimento e gestão de novos empreendimentos ou a reinvenção de negócios existentes. Aqui, vamos trabalhar a complexidade da ação empreendedora e observar como as pessoas empreendem frente a um cenário de incerteza; para isso, vamos compreender o papel crucial do conhecimento prévio e da motivação na tomada de decisões empreendedoras, essenciais para o sucesso nesse percurso. Além disso, vamos, também, discutir a gestão do conhecimento como um conceito poderoso, que vai além da criação de inovações ou novos empreendimentos.
Para solidificarmos a aprendizagem, convidamos você a conhecer a Clara, que identificou uma oportunidade em seu bairro. Ela percebeu que muitos pais estavam em busca de atividades extracurriculares para seus filhos, mas a oferta na região era limitada, logo, ela viu nessa situação uma chance de preencher essa lacuna no mercado. Vamos acompanhar Clara nesse empreendimento?
A aprendizagem é uma jornada contínua e a curiosidade é a chave para o sucesso. Boa sorte em sua jornada de aprendizado!
Vamos Começar!
Processo empreendedor e ação empreendedora
O processo empreendedor é uma jornada fascinante que envolve criação, desenvolvimento e gestão de novos empreendimentos ou a reinvenção de negócios existentes; trata-se de um universo repleto de desafios, oportunidades e inovação, em que indivíduos visionários transformam ideias em realidade. No cerne do processo empreendedor reside a capacidade de identificar oportunidades, avaliar riscos e tomar decisões estratégicas, e esse processo é impulsionado por uma combinação de fatores, incluindo a visão, a paixão e a determinação do empreendedor, bem como a capacidade de adaptar-se às mudanças do mercado e superar obstáculos.
Observe o que Hisrich, Peters e Sheperd (2014, p. 6) compreendem sobre ação empreendedora:
O empreendedor segue o que acredita ser uma oportunidade. Como as oportunidades existem em (ou criam e/ou geram) um estado de forte incerteza, os empreendedores precisam utilizar seu discernimento para decidir se devem ou não agir. Mas a dúvida também pode minar a ação empreendedora. Assim, o segredo para entender a ação empreendedora é ser capaz de avaliar o nível de incerteza percebido em torno de uma oportunidade em potencial e a disposição do indivíduo de enfrentar essa incerteza. O conhecimento pregresso do indivíduo pode reduzir o nível de incerteza e sua motivação indica a disposição de enfrentá-lá.
O modelo McMullen-Shepherd mostra como o conhecimento e a motivação exercem influência sobre dois estágios da ação empreendedora, o estágio de atenção e o de avaliação. O Estágio 1 – Atenção é a constatação, por parte de um indivíduo, de que existe uma oportunidade que pode ser explorada por alguém, em seguida, esse indivíduo deve avaliar se essa oportunidade é apropriada para ele (Estágio 2 – Avaliação).
Segundo Hisrich, Peters e Sheperd (2014), o modelo mostra que alguns indivíduos perceberão os indícios de mudanças no ambiente que representam potenciais oportunidades, outros não. Aqueles que possuem conhecimento acerca dos mercados e/ou tecnologia terão maior habilidade para identificar as alterações no ambiente externo e, se igualmente motivados, estarão mais inclinados a processar essas informações de maneira atenta, por outro lado, os demais continuarão a ignorar a possibilidade. O processo implica a avaliação da possibilidade de explorar a oportunidade com êxito, levando em consideração o conhecimento do indivíduo, bem como a avaliação de sua atratividade, considerando o grau de motivação do empreendedor em potencial.
De acordo com Dornelas (2023), a decisão de ser empreendedor é frequentemente moldada por influências externas, circunstâncias ambientais e sociais, além das habilidades pessoais do indivíduo. Muitas vezes, é a convergência desses fatores que desempenha um papel crítico na concepção e no crescimento de um novo empreendimento. O processo empreendedor ganha vida quando um evento que incorpora esses fatores se materializa, abrindo as portas para o início de um novo empreendimento.
O processo empreendedor engloba todas as funções, atividades e ações relacionadas ao desenvolvimento de novos empreendimentos; de acordo com Dornelas (2023), ele se desdobra em três etapas cruciais: a identificação da oportunidade, a formação da equipe empreendedora e a aquisição de recursos. Para o autor, as fases do processo empreendedor são:
- Identificação e avaliação da oportunidade.
- Elaboração do plano de negócios.
- Determinação dos recursos necessários.
- Gestão da empresa.
Segundo Dornelas (2023), o ponto de partida é a identificação e avaliação da oportunidade; nesse estágio, os empreendedores estão atentos às mudanças no ambiente, observam o mercado e identificam oportunidades que podem estar escondidas em meio à incerteza, e isso envolve uma percepção aguçada das necessidades não atendidas dos consumidores, identificação de lacunas no mercado e a disposição de resolver problemas de forma inovadora. No entanto, o ato de perceber uma oportunidade não é suficiente; é necessário avaliar se ela é viável e se se alinha com o conhecimento e as habilidades do empreendedor; além disso essa avaliação inclui uma análise cuidadosa da demanda do mercado, concorrência, viabilidade técnica e financeira.
Uma vez que uma oportunidade é identificada e considerada viável, a próxima etapa é traduzi-la em um plano de negócios sólido. De acordo com o autor supracitado, esse documento serve como um guia estratégico que define a visão, a missão, os objetivos e as estratégias da empresa. No plano de negócios, o empreendedor delineia a estratégia de marketing, identifica o mercado-alvo, estabelece metas financeiras, cria um plano operacional detalhado e traça a estrutura organizacional. Trata-se de um processo que requer uma análise profunda, pesquisa de mercado, projeções financeiras e a formulação de estratégias para conquistar clientes e superar a concorrência.
A próxima etapa, para Dornelas (2023), é a determinação e captação dos recursos necessários, essenciais para transformar a visão em realidade, e isso inclui garantir financiamento, adquirir recursos físicos, tecnologia e talentos humanos. A captação de recursos é uma tarefa complexa, que pode envolver a busca de investidores, a obtenção de empréstimos, a alocação de capital próprio e o estabelecimento de parcerias estratégicas, além disso, é necessário construir uma equipe talentosa e comprometida, que compartilhe a visão e os valores da empresa.
Por fim, uma vez que a empresa é lançada, Dornelas (2023) salienta que o empreendedor entra na fase de gestão, e isso envolve liderar a equipe, supervisionar as operações do dia a dia, gerenciar as finanças e manter um olho atento ao mercado e à concorrência. A gestão eficaz requer habilidades de liderança, capacidade de adaptação, tomada de decisões informadas e a disposição de aprender com os erros. A inovação contínua e a flexibilidade são fundamentais para manter o negócio competitivo e sustentável.
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Gerar valor
De acordo com Bessant e Tidd (2019), há uma distinção clara entre conceber uma inovação ou um novo empreendimento e, efetivamente, gerar e capturar seu valor. Além de compreender a gestão do conhecimento, para criar valor de maneira eficaz, a realização de uma pesquisa de mercado abrangente é essencial. A pesquisa de mercado é crucial para se entender as dinâmicas do mercado, as necessidades e preferências dos clientes e identificar oportunidades e desafios emergentes. Essa compreensão profunda do mercado possibilita que as inovações sejam alinhadas com as demandas reais dos consumidores, aumentando, assim, a probabilidade de sucesso comercial e a geração de valor sustentável.
No contexto da gestão do conhecimento, conforme discutido por Bessant e Tidd (2019), a pesquisa de mercado se torna um componente integral, fornecendo informações vitais que enriquecem o conhecimento organizacional.
Os principais elementos da gestão do conhecimento, segundo Bessant e Tidd (2019), são:
- Identificação do conhecimento: inclui o entendimento das informações de mercado, que são cruciais para direcionar as estratégias de inovação e desenvolvimento de produtos.
- Captura e organização: a organização deve capturar e sistematizar tanto o conhecimento interno quanto as informações obtidas por meio da pesquisa de mercado.
- Armazenamento e acesso: facilitar o acesso a informações de mercado armazenadas é crucial para permitir que as decisões sejam baseadas em dados atualizados e relevantes.
- Compartilhamento e colaboração: a partilha de insights de mercado entre os funcionários potencializa a inovação e ajuda a identificar novas oportunidades de negócio.
- Transferência de conhecimento: incluir informações de mercado nos programas de treinamento assegura que o conhecimento relevante seja disseminado em toda a organização.
- Uso e aplicação do conhecimento: a aplicação prática do conhecimento inclui a utilização de insights de mercado para impulsionar a inovação, o desenvolvimento de produtos e a tomada de decisão estratégica.
- Aprendizado organizacional: a organização deve aprender continuamente com as mudanças do mercado e adaptar suas estratégias de acordo com elas.
A pesquisa de mercado, portanto, não apenas complementa a gestão do conhecimento, mas também é um pilar crucial para a inovação consciente e a criação de valor em um ambiente de negócios em constante evolução. Ela permite que as organizações não apenas reajam às mudanças, mas também antecipem tendências e se adaptem proativamente, mantendo a relevância e o sucesso no mercado.
Até este momento, abordamos o processo empreendedor e as suas características, trabalhos as etapas do processo de empreender e a sua importância para um empreendimento de sucesso e, por fim, mas não menos importante, vimos a relevância de se gerar valor e a sua relação com a gestão do conhecimento.
Vamos Exercitar?
Lembra-se de Clara, que conhecemos no início da aula? Ela é uma empreendedora que começou sua jornada ao identificar a falta de atividades extracurriculares em seu bairro. Desenvolveu um plano de negócios, obteve recursos e lançou sua empresa, oferecendo atividades educacionais para crianças. Com conhecimentos e ações necessários, ela chegou ao sucesso e entendeu como o processo empreendedor pode transformar uma visão em realidade.
A história de Clara ilustra o processo empreendedor em ação, repleto de desafios e oportunidades. Note que ela:
- Identificou uma oportunidade.
- Desenvolveu um plano de negócios.
- Determinou recursos.
- Com uma gestão eficaz, transformou sua visão em uma empresa de sucesso.
Sua jornada pode inspirar outros empreendedores a seguir seus projetos e acreditar que é possível alcançar o sucesso em seus empreendimentos.
Saiba Mais
Quem Quer Ser um Milionário? (2008), dirigido por Danny Boyle, é um filme vibrante que encapsula a essência do empreendedorismo por meio da jornada de Jamal Malik, um jovem das favelas de Mumbai. Enfrentando a vida com astúcia e resiliência, Jamal se lança ao desafio do programa "Quem Quer Ser um Milionário?", usando suas vivências e seus aprendizados em circunstâncias adversas para avançar no jogo.
Esse filme é um testemunho da capacidade empreendedora de transformar experiências de vida em conhecimento prático, demonstrando que a habilidade de navegar por dificuldades e oportunidades pode levar ao sucesso inesperado, mesmo nas circunstâncias mais improváveis.
Recomendamos a leitura do capítulo 3 – Inovação, globalização e desenvolvimento, do livro Inovação e Empreendedorismo, dos autores John Bessant e Joe Tidd. O capítulo aborda a importância da inovação e a sua relação com a globalização.
Para conhecer em detalhes o processo de geração de valor nos empreendimentos, acesse o blog da TOTVS.
Referências Bibliográficas
BESSANT, J.; TIDD, J. Inovação e empreendedorismo. Porto Alegre: Bookman, 2019.
DORNELAS, J. Empreendedorismo na prática: mitos e verdades do empreendedor de sucesso. 5. ed. Baueri: Atlas, 2023.
DORNELAS, J. Empreendedorismo: transformando ideias em negócios. 9. ed. Baueri: Atlas, 2023.
HISRICH, R. D.; PETERS, M. P.; SHEPERD, D. A. Empreendedorismo. 9. ed. Porto Alegre: AMGH, 2014.
QUEM quer ser um milionário. Direção: Danny Boyle. Produção: Christian Colson. Intérpretes: Dev Patel, Freida Pinto, Anil Kapoor, Irrfan Khan. Roteiro: Simon Beaufoy. [S. l.]: Celador Films; Film 4, 2008.
Aula 4
Análise de Mercado
Análise de mercado
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Bons estudos!
Ponto de Partida
Olá, estudante! Nesta aula, vamos explorar um tópico fundamental no mundo do marketing: a identificação de oportunidades no mercado. Compreender como as empresas podem identificar e aproveitar oportunidades é essencial para o sucesso nos negócios, pois está diretamente ligado à criação de produtos inovadores, serviços eficazes e estratégias de mercado competitivas.
Nesta aula, exploraremos os fatores que contribuem para a formação de oportunidades de mercado, incluindo a detecção de problemas, a criação de soluções inovadoras e a exploração do comportamento do consumidor. Agora, permita-nos contar uma história envolvendo uma empresa fictícia chamada "InovaTech". A InovaTech é uma pequena empresa de tecnologia que se depara com uma questão intrigante: como identificar uma oportunidade de mercado em meio à rápida evolução da indústria de dispositivos móveis? A empresa está buscando expandir seus negócios, mas está enfrentando concorrência acirrada e precisa encontrar um nicho de mercado para prosperar.
O conhecimento que você adquirirá nesta aula é mais do que teoria; é uma ferramenta poderosa que pode ser aplicada em seu cotidiano profissional. Identificar oportunidades de mercado é o que permite que empresas inovadoras e bem-sucedidas se destaquem.
Vamos Começar!
Oportunidade no mercado
Quando falamos em oportunidade no mercado, estamos nos referindo a uma situação ou condição favorável que uma empresa ou empreendedor identifica como um potencial para alcançar o sucesso nos negócios. Essas oportunidades podem surgir de diversas maneiras e, muitas vezes, estão relacionadas a lacunas ou demandas não atendidas no mercado.
Quando uma oportunidade é percebida e explorada com sucesso, pode resultar em um novo produto, serviço ou estratégia de negócios que atenda às necessidades dos consumidores e gere lucro.
Para Kotler (2021), a oportunidade de mercado é definida como uma área na qual as necessidades e interesses dos compradores se encontram, criando uma alta probabilidade de uma empresa realizar atividades lucrativas ao satisfazer essas demandas. O atrativo de uma oportunidade de mercado é influenciado por diversos fatores, incluindo o número de potenciais compradores, seu poder aquisitivo e sua disposição para efetuar compras, entre outros. Essas oportunidades surgem quando um profissional de marketing identifica um grupo de tamanho considerável cujas necessidades não estão sendo devidamente atendidas. De acordo com Kotler (2021), três circunstâncias resultam na formação de oportunidades de mercado:
- Oferecer soluções para necessidades não atendidas: refere-se, segundo o Kotler (2021), ao momento em que a empresa identifica uma necessidade ou desejo no mercado que não está sendo satisfeito de forma adequada. Por exemplo, imagine uma cidade onde não existem serviços de entrega de comida saudável. Uma oportunidade de mercado surgiria se alguém criasse um serviço de entrega de refeições saudáveis para preencher essa lacuna.
- Introduzir um produto ou serviço completamente novo: Kotler (2021) afirma que essa oportunidade surge quando uma empresa cria algo totalmente novo, e um exemplo disso é o surgimento dos drones comerciais. Inicialmente, eles foram usados principalmente para fins militares, mas empresas viram a oportunidade de usá-los para entrega de mercadorias, inspeções aéreas e muito mais, criando um mercado completamente novo.
- Aprimorar ou diferenciar um produto ou serviço já existente: para o autor supracitado, muitas vezes, as empresas podem ganhar vantagem competitiva ao melhorar um produto ou serviço existente de maneira significativa. Por exemplo, a Apple revolucionou o mercado de telefones celulares ao introduzir o iPhone, que era muito mais do que um simples telefone, oferecendo uma experiência completa de entretenimento, produtividade e comunicação. Para aprimorar os produtos, Kotler (2021) salienta que a organização pode utilizar três métodos:
- Método de detecção de problemas.
- Método ideal.
- Método de rede de consumo.
No método de detecção de problemas, Kotler (2021) afirma que os profissionais de marketing procuram identificar oportunidades de mercado ao perguntar aos consumidores sobre problemas, reclamações ou sugestões de melhoria relacionados a produtos ou serviços existentes. Ao coletar feedback dos clientes, as empresas podem encontrar áreas em que podem fazer melhorias ou atender a necessidades não atendidas. Por exemplo, se os clientes reclamam de um produto de consumo com defeito, a empresa pode usar essas informações para aprimorar a qualidade do produto.
No método ideal, o autor supracitado destaca que os profissionais de marketing pedem aos consumidores para imaginar um produto ou serviço ideal. Os consumidores descrevem o que desejam em um produto ou serviço perfeito, mesmo que pareça irrealista à primeira vista, e o objetivo é explorar as expectativas e desejos dos consumidores para produtos ou serviços ideais. Isso, por sua vez, pode levar a insights valiosos sobre como a empresa pode aprimorar seus produtos ou desenvolver novos produtos para atender a essas expectativas. Por exemplo, se os consumidores imaginam um carro que seja altamente econômico, seguro e ecologicamente correto, isso pode orientar a inovação na indústria automobilística.
Por fim, no método de rede de consumo, Kotler (2021) ressalta que os profissionais de marketing mapeiam o ciclo de vida de consumo de um produto desde a compra até o uso e, eventualmente, o descarte. A ideia é rastrear o caminho que os consumidores percorrem durante sua jornada com o produto e identificar oportunidades para introduzir novos produtos, serviços ou benefícios em diferentes estágios desse ciclo. Por exemplo, ao mapear o ciclo de vida de consumo de um smartphone, a empresa pode identificar oportunidades para oferecer serviços pós-venda, acessórios ou atualizações para aprimorar a experiência do cliente.
Esses métodos são estratégias que os profissionais de marketing podem usar para inovar, aprimorar produtos ou serviços e identificar oportunidades de mercado com base no feedback dos consumidores e na compreensão da jornada do consumidor. Eles visam atender às necessidades dos clientes e criar produtos e serviços que atendam às expectativas dos consumidores.
Siga em Frente...
Ambiente mercadológico
O ambiente mercadológico, também conhecido como ambiente de marketing, é o conjunto de fatores e condições que cercam uma empresa ou organização e que afetam sua capacidade de atender às necessidades e desejos dos clientes, sendo essencial para a tomada de decisões de marketing e estratégia de negócios. O ambiente mercadológico é frequentemente dividido em duas categorias principais: o ambiente interno e o ambiente externo.
De acordo com Las Casas (2019), as variáveis que frequentemente influenciam os ambientes de marketing da maioria das empresas são conhecidas como fatores macroambientais ou fatores externos, como:
- Variável econômica: a situação econômica tem um impacto significativo nas decisões de marketing e nas operações das empresas. Exemplos de variáveis econômicas: a) mudanças nas taxas de juros afetam o custo de empréstimos para empresas e consumidores; b) a inflação pode afetar os preços de produtos e serviços, consequentemente, o poder de compra dos consumidores; c) o desemprego influencia a confiança do consumidor e seu padrão de gastos.
- Variável do ambiente político/legal: leis e regulamentações governamentais podem impactar as operações das empresas. Exemplos: a) Regulamentações ambientais, leis que exigem práticas de negócios sustentáveis, como descarte adequado de resíduos. b) Leis de concorrência: Regulamentações que proíbem práticas anticompetitivas.
- Variáveis socioculturais: os fatores sociais e culturais afetam as preferências dos consumidores e as tendências de mercado. Exemplos: a) tendências de saúde: o aumento do interesse por alimentos saudáveis levou ao crescimento do mercado de alimentos orgânicos; b) diversidade cultural: a diversidade de culturas influencia as preferências e necessidades dos consumidores em diferentes regiões.
- Variáveis naturais: os elementos naturais, como o clima, e o uso desses recursos podem afetar a oferta e a demanda de produtos.
- Variáveis tecnológicas: inovações tecnológicas podem criar oportunidades e desafios para as empresas. Exemplos: a) Internet das coisas (IoT): a IoT permite a criação de produtos conectados, como dispositivos domésticos inteligentes; b) inteligência artificial (IA): a IA é usada em chatbots e análise de dados para melhorar o atendimento ao cliente e a tomada de decisões.
- Variáveis demográficas: fatores demográficos, como idade, renda, gênero e localização, afetam as preferências dos consumidores.
- Concorrência: a natureza e a intensidade da concorrência em um setor influenciam a estratégia de marketing. Exemplos: a) entrada de novos concorrentes; b) inovação da concorrência: empresas que lançam produtos inovadores podem afetar a participação de mercado de outras empresas.
Essas variáveis representam fatores macroambientais que as empresas devem monitorar e considerar em suas estratégias de marketing. Compreender como esses fatores afetam o ambiente de marketing é crucial para tomar decisões informadas e manter a competitividade no mercado.
Comportamento do consumidor
De acordo com Cobra e Urdan (2017), o comportamento do consumidor diz respeito ao estudo e à análise dos processos que os indivíduos e grupos passam ao tomar decisões de compra e consumo de produtos e serviços. Essa área de pesquisa visa entender por que os consumidores fazem as escolhas que fazem, como avaliam produtos e serviços, como são influenciados por fatores internos e externos e como essas escolhas impactam o mercado.
Segundo Cobra e Urdan (2017), o comportamento do consumidor é influenciado por uma série de fatores, incluindo:
- Fatores pessoais: isso inclui características individuais, como idade, gênero, renda, educação, valores, atitudes e personalidade. Por exemplo, um consumidor mais jovem pode ter preferências diferentes em relação a produtos e marcas em comparação com um consumidor mais velho.
- Fatores psicológicos: isso envolve processos mentais, como percepção, motivação, aprendizado e memória. Por exemplo, a percepção de qualidade de um produto pode influenciar a decisão de compra de um consumidor.
- Fatores sociais: relacionamentos, grupos de referência, família e cultura desempenham um papel importante no comportamento do consumidor. Amigos, familiares e influenciadores podem influenciar as decisões de compra de um indivíduo.
- Fatores situacionais: o ambiente, o contexto e as circunstâncias em que a decisão de compra é tomada também são relevantes. Por exemplo, um consumidor pode fazer escolhas diferentes em uma loja física em comparação com uma loja online.
- Fatores de marketing: a estratégia de marketing de uma empresa, incluindo publicidade, promoções, preço e marca, tem um impacto direto no comportamento do consumidor. Por exemplo, uma promoção de "compre um e leve outro de graça" pode incentivar os consumidores a comprar mais.
Entender o comportamento do consumidor é essencial para as empresas, pois ajuda a criar estratégias de marketing mais eficazes, desde a concepção de produtos até a promoção e distribuição, possibilitando que as empresas atendam às necessidades e desejos dos consumidores de forma mais precisa, bem como aumentem suas chances de sucesso no mercado.
Até aqui, vimos como identificar e aproveitar oportunidades no mercado são pontos fundamentais para o sucesso dos negócios; em seguida, conhecemos os fatores macroambientais, como economia, ambiente político/legal, socioculturais, naturais, tecnológicos, demográficos e a concorrência, que também moldam essas oportunidades; por fim, compreendemos que conhecer o comportamento do consumidor possibilita identificar, explorar e tirar proveito de oportunidades de mercado.
Vamos Exercitar?
Agora, vamos explorar como a InovaTech pode utilizar o "método de detecção de problemas" para identificar uma oportunidade de mercado em meio à concorrência acirrada na indústria de dispositivos móveis.
A InovaTech começa coletando feedback de seus clientes e usuários atuais, conduzindo pesquisas, entrevistas e análises de reclamações para identificar problemas e lacunas em produtos existentes. Durante esse processo, percebe-se que muitos clientes expressam frustração com a durabilidade dos smartphones disponíveis no mercado e relatam que seus dispositivos não resistem a quedas e acidentes com água.
Essa percepção, então, gerou uma oportunidade de mercado, logo, a InovaTech decidiu focar o desenvolvimento de smartphones robustos e resistentes, projetados para suportar situações adversas. Assim, a empresa desenvolveu uma nova linha de smartphones "InovaTough", com características de resistência a quedas e impermeabilidade.
A InovaTech usou com sucesso o "método de detecção de problemas" para identificar uma oportunidade de mercado, atendendo a uma necessidade não atendida dos consumidores por dispositivos duráveis. Esse enfoque resultou em uma linha de produtos inovadora e ajudou a empresa a se destacar na competitiva indústria de dispositivos móveis.
Saiba Mais
Sugerimos que assista ao filme biográfico Tucker: Um Homem e Seu Sonho (1988), que exemplifica a importância do desenvolvimento de produtos com foco nas necessidades e desejos dos clientes. Dirigido por Francis Ford Coppola, o filme conta a história de Preston Tucker, um visionário empreendedor automotivo que desafia as grandes montadoras com o desenvolvimento do revolucionário carro Tucker 48.
Recomendamos, também, a leitura do capítulo 8 – Projetando e Entregando Maior Valor de Cliente, do livro Marketing para o Século XXI, do autor Philip Kotler, para se aprofundar no tema e compreender os desejos e anseios dos clientes.
Por fim, o Sebrae conta com artigos interessantes sobre o comportamento do consumidor. Acesse esse portal.
Referências Bibliográficas
CASAS, A. L. L. Administração de marketing. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2019.
COBRA, M.; URDAN, A. T. Marketing básico. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2017.
KOTLER, P. Marketing para o século XXI. Rio de Janeiro: Alta Books, 2021.
TUCKER: um homem e seu sonho. Direção: Francis Ford Coppola. Produção: Fred Fuchs Fred Roos. Intérpretes: Jeff Bridges, Joan Allen, Martin Landau, Elias Koteas, Frederic Forrest Christian Slater. Roteiro: Arnold Schulman, David Seidler. [S. l.]: Paramount Pictures, 2008. (106 min), son., color.
Encerramento da Unidade
Panorama Geral do Empreendedorismo e Oportunidade Empreendedora
Videoaula de Encerramento
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Bons estudos!
Ponto de Chegada
Olá, estudante! Nesta jornada de aprendizado, temos o propósito de explorar o mundo do empreendedorismo e as oportunidades que ele oferece, no entanto, para isso, faz-se importante ter uma visão abrangente sobre o panorama do empreendedorismo e as oportunidades empreendedoras.
Primeiramente, é essencial que você compreenda os conceitos e fundamentos do empreendedorismo. O que é empreendedorismo? Como ele evoluiu ao longo da história? Essas são algumas das questões que abordaremos a seguir.
O empreendedorismo é a arte de identificar oportunidades e transformá-las em empreendimentos bem-sucedidos; trata-se da força motriz por trás do crescimento econômico e da inovação em todo o mundo. Para entender esse conceito, é importante reconhecer suas raízes históricas. Desde os pioneiros empreendedores comerciais até os magnatas da tecnologia dos dias de hoje, o empreendedorismo tem desempenhado um papel vital na formação da sociedade.
O Global Entrepreneurship Monitor (GEM) é uma ferramenta importante para analisar o empreendedorismo em escala global; esse projeto de pesquisa fornece insights valiosos sobre a atividade empreendedora em diferentes países e regiões; por meio dele, é possível analisar as taxas de empreendedorismo, as motivações por trás das iniciativas empreendedoras e os desafios enfrentados pelos empreendedores em todo o mundo.
O empreendedorismo não é um conceito homogêneo; existem diversos perfis e tipos de empreendedores, cada um com suas características distintas, e a compreensão desses perfis é crucial para identificar onde você se encaixa e quais são suas principais habilidades e desafios como empreendedor.
Alguns dos principais tipos de empreendedores incluem:
- Empreendedor por necessidade: muitas vezes, as pessoas se tornam empreendedoras por necessidade, quando não encontram oportunidades de emprego, empreendendo para sobreviver e atender às suas necessidades básicas.
- Empreendedor por oportunidade: outros empreendedores veem oportunidades de mercado e buscam criar negócios inovadores, sendo movidos por uma visão e uma paixão por transformar ideias em realidade.
O processo empreendedor é uma jornada que envolve várias etapas cruciais, e compreender essa jornada é fundamental para o sucesso como empreendedor, e nós vamos explorar as principais etapas.
A ação empreendedora é o primeiro passo para transformar uma ideia em um negócio; ela envolve a identificação de uma oportunidade, a criação de um plano de negócios e a mobilização de recursos para se iniciar o empreendimento, sendo o momento em que o empreendedor toma a decisão corajosa de seguir em frente.
Um empreendedor bem-sucedido não apenas identifica oportunidades, mas também cria valor para seus clientes. A criação de valor é o cerne de qualquer negócio próspero, e isso envolve a entrega de produtos ou serviços que atendam às necessidades e desejos dos consumidores de maneira única e valiosa.
A análise de mercado desempenha um papel crítico no sucesso de um empreendimento, e compreender as características da oportunidade de mercado, o ambiente mercadológico e o comportamento do consumidor são elementos essenciais, pois ajuda o empreendedor a direcionar seus esforços de maneira eficaz, identificando seu público-alvo e adaptando seus produtos ou serviços às demandas do mercado.
Em resumo, a compreensão do panorama do empreendedorismo e das oportunidades empreendedoras é fundamental para qualquer aspirante a empreendedor. Desde os conceitos fundamentais até a análise de mercado, cada aspecto desse tópico desempenha um papel crucial na jornada empreendedora. À medida que você continua sua busca por conhecimento, lembre-se de que o empreendedorismo é uma disciplina em constante evolução, e a capacidade de se adaptar e inovar é a chave para o sucesso neste mundo dinâmico.
À medida que você progride em sua jornada de aprendizado, lembre-se de que o empreendedorismo não é apenas uma teoria, mas uma prática, e colocar em prática o que você aprendeu e buscar oportunidades reais é o que fará a diferença. Portanto, continue a explorar, aprender e, acima de tudo, empreender!
Reflita
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É Hora de Praticar!
Imagine que você foi selecionado para atuar como consultor na AlfaTech Solutions, uma empresa de tecnologia emergente especializada em soluções de software para pequenas e médias empresas. Fundada por João Silva, um empreendedor visionário, a AlfaTech rapidamente ganhou reconhecimento por sua inovadora plataforma de gestão empresarial. Entretanto, nos últimos meses, a empresa enfrentou desafios significativos.
Apesar do produto inovador, a AlfaTech está lutando para manter sua posição no mercado altamente competitivo. O crescimento estagnou, e a empresa enfrenta dificuldades em atrair novos clientes e reter talentos. Além disso, a empresa não atualizou sua plataforma nos últimos dois anos, o que resultou em uma queda na satisfação do cliente. João Silva, que é fundador e CEO da AlfaTech Solutions, percebe a necessidade de uma mudança estratégica e busca sua ajuda para revitalizar a empresa. As mudanças estratégicas que o João Silva deseja realizar envolvem os seguintes questionamentos:
- Como a AlfaTech pode inovar sua plataforma de gestão empresarial para se destacar em um mercado competitivo? Considere as tendências tecnológicas atuais e as necessidades específicas dos clientes.
- Qual estratégia de mercado a AlfaTech deve adotar para atrair novos clientes e reter os existentes? Avalie as oportunidades de nicho de mercado e a importância de parcerias estratégicas.
- De que maneira a AlfaTech pode aprimorar sua cultura organizacional para não apenas motivar e reter talentos, mas também incentivar o intraempreendedorismo entre seus colaboradores? Explore métodos eficazes para cultivar um ambiente que promova inovação e empreendedorismo interno, destacando a importância do intraempreendedorismo na geração de novas ideias e soluções dentro da empresa.
Reflita
Quais lições você tira do contexto da empresa AlfaTech Solutions? Como essa experiência o ajuda a se tornar um futuro empreendedor?
Resolução do estudo de caso
Ao relacionar as estratégias de solução dos problemas da AlfaTech Solutions com os conceitos de empreendedorismo e inovação, percebemos uma conexão direta entre a abordagem proposta e os princípios fundamentais dessas áreas.
Para a AlfaTech inovar sua plataforma de gestão empresarial com o objetivo de se destacar em um mercado competitivo, pode ser utilizada a estratégia de incorporação de tecnologias emergentes como Inteligência Artificial e análise de big data, que são exemplos de inovação disruptiva, um pilar central do empreendedorismo moderno. Ao adaptar sua plataforma com essas tecnologias, a AlfaTech não só melhora sua oferta atual, mas também abre caminho para novas oportunidades de mercado, seguindo o espírito empreendedor de explorar e capitalizar em novidades.
É essencial estar voltado para o cliente, o empreendedorismo moderno enfatiza a importância de entender e atender às necessidades dos clientes. A AlfaTech, ao se concentrar em personalizar sua plataforma com base nos feedbacks dos clientes, exemplifica a mentalidade empreendedora de colocar o cliente no centro do processo de inovação.
Sobre a estratégia de mercado é fundamental realizar a identificação dos nichos de mercado da empresa. O empreendedorismo muitas vezes envolve identificar e capitalizar em nichos de mercado inexplorados. Ao adaptar sua estratégia para atender a segmentos específicos, a AlfaTech demonstra uma abordagem empreendedora, visando à criação de valor onde a concorrência é menor.
Outra ação fundamental é realizar parcerias estratégicas. Formar alianças estratégicas é uma tática empreendedora para ampliar o alcance e fortalecer a posição no mercado. Isso reflete a inovação não apenas em termos de produto, mas também na forma como a empresa se posiciona e opera no mercado.
Por fim, a promoção do intraempreendedorismo na AlfaTech é uma manifestação direta do espírito empreendedor dentro da organização. Ao encorajar os colaboradores a atuarem como empreendedores, a empresa estimula a inovação contínua e o desenvolvimento de novas ideias, essenciais para a sobrevivência e o crescimento em mercados dinâmicos.
Deve-se estabelecer uma cultura que valoriza a inovação, e a experimentação está no coração do empreendedorismo. Uma cultura organizacional que apoia a tomada de riscos e a criatividade é fundamental para o surgimento de novas ideias e soluções, mantendo a empresa na vanguarda da inovação.
Ao abordar seus desafios atuais com uma estratégia focada em inovação e empreendedorismo, a AlfaTech Solutions não só resolve seus problemas imediatos mas também se posiciona para o sucesso contínuo em um mercado em constante evolução.
Dê o play!
Assimile
A linha do tempo a seguir ilustra como o conceito de empreendedorismo evoluiu ao longo do tempo, de uma ênfase inicial no comércio até se tornar uma força motriz na economia global, destacando a importância da inovação, criação de valor e responsabilidade social no empreendedorismo contemporâneo.
Referências
BESSANT, J.; TIDD, J. Inovação e empreendedorismo. Porto Alegre: Bookman, 2019.
CAETANO, R.; PARO, P. Empreendedorismo consciente. Rio de Janeiro: Alta Books, 2020.
CASAS, A. L. L. Administração de marketing. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2019.
COBRA, M.; URDAN, A. T. Marketing básico. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2017.
DORNELAS, J. Empreendedorismo na prática: mitos e verdades do empreendedor de sucesso. 5. ed. Baueri: Atlas, 2023.
DORNELAS, J. Empreendedorismo: transformando Ideias em Negócios. 9. ed. Baueri: Atlas, 2023.
GEM — Global Entrepreneurship Monitor. Empreendedorismo no Brasil – 2019. Curitiba: IBQP, 2020.
HISRICH, R. D.; PETERS, M. P.; SHEPERD, D. A. Empreendedorismo. 9. ed. Porto Alegre: AMGH, 2014.
KOTLER, P. Marketing para o século XXI. Rio de Janeiro: Alta Books, 2021.
PATRÍCIO, P.; CANDIDO, C. R. Empreendedorismo: uma perspectiva multidisciplinar. Rio de Janeiro: LTC, 2016.
TAJRA, S. F. Empreendedorismo: conceitos e práticas inovadoras. São Paulo: Editora Saraiva, 2019. (Série eixos).