Plano de negócios, Perspectivas Lean e Metodologias de Gestão
Aula 1
Plano de Negócios
Plano de negócios
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Bons estudos!
Ponto de Partida
Estudante, convidamos você a se dedicar ao estudo do plano de negócio, pois essa ferramenta desempenha um papel crucial no sucesso empresarial. O plano de negócio é a espinha dorsal de qualquer empreendimento, proporcionando uma estrutura sólida para a definição, características e etapas de um negócio. Ele começa com a definição clara do conceito, metas e propósito da empresa, seguindo com a identificação de características essenciais, como o público-alvo, proposta de valor, análise da concorrência e projeções financeiras. Sua importância é inegável, pois fornece uma visão detalhada e organizada do empreendimento.
Para ilustrar, considere que João, um empreendedor, deseja lançar uma linha de produtos de beleza sustentáveis; ele enfrenta, portanto, um mercado competitivo e a crescente demanda por produtos ecológicos. A necessidade de elaborar um plano de negócio é clara, pois o ajudará a compreender o mercado, estabelecer estratégias para se destacar, avaliar recursos necessários e garantir a viabilidade financeira de sua iniciativa.
O plano de negócio é a bússola que orienta o sucesso empresarial, capacitando empreendedores a tomar decisões informadas, minimizar riscos e otimizar suas chances de êxito. Trata-se de uma ferramenta fundamental para quem busca prosperar no competitivo mundo dos negócios.
Vamos conhecer mais o plano de negócios! A aprendizagem é a chave que abre as portas do futuro.
Vamos Começar!
Plano de negócios
A gestão eficiente de empreendimentos comerciais e industriais é um desafio que requer a alocação estratégica de diversos recursos, como capital humano, financeiro, tecnológico e estrutural. Esses recursos desempenham um papel crucial na construção e operação de uma empresa, com o objetivo de atender às demandas de um mercado específico. O plano de negócio é uma ferramenta que possibilita ao empreendedor a análise da viabilidade do negócio. Dornelas (2023, p. 6), conceitua o plano de negócio como sendo:
O plano de negócios é um documento utilizado para planejar um empreendimento ou unidade de negócios, em estágio inicial ou não, com o propósito de definir e delinear sua estratégia de atuação para o futuro. Trata-se ainda de um guia para a gestão estratégica de um negócio ou unidade empresarial.
Segundo os autores Hashimoto e Borges (2020), o plano de negócios desempenha um papel multifacetado nas operações empresariais, atuando em três dimensões-chave: primeiro, ele serve como um guia para desenvolver e refinar estratégias de negócios, permitindo que os empreendedores avaliem a viabilidade sob todos os aspectos mercadológicos, financeiros e operacionais; em segundo lugar, atua como uma ferramenta retrospectiva para avaliar o desempenho da empresa ao longo do tempo, especialmente na gestão financeira e orçamentária; já a terceira função é atrair investimentos, pois ele é utilizado para se obter apoio financeiro necessário para o crescimento e desenvolvimento do empreendimento.
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Elaboração de um plano de negócios
A elaboração de um plano de negócios é um passo crucial em diferentes momentos do desenvolvimento de uma empresa, podendo ser realizada na sua fase inicial ou em outros momentos. De acordo com Neto (2021), o plano de negócios não é um documento estático; ele deve ser atualizado à medida que a empresa evolui e o ambiente de negócios muda. Manter um plano de negócios atualizado e relevante é uma prática importante para a gestão eficaz de uma empresa.
A estrutura básica de um plano de negócios é composta de várias seções, cada uma desempenhando um papel fundamental no planejamento e na gestão da empresa. Dornelas (2023), apresenta a seguinte estrutura e ordem do plano de negócios:
1. O conceito do negócio.
2. Mercado e competidores.
3. Equipe de gestão.
4. Produtos e serviços.
5. Estrutura e operações.
6. Marketing e vendas.
7. Estratégia de crescimento.
8. Finanças.
9. Sumário executivo.
Dornelas (2023) salienta que a análise de oportunidade não é uma seção do plano em si, mas é a fase inicial crucial que determina se a criação de um plano de negócios é viável. Portanto, começa-se examinando uma ideia de negócio, para avaliar seu potencial como uma oportunidade, e somente após essa análise é que se decide avançar para a elaboração do plano de negócios para esse empreendimento.
Para desenvolver o plano de negócio, segundo Dornelas (2023), deve-se começar com “o conceito do negócio”, pois ele apresenta a espinha dorsal do empreendimento, definindo claramente o que a empresa é ou será ao responder às perguntas fundamentais, como o que a empresa vende e para quem. Se a empresa já está em operação, esta é a oportunidade de destacar realizações passadas, como faturamento, crescimento, diferenciais competitivos e outros marcos importantes. Esse é o ponto de partida para o desenvolvimento de um plano sólido e envolvente, que atrairá investidores, parceiros e clientes.
Dornelas (2023) aponta que a segunda etapa do plano de negócios, "mercado e competidores" é realizada em duas fases distintas. A primeira fase envolve a análise setorial; nesse contexto, é importante definir em qual ramo de negócios a empresa pretende atuar, e isso inclui entender como esse setor é organizado, quem são os principais players, o tamanho do mercado e quem domina essa indústria, pois a identificação dos competidores-chave é crucial para se compreender o ambiente competitivo.
Em seguida, a análise se concentra em definir o mercado-alvo ou nicho de mercado específico em que a empresa se concentrará inicialmente dentro desse setor. Essa análise deve ser mais detalhada, envolvendo a identificação das necessidades dos clientes potenciais que ainda não são adequadamente atendidas, e ao apresentar a análise do nicho de mercado, a empresa deve destacar onde estão as lacunas no atendimento ao cliente e como pretende preenchê-las. Isso ajuda a posicionar a empresa estrategicamente no mercado.
Na terceira etapa do plano de negócios, "equipe de gestão", segundo Dornelas (2023), são apresentados os principais executivos e gestores do seu negócio, destacando suas habilidades, experiência, comprometimento e como estão alinhados com o empreendimento. Reconhecendo que as pessoas são um ativo crucial, essa seção deve demonstrar a capacidade da equipe de liderar para impulsionar o crescimento da empresa.
De acordo com Dornelas (2023), no tópico "produtos e serviços" do plano de negócios, deve-se jogar luz sobre o que realmente faz o negócio girar e descrever o que exatamente a empresa oferece, de uma forma direta e fácil de entender. Além disso, é o momento de fazer brilhar as características especiais do que se está vendendo, que benefícios os produtos ou serviços trazem para os clientes e o que os torna únicos e inesquecíveis. É, também, a chance de explicar qual é a finalidade deles, para que servem e qual é o apelo que buscam atender, no entanto, é preciso se atentar ao ciclo de vida dos produtos da empresa: eles estão decolando, estagnados ou maduros? Isso ajuda a entender a dinâmica do portfólio de produto.
Na seção de "estrutura e operações" do plano de negócios, para Dornelas (2033), são explorados a infraestrutura e os processos internos da empresa, preenchendo lacunas que podem ter persistido nas seções anteriores. Nela, há informações detalhadas sobre a organização da empresa, seus principais procedimentos, parcerias estratégicas, recursos fundamentais e como tudo se integra para assegurar uma operação eficiente. Além disso, deve-se destacar aspectos operacionais específicos, como logística, cadeia de suprimentos, localização física e a utilização de tecnologia especializada que garante a fluidez das operações.
Para Dornelas (2023), o tópico "marketing e vendas" no plano de negócios é um dos pilares para o crescimento da empresa. É aqui que se desenvolve a estratégia que definirá como os produtos ou serviços serão posicionados no mercado, como serão precificados, onde e como serão disponibilizados e como serão promovidos. Uma abordagem comum e eficaz nessa etapa é a utilização dos 4 P’s: posicionamento, preço, praça e promoção, que permitem uma estrutura clara e abrangente para a estratégia de marketing.
De acordo com Dornelas (2023), a seção "estratégia de crescimento" é o mapa que delineia como a empresa planeja alcançar seus objetivos e se desenvolver continuamente, preparando-se para superar desafios futuros. Para traçar essa estratégia, a empresa deve estar pronta para monitorar tanto as mudanças no ambiente macroambiental, como as demográficas, econômicas, tecnológicas, políticas, legais, sociais e culturais, quanto as influências no ambiente microambiental, como o perfil dos consumidores, concorrência, canais de distribuição e fornecedores.
Para Lacruz (2021), na etapa “finanças”, são desenvolvidas projeções e análises financeiras detalhadas que ajudam a empresa a entender, planejar e comunicar sua saúde financeira e sua viabilidade. Alguns dos principais elementos que são desenvolvidos no plano financeiro incluem:
- Projeções financeiras: envolvem a criação de demonstrações financeiras projetadas, como o balanço patrimonial, a demonstração de resultados e o fluxo de caixa. Essas projeções estimam as receitas, despesas e lucros esperados ao longo de um período específico.
- Plano de investimento inicial: descreve os custos iniciais necessários para lançar o negócio, incluindo investimentos em ativos, despesas de inicialização e capital de giro.
- Análise de viabilidade: avalia a capacidade do negócio de gerar lucro e cobrir suas despesas operacionais, e isso inclui cálculos de ponto de equilíbrio (PE), margens de lucro e retorno sobre investimento (ROI).
- Estratégia de precificação: define como os produtos ou serviços serão precificados, levando em consideração fatores como custos, concorrência e valor percebido pelos clientes.
- Fontes de financiamento: identifica as fontes de financiamento necessárias para o negócio, como empréstimos, investidores ou capital próprio, e como esses recursos serão alocados.
- Gerenciamento de fluxo de caixa: analisa como o dinheiro entra e sai do negócio ao longo do tempo, garantindo que haja capital de giro suficiente para operações contínuas.
- Análise de riscos financeiros: identifica possíveis riscos financeiros e desenvolve estratégias para mitigá-los.
- Cenários alternativos: pode incluir análises de cenários alternativos para ajudar a empresa a se preparar para diferentes situações, como cenários otimistas, pessimistas ou realistas.
O plano financeiro é fundamental para fornecer uma visão clara das finanças da empresa, ajudando os empreendedores a tomar decisões informadas, atrair investidores, obter financiamento e planejar o crescimento sustentável do negócio.
O sumário executivo, de acordo com Dornelas (2023), atua como uma vitrine que atrai a atenção de potenciais parceiros e investidores. Sua preparação exige cuidado e foco na apresentação do conceito de negócio, destacando seu potencial de retorno e os benefícios para quem se envolver com a empresa. Embora seja a última seção a ser escrita, é a primeira que os leitores veem e deve responder a perguntas essenciais, esclarecendo o que o negócio representa, onde opera, como será estruturado, quais investimentos são necessários, como os recursos serão obtidos e o prazo de retorno aos investidores. O sumário executivo desempenha um papel fundamental na comunicação eficaz do plano de negócios, gerando interesse e confiança naqueles interessados na empresa, servindo como a porta de entrada para um mundo de oportunidades.
Estudante, ao explorar os componentes do plano de negócios, você teve a oportunidade de mergulhar profundamente na essência de um empreendimento, bem como conhecer a importância de cada seção, desde a análise do mercado e a estratégia de crescimento até a parte financeira e o sumário executivo. Aliás, faz-se importante compreender que o plano de negócios não é apenas um documento estático, mas uma ferramenta dinâmica que auxilia na definição, no planejamento e na execução de um empreendimento de sucesso; ele desempenha um papel vital na comunicação de sua visão de negócios, atraindo investidores, parceiros e fornecendo direção para sua jornada empreendedora. Por meio do plano de negócios, você traduz ideias em ações tangíveis, identifica oportunidades e ameaças e constrói uma base sólida para o crescimento e a sustentabilidade de sua empresa. Portanto, não subestime a importância desse documento e utilize-o como uma bússola para navegar pelo complexo cenário dos negócios, transformando suas aspirações em realidade.
Vamos Exercitar?
Como sabemos, a solução para o desafio enfrentado pelo empreendedor João é, sem dúvida, a criação de um plano de negócio sólido, que serve como um guia estratégico abrangente, fornecendo a estrutura necessária para entender, planejar e executar sua ideia de negócio de produtos de beleza sustentáveis. Por meio desse plano, João pode conduzir uma análise de mercado aprofundada, identificar oportunidades e ameaças, definir claramente sua proposta de valor única e estabelecer metas alcançáveis.
Além disso, o plano de negócio permitirá a João detalhar os recursos necessários, como fornecedores de materiais sustentáveis, métodos de fabricação e estratégias de marketing. As projeções financeiras incluídas no plano de negócio são cruciais para se avaliar a viabilidade do empreendimento, considerando custos, preços de venda, margens de lucro e gerenciamento do fluxo de caixa.
Por meio da contínua monitorização e ajuste do plano de negócio, João pode responder às mudanças no mercado e às lições aprendidas com a experiência prática do seu negócio. O plano de negócio, portanto, é a ferramenta que o guiará em direção ao sucesso e o auxiliará a enfrentar os desafios do mercado de produtos de beleza sustentáveis. Trata-se da base sólida que sustenta suas ambições empreendedoras e seu caminho para o êxito.
Saiba Mais
Para conhecer um pouco mais a criação de negócios, assista ao filme Jerry Maguire, que aborda o empreendedorismo e a criação de um negócio a partir do zero.
Para ampliar os seus conhecimentos sobre as características do plano de negócio, leia o capítulo 2 do livro Business Model Generation, de Alexander Osterwalder e Yves Pigneur.
Convidamos você a acessar a página do Sebrae para obter um guia detalhado de como elaborar um plano de negócios eficaz para suas futuras empreitadas. Lá, você encontrará recursos valiosos para iniciar ou aprimorar seus projetos empresariais.
Referências Bibliográficas
DORNELAS, J. Plano de negócios com o modelo canvas: guia prático de avaliação de ideias de negócio. 3. ed. Barueri: Atlas, 2023.
DORNELAS, J. Plano de negócios: seu guia definitivo. 3. ed. Barueri: Atlas, 2023.
GONÇALVES, S. C. A. Da ideia ao plano de negócios. Curitiba: Contentus, 2021.
HASHIMOTO, M.; BORGES, C. Empreendedorismo: plano de negócios em 40 lições. 2. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2020.
LACRUZ, A. J. Plano de negócios passo a passo: transformando sonhos em negócios. Rio de Janeiro: Alta Books, 2021.
NETO, J. F. C. Elaboração e avaliação de planos de negócios. Rio de Janeiro: Alta Books, 2021.
Aula 2
Perspectivas Lean no Empreendedorismo
Perspectivas Lean no empreendedorismo
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Bons estudos!
Ponto de Partida
Nesta aula, abordaremos conceitos fundamentais da metodologia Lean startup, com foco especial no MVP (Produto Mínimo Viável) e no Ciclo Lean startup, e exploraremos como essas abordagens revolucionaram a forma como as empresas desenvolvem produtos e serviços, destacando sua importância na economia moderna.
A metodologia Lean startup, criada por Eric Ries, transformou a maneira como as empresas inovam e lançam produtos. Sua ênfase na agilidade, na validação de hipóteses e na aprendizagem constante tem se mostrado crucial para startups e empresas estabelecidas; aliás, o entendimento e a aplicação desses conceitos podem promover a economia de recursos, reduzir riscos e aumentar as chances de sucesso no mercado.
O empreendedor Luiz Fernando deseja conhecer a metodologia, logo, ele elaborou uma lista de perguntas com as suas dúvidas, sendo elas: o que é Lean startup e por que é importante? Como definir e criar um MVP (Produto Mínimo Viável)? Qual é o ciclo Lean startup e como ele ajuda as empresas a inovar? Quais são os princípios do Lean startup e como podem ser aplicados no cotidiano profissional? Como o ciclo de construir, medir e aprender influencia a tomada de decisões nas empresas?
Estudante, você está preparado para embarcar em uma jornada de aprendizado que mudará a maneira como você vê a inovação e o empreendedorismo? A metodologia Lean startup é mais do que uma simples teoria, é uma abordagem prática que pode transformar ideias em produtos bem-sucedidos. Ao entender como criar um MVP, medir o progresso e aprender com os dados, você se torna um profissional mais eficaz e adaptável em qualquer setor. Esse conhecimento não é apenas teórico, é uma ferramenta poderosa para o sucesso profissional e o crescimento de empresas, portanto, mergulhe nesta aula, mantenha a mente aberta e esteja pronto para aplicar esses conceitos em seu futuro profissional. A inovação está ao alcance de todos, e você está no caminho certo para dominá-la!
Vamos Começar!
Lean startup
Eric Ries, um dos nomes mais influentes no mundo do empreendedorismo e da inovação, apresentou-nos a revolucionária filosofia da Lean startup, mas como surgiu a Lean startup? Para Alessi (2022), precisamos, primeiro, lembrar os 12 princípios do Manifesto Ágil, que enfatizam a necessidade de trabalhar em ciclos curtos, manter um olhar constante sobre os detalhes e cultivar equipes motivadas, integradas e auto-organizadas. Essa abordagem ágil é fortemente influenciada pela filosofia do pensamento enxuto, originada a partir do Lean manufacturing ou manufatura enxuta.
De acordo com Alessi (2022), o Lean manufacturing teve sua origem após a Segunda Guerra Mundial e foi desenvolvido a partir do Sistema Toyota de Produção, tendo como elementos principais: começar projetos de forma simples, minimizar desperdícios, avaliar constantemente os resultados e buscar melhorias continuamente. Inspirado por esses princípios, Eric Ries, um empreendedor do Vale do Silício, introduziu o conceito de Lean startup em 2011, que é uma aplicação direta dos princípios enxutos ao processo de inovação.
A Lean startup, como proposta por Ries (2012), representa a busca por eficiência e adaptação na criação de empresas e produtos. Ela se concentra em desenvolver versões iniciais simplificadas (MVPs) de produtos, medir as reações dos clientes e aprender com essas respostas, a fim de aprimorar e adaptar rapidamente o curso do empreendimento e evitar o desperdício de recursos valiosos em ideias que possam não ser bem recebidas pelo mercado, bem como incentiva a inovação constante e a busca por soluções orientadas pelo cliente.
Em essência, a Lean startup é a resposta à volatilidade do mundo dos negócios, promovendo uma abordagem ágil e eficaz para o processo de inovação. Alves (2020, p. 46) entende Lean startup como:
Um método de simplificação das ações (e da elaboração dos produtos) que busca uma maior eficácia. Nesse método, os empreendedores devem ouvir seus clientes fazendo uma ação de customer development, que significa testar as suas hipóteses conversando com os potências usuários para chegar ao seu MVP (Produto Mínimo Viável).
Perceba que o Lean startup parte do princípio de que se deve simplificar todas as etapas do desenvolvimento de um negócio ou produto, eliminando tarefas e recursos desnecessários que não agregam valor real. A simplificação é adotada para tornar o processo mais ágil e eficaz, no entanto, para isso, é essencial ouvir atentamente os clientes, por meio de ações de customer development, que envolvem a validação de hipóteses por meio de interações diretas com os potenciais usuários, permitindo que os empreendedores ajustem seus produtos de acordo com o feedback real e, finalmente, cheguem ao MVP (Produto Mínimo Viável), que é a versão inicial e essencial do produto capaz de atender às necessidades dos clientes.
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MVP (Produto Mínimo Viável)
O MVP é o acrônimo de Minimum Viable Product, que, em português, significa Produto Mínimo Viável. Segundo Ries (2012), é a versão mais básica de um produto ou serviço que ainda consegue atender às necessidades essenciais dos clientes e oferecer valor. Em vez de desenvolver um produto completo com todos os recursos imagináveis, o MVP se concentra em fornecer apenas o conjunto mínimo de recursos necessários para resolver um problema específico ou atender a uma necessidade crucial do cliente.
Portanto, conhecer as características-chave do MVP é fundamental para se compreender como essa abordagem pode ser eficaz no desenvolvimento de produtos e serviços. As características segundo Ries (2012), são:
- Simplicidade: o MVP é notavelmente simples; ele consiste apenas nos recursos essenciais necessários para resolver um problema específico ou atender a uma necessidade crítica do cliente. A simplicidade é priorizada para garantir um desenvolvimento rápido e direcionado.
- Validação de hipóteses: o MVP é projetado para testar hipóteses críticas; em vez de supor o que os clientes desejam, os empreendedores usam o MVP para validar ou refutar suas suposições sobre o mercado, os problemas a serem resolvidos e as soluções propostas, reduzindo o risco de desenvolverem produtos que não tenham demanda no mercado.
- Feedback dos clientes: uma das características mais importantes do MVP é a coleta de feedback dos clientes. Uma vez que o MVP está no mercado, os empreendedores interagem com os usuários finais para obter insights sobre o que funciona, o que não funciona e quais melhorias são necessárias. Esse feedback é fundamental para se aprimorar o produto.
- Iteração contínua: com base no feedback dos clientes, o MVP passa por iterações contínuas, e isso significa que o produto é aprimorado e refinado ao longo do tempo, à medida que novas versões são lançadas com base no aprendizado e nas necessidades reais do mercado. A iteração contínua é uma parte essencial da abordagem MVP.
- Desenvolvimento rápido: a ênfase no desenvolvimento rápido é outra característica do MVP. A simplicidade e a priorização dos recursos essenciais permitem que as equipes de desenvolvimento criem e lancem o MVP em um curto espaço de tempo, e isso é crucial para se obter feedback rapidamente e fazer iterações.
- Foco no cliente: o MVP coloca o cliente no centro do processo de desenvolvimento. A abordagem é orientada pelo cliente, visando atender às reais necessidades dos usuários, sendo essa uma mudança de paradigma em relação ao desenvolvimento tradicional, que, muitas vezes, concentra-se nas suposições internas da empresa.
- Redução de desperdício: ao criarem um MVP, as empresas evitam o desperdício de recursos em recursos e funcionalidades que não sejam necessários ou desejados pelos clientes, tornando o desenvolvimento mais eficiente e econômico.
- Teste no ambiente real: o MVP é testado no ambiente real do mercado, e isso permite que as empresas obtenham dados reais e feedback autêntico, em vez de confiar em simulações ou pesquisas teóricas.
- Minimização de riscos: ao lançarem um MVP no mercado, as empresas reduzem o risco de fracasso. Se o MVP não for bem-sucedido, o impacto financeiro e de tempo será limitado, permitindo que as empresas pivotem, adaptem-se e aprendam com os erros.
As características-chave do MVP representam uma abordagem focada na simplicidade, validação, feedback, agilidade e orientação pelo cliente. Essas características são fundamentais para garantir que o desenvolvimento de produtos seja direcionado pelo mercado, eficaz e capaz de criar soluções que realmente atendam às necessidades dos clientes. O MVP é uma ferramenta valiosa para a inovação e o empreendedorismo, pois permite que as empresas evitem desperdícios e se adaptem rapidamente às demandas do mercado em constante evolução.
Agora que conhecemos a importância do MVP, vamos conhecer exemplos notáveis de empresas que utilizaram o MVP em suas jornadas de desenvolvimento de produtos, destacando casos nacionais e internacionais.
- Dropbox (EUA): o Dropbox, um dos líderes globais em armazenamento em nuvem, lançou um MVP que consistia em um vídeo explicativo que demonstrava como o serviço funcionaria antes de construir a infraestrutura completa. Isso permitiu que a empresa medisse o interesse do mercado e a demanda antes de investir recursos substanciais.
- Twitter (EUA): o Twitter começou como um MVP incrivelmente simples, permitindo aos usuários postar mensagens curtas de texto (tweets). Sua abordagem centrada na simplicidade conquistou o público, e, com base no feedback dos usuários, foram adicionados recursos como retweets, seguidores e hashtags.
- Nubank (Brasil): o Nubank, uma das principais fintechs da América Latina, lançou seu MVP com um cartão de crédito sem anuidade e um aplicativo bancário simples. Com base no feedback dos primeiros clientes, eles aprimoraram seu produto e o expandiram para oferecer serviços bancários completos.
- iFood (Brasil): o iFood, um dos maiores serviços de entrega de alimentos do Brasil, começou com um MVP que oferecia a entrega de comida de restaurantes locais em uma plataforma simples. Com base na demanda inicial, eles expandiram para oferecer uma variedade de opções de restaurantes e serviços.
Esses exemplos demonstram como as empresas utilizaram o conceito do MVP para validar suas ideias e construir produtos de sucesso. A abordagem ágil, orientada para o cliente e focada na simplicidade tem sido fundamental para a inovação e o crescimento dessas empresas. Elas ilustram a universalidade e eficácia do MVP como uma estratégia essencial para empreendedores e empresas que buscam atender às necessidades do mercado de forma eficaz.
Ciclo Lean startup
A metodologia Lean startup revolucionou a forma como as empresas abordam o desenvolvimento de produtos e a gestão de negócios. No centro dessa abordagem inovadora está o ciclo construir-medir-aprender, que abrange a jornada desde a concepção da ideia até a análise de dados para impulsionar a inovação e o crescimento. Esse ciclo dinâmico, de acordo com Ries (2012), permite que as empresas sejam ágeis, focadas no cliente e orientadas por dados, maximizando suas chances de sucesso.
A primeira etapa do ciclo, segundo o autor supracitado, é o "construir". Aqui, as equipes de empreendedores transformam uma ideia em um Produto Mínimo Viável (MVP), que é uma versão simplificada do produto que contém apenas os recursos essenciais para atender a uma necessidade específica do cliente. O foco é a simplicidade e a agilidade, e o objetivo do construir é transformar a visão em algo tangível que possa ser testado no mercado real.
Após a criação do MVP, Ries (2012), orienta desenvolver a etapa "medir". Nessa fase, o produto é lançado no mercado, e os empreendedores coletam dados cruciais. Eles medem como os clientes interagem com o produto, coletam feedback e examinam métricas relevantes. A medição fornece informações objetivas sobre o desempenho do produto, identificando o que está funcionando e o que não está. Essa análise de dados é fundamental para se tomar decisões informadas.
Segundo Ries (2012), a terceira etapa se refere ao "aprender", quando os empreendedores transformam dados em insights. Eles buscam entender o que os dados revelam, validando ou refutando suas hipóteses iniciais. O aprendizado é a chave para o ciclo Lean startup, pois permite que as equipes pivotem (façam mudanças significativas) ou perseverem (façam pequenos ajustes) com base no feedback real dos clientes.
O ciclo construir-medir-aprender é uma abordagem dinâmica que transforma uma ideia em dados para impulsionar a inovação. Essa metodologia não se limita a produtos, mas se estende a toda a gestão de negócios. Ela coloca a ênfase na agilidade, na adaptação e na busca constante pela melhoria, garantindo que as empresas permaneçam relevantes em um mundo em constante evolução. O ciclo envolve a concepção da ideia, a criação do produto e a análise de dados para se tomar decisões informadas e impulsionar o sucesso empresarial.
Vimos que em um mundo empresarial dinâmico e incerto, o Lean startup, MVP e o ciclo construir-medir-aprender são ferramentas vitais para inovação e sucesso. Priorizando simplicidade, foco no cliente e decisões baseadas em dados, essas abordagens capacitam empresas a evitar desperdícios, mitigar riscos e adaptar-se a mercados em constante mudança. Utilizando MVPs para aprender e o ciclo Lean startup como guia, as empresas estão mais preparadas para enfrentar desafios e aproveitar oportunidades, oferecendo produtos que atendam genuinamente às necessidades dos clientes e impulsionam o crescimento.
Vamos Exercitar?
O empreendedor Luiz Fernando está no caminho certo ao buscar compreender a metodologia Lean startup e suas nuances, que é uma metodologia transformadora para o desenvolvimento de produtos e negócios e cuja importância está em sua abordagem ágil que minimiza riscos e maximiza aprendizado.
O MVP (Produto Mínimo Viável) é essencial; é a versão simplificada de um produto que permite testar hipóteses e obter feedback antes de se investir pesadamente.
O ciclo Lean startup envolve a criação do MVP, medição, aprendizado e iteração, e isso ajuda empresas a inovar de maneira ágil, adaptando-se com base no feedback real.
Os princípios do Lean startup incluem validação de hipóteses, aprendizado validado, métricas de aprendizado, contabilidade de aprendizado e flexibilidade para pivotar, e eles podem ser aplicados no cotidiano profissional, contribuindo para a tomada de decisões baseadas em dados.
O ciclo de construir, medir e aprender influencia diretamente a tomada de decisões, permitindo ação ágil e decisões informadas. Com esses conceitos, o empreendedor Luiz Fernando estará pronto para inovar com sucesso e enfrentar os desafios empresariais com confiança.
Saiba Mais
Amplie os seus conhecimentos assistindo ao filme AIR: A História Por Trás do Logo; nele, é possível identificar como desenvolver o produto mínimo viável é essencial para conquistar o cliente.
Sugerimos, também, a leitura do capítulo 4 do livro Startups: nos mares dos dragões, de Miceli e Salvador, em que nos são apresentados casos e lições de empreendimentos clássicos de sucesso construídos a partir do zero.
O artigo Lean Startup e MVP: entendendo e aplicando os conceitos é uma excelente fonte de informações sobre como aplicar os princípios da Lean startup e o conceito de MVP (Minimum Viable Product) no desenvolvimento de novos negócios; ele fornece insights valiosos para quem deseja entender melhor esses conceitos e aplicá-los no mundo empreendedor.
Referências Bibliográficas
ALESSI, A. C. M. Gestão de startups: desafios e oportunidades. Curitiba: InterSaberes, 2022.
ALVES, E. B. Gestão de startups e coworking. 1. ed. São Paulo: Contentus, 2020.
DAHL, J. Liderança Lean. Rio de Janeiro: Alta Books, 2021.
DENNIS, P.; SIMON, L. Dominando a disrupção digital: como as empresas vencem com design thinking, agile e lean startup. Porto Alegre: Bookman, 2022.
MAURYA, A. Comece sua startup enxuta. São Paulo: Saraiva, 2018.
MELLO, C. de M.; ALMEIDA NETO, J. R. M. de; PETRILLO, R. P. Para compreender as startups. Rio de Janeiro: Processo, 2022.
MICELI, A. L. C.; SALVADOR, D. O. Startups: nos mares dos dragões. Rio de Janeiro: Brasport, 2019.
ORTIZ, F. C. Criatividade, inovação e empreendedorismo: startups empresas digitais na economia. São Paulo: Phorte, 2021.
RIES, E. A startup enxuta: como os empreendedores atuais utilizam a inovação contínua para criar empresas extremamente bem-sucedidas. São Paulo: Lua de Papel, 2012.
Aula 3
Startups
Startups
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Bons estudos!
Ponto de Partida
Estudante, nesta aula, exploraremos o emocionante mundo das startups focando três aspectos cruciais. Primeiro, discutiremos o conceito de startups e seu papel na economia moderna; em seguida, analisaremos o "vale da morte" enfrentado por muitas startups, um período crítico em seu desenvolvimento; por fim, abordaremos os desafios e estratégias para escalar com sucesso um negócio inicial.
Com a crescente importância das startups no cenário econômico, compreender esses tópicos é essencial para futuros empreendedores, investidores e profissionais de negócios. As startups representam um motor de inovação, criando soluções inovadoras e impactando diversos setores, no entanto, a taxa de falha é alta, especialmente durante o "vale da morte," tornando-se crucial entender os desafios envolvidos.
A fim de aprofundarmos os estudos de startups, vamos entender o caso da Maria, uma palestrante experiente e apaixonada por empreendedorismo. Ela foi convidada a dar uma palestra em uma conferência local sobre startups, e sua missão é clara: explicar o conceito de uma startup, explorar o desafio "vale da morte" que muitas enfrentam e discutir os obstáculos e estratégias para se escalar um negócio inicial.
A jornada pelo mundo das startups é empolgante, desafiadora e repleta de oportunidades. Ao compreender os conceitos fundamentais e os desafios associados a essas empresas inovadoras, você está preparado para explorar seu potencial e contribuir de maneira significativa para a economia e a sociedade. Portanto, esteja atento, participe ativamente da discussão e comece a vislumbrar como esses princípios podem ser aplicados em sua carreira e no mundo dos negócios. O aprendizado é o primeiro passo para o sucesso!
Vamos Começar!
Startup: características e estágios
A palavra "startup" tem origem na língua inglesa e é derivada do verbo to start up, que significa iniciar ou começar. O termo começou a ser amplamente usado nos Estados Unidos durante a década de 1970, especialmente no contexto das empresas de tecnologia e informática. Com o tempo, startup passou a se referir a empresas jovens, geralmente, de base tecnológica, que estão em seus estágios iniciais de desenvolvimento e têm potencial para crescimento rápido. A popularização do termo aconteceu durante a bolha das empresas de internet na década de 1990 e, desde então, tornou-se comum no mundo dos negócios e empreendedorismo global.
A Lei Complementar n° 182/2021, popularmente chamada de Marco Legal das Startups, introduziu significativas alterações e regulamentações inovadoras para esse segmento empresarial. Seu propósito principal é promover e aprimorar o empreendedorismo inovador no Brasil, impulsionando, ao mesmo tempo, a modernização do cenário de negócios. No seu capítulo II, artigo 4º, as startups são definidas como “As organizações empresariais ou societárias, nascentes ou em operação recente, cuja atuação caracteriza-se pela inovação aplicada a modelo de negócios ou a produtos ou serviços ofertados” (Brasil, 2021, [s. p.]).
Ries (2012, p. 14-15) comenta sobre o objetivo da startup:
Startups existem não apenas para fabricar coisas, ganhar dinheiro ou mesmo atender clientes. Elas existem para aprender a desenvolver um negócio sustentável. Essa aprendizagem pode ser validada cientificamente por meio de experimentos frequentes que permitem aos empreendedores testar cada elemento de sua visão.
Para Vilenky (2021), na essência das startups encontra-se uma abordagem inovadora na maneira como concebem soluções para desafios reais, caracterizando-se pela constante criação e aprimoramento de suas soluções, ao mesmo tempo em que mantêm uma postura inovadora por definição. Portanto, para que uma empresa possa se enquadrar na categoria de startup, é fundamental que ela demonstre algumas características essenciais que a habilitem a adotar esse modelo:
- Ser inovadora: a inovação em uma startup se refere à capacidade de pensar de forma criativa e original para resolver problemas existentes ou atender às necessidades dos clientes de maneira única. Envolve o desenvolvimento de produtos, serviços ou modelos de negócios que se destacam no mercado devido à sua originalidade. Exemplo: a SpaceX, uma empresa de exploração espacial fundada por Elon Musk, é um excelente exemplo de inovação, revolucionando a indústria espacial ao desenvolver foguetes reutilizáveis e tornando as viagens espaciais mais acessíveis e sustentáveis.
- Ser escalável: escalabilidade em uma startup se refere à capacidade de crescer de maneira eficaz e rápida, aumentando a receita sem um aumento proporcional nos custos. Isso permite que a empresa expanda suas operações e alcance um público mais amplo. Exemplo: o Slack, um aplicativo de comunicação empresarial, é um exemplo de escalabilidade, pois começou como uma ferramenta para equipes e, à medida que ganhou popularidade, expandiu-se para atender a grandes empresas, mantendo custos operacionais relativamente baixos.
- Ser dinâmica: dinamismo em uma startup significa ser ágil na tomada de decisões, adaptar-se rapidamente às mudanças no mercado e responder eficazmente a desafios imprevistos, bem como envolve a flexibilidade e a disposição para ajustar o curso quando necessário. Exemplo: o Zoom Vídeo Communications é um exemplo de startup dinâmica. Durante a pandemia de COVID-19, eles adaptaram rapidamente sua plataforma de videoconferência para atender às necessidades de trabalho remoto e educação a distância, respondendo às mudanças na demanda do mercado.
- Ser automatizada: a automação envolve a capacidade de uma startup entregar produtos ou serviços de maneira eficiente, padronizada e consistente em larga escala, muitas vezes, por meio de processos automatizados, reduzindo custos e melhorando a eficiência operacional. Exemplo: a Amazon é um exemplo notável de automação em uma startup. Eles usam robôs em seus centros de distribuição para automatizar o processo de embalagem e envio de pedidos, permitindo-lhes atender a um grande número de clientes de forma eficaz e consistente.
Segundo Alves (2020), os estágios da evolução de uma startup são fundamentais para se compreender como uma ideia inicial se transforma em um negócio de sucesso. Vamos explorar em detalhes cada um desses estágios: hipótese, validação, negócio e escala.
- O estágio da hipótese é o ponto de partida de uma startup. Nesse estágio, os empreendedores têm uma ideia inicial, que é uma suposição ou uma hipótese de como resolver um problema ou atender a uma necessidade do mercado. Nesse ponto, muitas perguntas permanecem sem resposta, e o principal objetivo é validar se a ideia tem potencial.
- No estágio validação, a startup se concentra em validar suas hipóteses iniciais, e isso envolve testar o conceito no mercado real para determinar se ele é viável e se os clientes estão dispostos a usá-lo.
- No estágio negócio, a startup está pronta para transformar-se em um negócio plenamente funcional. As hipóteses foram validadas e a startup tem um modelo de negócios sólido e uma base de clientes que continua crescendo.
- A fase de escala é quando a startup busca um crescimento acelerado e a expansão para mercados nacionais e internacionais. O objetivo é se tornar uma empresa de grande porte com presença global.
Siga em Frente...
O desafio de escalar o negócio
Para Alves (2020), escalar um negócio em uma startup é uma ambição que muitos empreendedores almejam, no entanto, esse caminho é permeado por desafios significativos que demandam abordagens estratégicas e resiliência. A gestão de recursos humanos se torna uma questão central à medida que a startup cresce, e a necessidade de aumentar a equipe é inevitável, mas encontrar, atrair e manter talentos qualificados é uma tarefa desafiadora. Além disso, manter uma cultura organizacional coesa e alinhada com a visão da empresa torna-se mais complexo com o crescimento, e isso pode ser ainda mais complicado quando a equipe é distribuída geograficamente.
Outro ponto a ser considerado, segundo Alves (2020), é a escassez de recursos financeiros, que é um obstáculo recorrente para startups em crescimento. À medida que buscam expandir suas operações, precisam de investimentos significativos para cobrir despesas como marketing, infraestrutura e contratação. A falta de capital pode atrasar o crescimento e prejudicar a capacidade de se competir eficazmente no mercado.
De acordo com Alves (2020), a tecnologia desempenha um papel crítico no crescimento, e a escalabilidade tecnológica se torna um fator-chave. Problemas nessa área, como infraestrutura de TI incapaz de acompanhar o aumento na demanda podem resultar em quedas no serviço, tempos de inatividade e insatisfação dos clientes, portanto, manter sistemas eficientes e escaláveis é essencial.
Segundo Alves (2020), manter a qualidade dos produtos ou serviços oferecidos é fundamental, mas isso se torna mais complexo à medida que a empresa cresce. O controle de qualidade é um desafio constante, e manter padrões elevados é essencial para atender às expectativas dos clientes.
“Vale da morte”
O "vale da morte" (em inglês, valley of death) é um termo frequentemente utilizado no contexto das startups e do empreendedorismo para se referir a um estágio crítico e desafiador no desenvolvimento de uma nova empresa.
Segundo Gulbrandsen (2009), o "vale da morte" ocorre, geralmente, após a fase inicial de financiamento de uma startup. Nesse ponto, a empresa já utilizou os recursos iniciais, como investimentos de fundadores, investidores anjo ou capital semente, para desenvolver seu produto ou serviço e lançá-lo no mercado, no entanto, ela ainda não é capaz de gerar receita suficiente para cobrir seus custos operacionais. Trata-se de uma fase crítica, em que a startup se vê em uma posição de "queima de caixa", gastando mais dinheiro do que ganhando, e os principais desafios do "Vale da Morte" são:
- Obtenção de financiamento adicional: para continuar operando e crescer, a startup, muitas vezes, precisa atrair novos investidores ou obter financiamento adicional, e isso pode ser uma tarefa desafiadora, pois os investidores procuram evidências de que a empresa é viável.
- Validação do modelo de negócios: a startup precisa demonstrar que seu modelo de negócios é viável e que existe demanda suficiente pelo que ela oferece, e isso envolve encontrar um mercado-alvo, ganhar tração e provar que o produto ou serviço atende a uma necessidade real.
- Pressão por resultados: a pressão é alta para alcançar resultados mensuráveis e tangíveis, e o fracasso em mostrar progresso pode levar a dificuldades na aquisição de mais financiamento ou ao desinteresse de investidores.
- Superar a incerteza do mercado: o mercado pode ser altamente competitivo e volátil, logo, as startups devem ser ágeis e capazes de se adaptar a mudanças nas condições do mercado.
O "vale da morte" é uma etapa crítica e desafiadora no desenvolvimento de startups, mas também uma oportunidade de aprendizado e crescimento. Consciente dos desafios que esse período apresenta, uma startup pode criar estratégias mais sólidas, atrair investidores e, eventualmente, alcançar o sucesso a longo prazo. Trata-se de um estágio inevitável e valioso na jornada empreendedora, em que a resiliência e a determinação desempenham um papel fundamental.
Até aqui, estudamos que as startups representam a essência da inovação e da ousadia empreendedora, buscando revolucionar mercados, impulsionar mudanças e oferecer soluções inovadoras. Já o "vale da morte" representa um momento crítico nessa jornada, em que os recursos iniciais se esgotam e a incerteza do mercado é elevada, no entanto, é nesse ponto de inflexão que a resiliência e a capacidade de adaptação se tornam os trunfos mais valiosos. Aqueles que superam o "vale da morte", frequentemente, emergem mais fortes, demonstrando a viabilidade de seus modelos de negócio e deixando um legado de sucesso duradouro.
Vamos Exercitar?
Maria subiu ao palco com entusiasmo e se dirigiu à plateia ansiosa: "Vamos falar sobre startups, que são empresas inovadoras, frequentemente de pequeno porte, que buscam soluções criativas para problemas, muitas vezes, utilizando tecnologia. O que as diferencia das empresas tradicionais é sua busca contínua por crescimento e adaptabilidade ao mercado."
A plateia, por sua vez, ansiava por mais, e Maria continuou: "Agora, falemos sobre o ‘vale da morte’, que diz respeito a um período crítico, em que startups enfrentam desafios financeiros ao tentar crescer. É como uma planta pequena que precisa se expandir para sobreviver, e muitas lutam para encontrar investidores, clientes ou estratégias sólidas."
A audiência estava atenta, ciente da importância do tema, logo, Maria prosseguiu sorrindo: "Há soluções para superar o ‘vale da morte’. Buscar investidores, como fundos de capital de risco, é uma estratégia comum; além disso, o controle financeiro e a compreensão do mercado são essenciais, bem como a adaptabilidade e a resiliência, pois muitas startups enfrentam desafios antes do sucesso."
Maria, por fim, encerrou com uma mensagem inspiradora: "o empreendedorismo é desafiador, mas recompensador. Compreender startups, o 'vale da morte' e estratégias de escalabilidade pode levar ao sucesso. Mantenham a curiosidade, aprendam com os erros e nunca desistam”.
Saiba Mais
A fim de que possa ampliar os seus conhecimentos de startups, sugerimos que assista ao filme A Rede Social (2010), dirigido por David Fincher, que narra a história da criação do Facebook por Mark Zuckerberg e seus colegas da Universidade de Harvard.
Leia, também, o artigo do SEBRAE intitulado A taxa de sobrevivência das empresas no Brasil; nele você verá elementos que concorreram para o encerramento das empresas.
Ouça o podcast Start Podcast, apresentado por Fabrício Carraro e Marcus Wilkerson, que discute tópicos relacionados a startups, inovação e empreendedorismo, trazendo insights de convidados e especialistas da área.
Referências Bibliográficas
ALESSI, A. C. M. Gestão de startups: desafios e oportunidades. Curitiba: InterSaberes, 2022.
ALVES, E. B. Gestão de startups e coworking. São Paulo: Contentus, 2020.
BRASIL. Lei Complementar nº 182, de junho de 2021. Institui o marco legal das startups e do empreendedorismo inovador; e altera a Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e a Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006. Brasília, DF, 2021. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp182.htm. Acesso em: 26 dez. 2023.
GULBRANDSEN, K. E. Bridging the valley of death: The rhetoric of technology transfer. 2009. Tese (Doutorado em Filosofia) — Iowa State University, Ames, 2009. Disponivel em: https://dr.lib.iastate.edu/entities/publication/d8046ea0-c35d-43a5-85e0-00793a084ee9. Acesso em: 22 dez. 2023.
MAURYA, A. Comece sua startup enxuta. São Paulo: Saraiva, 2018.
MELLO, C. de M.; ALMEIDA NETO, J. R. M. de; PETRILLO, R. P. Para compreender as startups. Rio de Janeiro: Processo, 2022.
MICELI, A. L. C.; SALVADOR, D. O. Startups: nos mares dos dragões. Rio de Janeiro: Brasport, 2019.
ORTIZ, F. C. Criatividade, inovação e empreendedorismo: startups empresas digitais na economia. São Paulo: Phorte, 2021.
Ries, E. A startup enxuta: como os empreendedores atuais utilizam a inovação contínua para criar empresas extremamente bem-sucedidas. São Paulo: Lua de Papel, 2012.
VILENKY, R. Startup: transforme problemas em oportunidade de negócios. São Paulo: Saraiva Educação, 2021.
Aula 4
Metodologias de Gestão
Metodologias de Gestão
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Bons estudos!
Ponto de Partida
Estudante, nesta aula, adentramos em um campo de conhecimento fundamental para a gestão eficaz de projetos: o uso do Canvas, a integração da gestão de projetos e as metodologias ágeis. Esta aula é de suma importância, pois esses conceitos se entrelaçam de maneira essencial para a otimização de processos e o alcance de resultados notáveis no mundo corporativo.
Em nosso percurso, acompanharemos a trajetória da Julia, uma gerente de projetos talentosa que enfrenta um desafio aparentemente intransponível: a necessidade de equilibrar a eficiência dos processos de gestão de projetos com a agilidade necessária para se adaptar a um mercado em constante mudança. A história da Julia nos guiará ao longo desta aula e seus dilemas serão o pano de fundo para nossas discussões.
Julia precisa responder a algumas perguntas cruciais: como garantir que os projetos sejam gerenciados de forma eficaz com todos os elementos fundamentais cuidadosamente considerados e planejados? Como adaptar-se rapidamente a mudanças no ambiente de negócios sem perder o controle e a direção? Como garantir que a equipe de projeto seja ágil e capaz de tomar decisões rápidas e bem fundamentadas? Como equilibrar a estrutura e a flexibilidade?
Vamos começar esta jornada empolgante de descoberta e aprendizado. Juntos, exploraremos o mundo do Canvas, da gestão de projetos e das metodologias ágeis, capacitando você a se destacar no mundo profissional em constante transformação.
Vamos Começar!
Business Model Canvas
O Business Model Canvas, frequentemente referido como "Canvas," foi criado por Alexander Osterwalder e Yves Pigneur e apresentado pela primeira vez no livro Business Model Generation, lançado em 2010. O Canvas é uma ferramenta que oferece uma estrutura visual para descrever, projetar, desafiar e inovar modelos de negócios.
A criação do Canvas ocorreu como resultado de esforços de pesquisa e colaboração entre Osterwalder, Pigneur e outros colaboradores. Eles estavam empenhados em simplificar a representação de modelos de negócios de uma forma que fosse acessível, intuitiva e eficaz; tradicionalmente, as descrições de modelos de negócios eram feitas em documentos longos e complexos, o que tornava difícil a compreensão das estratégias de negócios.
De acordo com Osterwalder (2011), o Canvas foi projetado para preencher essa lacuna, proporcionando uma abordagem mais visual e concisa para representar um modelo de negócios com base em nove elementos principais, que são organizados em um quadro visual:
Segundo Osterwalder (2011), a proposta de valor descreve o que torna o seu produto ou serviço único e valioso para os clientes, bem como responde à pergunta: "Por que os clientes escolheriam o que está oferecendo?". A proposta de valor define os benefícios, características e vantagens competitivas do produto ou serviço.
Já o segmento de clientes, segundo Osterwalder (2011), refere-se aos grupos de pessoas ou empresas que se pretende atender com a proposta de valor; para tanto, é fundamental entender quem são os clientes-alvo, suas necessidades e características, para adaptar a estratégia de negócios a eles. O relacionamento com os clientes, por sua vez, de acordo com Osterwalder (2011), descreve o tipo de relacionamento que se estabelece com os clientes para conquistá-los e mantê-los, podendo variar entre relacionamentos pessoais, assistência técnica, automação, comunidade online e outros.
Os canais, para Osterwalder (2011), representam os meios pelos quais a empresa alcançará seus clientes e entregará sua proposta de valor, e isso inclui canais de vendas, marketing, distribuição e comunicação, e é preciso escolher os canais mais eficazes para alcançar o público-alvo.
Osterwalder (2011) entende que as atividades-chave são os principais processos e atividades que a empresa precisa realizar para criar e entregar valor aos clientes, como produção, marketing, pesquisa e desenvolvimento, logística, entre outros. Os parceiros-chave, de acordo com Osterwalder (2011), são organizações ou empresas externas que colaboram para a criação e entrega de valor, e isso pode incluir fornecedores, aliados estratégicos, distribuidores ou qualquer outra entidade que desempenhe um papel crítico em seu modelo de negócios.
Os recursos-chave, para o autor supracitado, são os recursos essenciais que a empresa precisa para operar eficazmente, e isso inclui recursos físicos, intelectuais, humanos e financeiros. Os Recursos-chave são essenciais para a entrega da proposta de valor e a execução das atividades-chave. Por sua vez, a estrutura de custos detalha todos os custos envolvidos na operação do modelo de negócios, e isso inclui custos fixos e variáveis, como salários, aluguel, matéria-prima, marketing etc. Compreender os custos é fundamental para se determinar a viabilidade financeira do negócio.
As fontes de receitas, segundo Osterwalder (2011), descrevem como sua empresa gera renda, podendo incluir vendas de produtos, assinaturas, publicidade, licenciamento, entre outros; aliás, a identificação e a diversificação das fontes de receita são fundamentais para a sustentabilidade do negócio.
Siga em Frente...
Gestão de projetos e metodologias ágeis
Para Maximiniano e Veronese (2022), o projeto é um esforço planejado e temporário, com um conjunto específico de objetivos a serem alcançados dentro de um prazo determinado e com recursos limitados. Cada projeto é uma jornada única que visa criar um produto, serviço ou resultado claramente definido, diferenciando-se das operações contínuas de uma organização.
De acordo com Maximiniano e Veronese (2022), a natureza temporária de um projeto implica um começo e um fim, em contraste com as atividades de rotina, e o objetivo do projeto é entregar algo novo, único ou aprimorado, atendendo às necessidades ou resolvendo problemas identificados.
Segundo Kerzner (2020), os recursos como tempo, orçamento, mão de obra e materiais são alocados e gerenciados com cuidado em um projeto, que é composto de várias etapas inter-relacionadas, cada uma com suas próprias tarefas e responsabilidades. O planejamento, a execução, o monitoramento e o controle de um projeto são atividades cruciais que garantem que o objetivo seja alcançado de maneira eficiente e eficaz; além disso, os projetos envolvem algum grau de incerteza e risco, que deve ser avaliado e gerenciado ao longo do ciclo de vida do projeto.
Maximiniano e Veronese (2022) entendem que a gestão de projetos é uma abordagem estruturada que visa planejar, executar e controlar projetos de forma eficaz. Suas etapas principais incluem a iniciação do projeto, o planejamento detalhado, a execução das tarefas, o monitoramento do progresso e o encerramento ordenado. Gerir bem o projeto é crucial para atingir metas, cumprir prazos e entregar resultados de alta qualidade, beneficiando-se de metodologias e ferramentas específicas para padronizar processos e otimizar a colaboração da equipe.
Camargo e Ribas (2019) afirmam que a gestão ágil de projetos se baseia em uma variedade de ferramentas e práticas para facilitar o desenvolvimento de projetos de forma flexível e iterativa; para eles, o Scrum é um dos métodos ágeis mais populares para a gestão de projetos e o desenvolvimento de produtos. Maximiniano e Veronese (2022) abordam que o Scrum é um framework composto de papéis, artefatos e eventos.
- Papéis no Scrum:
- Scrum master: é o responsável por garantir que a equipe de desenvolvimento siga os princípios do Scrum; eles eliminam obstáculos, facilitam reuniões e ajudam a equipe a melhorar continuamente.
- Product owner: é o representante do cliente ou do usuário final e responsável por definir as prioridades do backlog do produto e garantir que a equipe esteja construindo o que é mais valioso para o cliente.
- Equipe de desenvolvimento: é composta de profissionais que realizam o trabalho real de criar o produto. Eles são multifuncionais e autogerenciados.
- Artefatos do Scrum:
- Backlog do produto (Product Backlog): é uma lista priorizada de funcionalidades, melhorias e requisitos do projeto. O Product Owner é responsável por manter o backlog do produto atualizado e priorizado.
- Backlog da sprint (Sprint Backlog): é uma seleção de itens do backlog do produto que a equipe de desenvolvimento planeja concluir durante uma iteração específica, chamada de sprint.
- Incremento: é o produto parcialmente completo no final de cada Sprint. O objetivo é ter um incremento potencialmente entregável que agregue valor ao cliente.
- Eventos do Scrum:
- Sprint: é um tempo fixo, geralmente 2 a 4 semanas, durante o qual a equipe de desenvolvimento trabalha para entregar um incremento do produto.
- Sprint planning: no início de cada sprint, a equipe de desenvolvimento realiza uma reunião de planejamento para selecionar e se comprometer com os itens do backlog da sprint.
- Daily: é uma reunião diária curta na qual a equipe compartilha o que fez, o que fará e quais obstáculos estão enfrentando.
- Sprint review: no final de cada sprint, a equipe de desenvolvimento demonstra o incremento do produto aos stakeholders e obtém feedback.
- Sprint retrospective: após a revisão da sprint, a equipe realiza uma retrospectiva para identificar melhorias no processo e no trabalho da equipe.
- Princípios do Scrum:
- Transparência: toda informação relevante deve ser visível para todos os envolvidos.
- Inspeção: a equipe deve inspecionar regularmente o progresso e os resultados, para identificar problemas.
- Adaptação: com base nas inspeções, a equipe deve se adaptar, fazendo ajustes e melhorias para otimizar o processo.
- Ciclo de vida do Scrum:
- Um projeto Scrum é dividido em iterações, chamadas de sprints.
- Em cada sprint, a equipe desenvolve um incremento do produto.
- O processo se repete até que o produto esteja completo ou o projeto seja encerrado.
O Scrum é especialmente adequado para projetos cujos requisitos sejam voláteis ou não totalmente conhecidos no início, bem como a entrega de valor incremental seja desejada. Ele promove a colaboração, a flexibilidade e a capacidade de resposta a mudanças, tornando-se uma metodologia valiosa para uma ampla gama de setores e tipos de projetos
Até este momento, vimos que o Business Model Canvas é uma ferramenta eficaz para definir estratégias de negócios de forma visual e concisa. A gestão de projetos é essencial para se planejar, executar e controlar empreendimentos com sucesso. O Scrum, um método ágil popular, destaca a importância da flexibilidade e da colaboração, permitindo entregas incrementais. Juntos, esses conceitos fortalecem a capacidade das organizações de inovar, adaptar-se e entregar valor, tornando-se elementos cruciais em ambientes de negócios dinâmicos.
Vamos Exercitar?
A resposta para as dúvidas da Julian está na aplicação cuidadosa do Canvas, na integração inteligente da gestão de projetos com as metodologias ágeis. Para garantir que os projetos sejam bem planejados e executados de forma eficaz, a Julia pode usar o Canvas, que é como um quadro de detalhes para um projeto, em que ela lista tudo o que é importante, a fim de planejar de forma abrangente, considerando todos os aspectos fundamentais, como objetivos, custos e riscos.
Para lidar com mudanças no ambiente de negócios de forma ágil, Julia pode adotar métodos ágeis, e para garantir que a equipe tome decisões rápidas e bem fundamentadas, a equipe de Julia pode ser ágil por meio da colaboração e responsabilidade compartilhada. Todos na equipe contribuem com suas ideias, tornando as decisões mais informadas, e para encontrar um equilíbrio entre estrutura e flexibilidade, Julia pode usar o Canvas para criar uma estrutura sólida no início, depois, a equipe pode usar métodos ágeis para permanecer flexível e fazer ajustes, conforme necessário, durante o projeto.
Saiba Mais
Recomendamos que assista ao filme Apolo 13, de 1995, que aborda a gestão de projetos e a liderança de equipe de uma maneira emocionante e inspiradora. O filme é baseado em eventos reais e conta a história da missão Apollo 13, da NASA, que enfrentou graves problemas técnicos no espaço.
Além disso, o Sebrae Canvas é uma ferramenta de planejamento de negócios oferecida pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), e essa ferramenta é uma adaptação do famoso Business Model Canvas, de Alexander Osterwalder e Yves Pigneur, voltado especificamente para empreendedores e pequenas empresas.
Por fim, para aprofundar o conhecimento de metodologias ágeis, leia o artigo Metodologias ágeis podem ajudar seu negócio a enfrentar desafios, desenvolvido pelo Sebrae.
Referências Bibliográficas
CAMARGO, R. A. de; RIBAS, T. Gestão ágil de projetos. São Paulo: Saraiva Educação, 2019.
DORNELAS, J. Plano de negócios com o modelo canvas: guia prático de avaliação de ideias de negócio. 3. ed. Barueri: Atlas, 2023.
KERZNER, H. Gestão de projetos: as melhores práticas. 4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2020.
MAXIMIANO, A. C. A.; VERONEZE, F. Gestão de projetos: preditiva, ágil e estratégica. 6. ed. Barueri: Atlas, 2022.
Osterwalde; A. Business model generation: inovação em modelos de negócios: um manual para visionários, inovadores e revolucionários. Rio de Janeiro: Alta Books, 2011.
WYSOCKI, R. K.; MARQUES, A. S. Gestão eficaz de projetos. São Paulo: Saraiva Educação, 2020.
Encerramento da Unidade
Plano de negócios, Perspectivas Lean e Metodologias de Gestão
Videoaula de Encerramento
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Bons estudos!
Ponto de Chegada
Olá, estudante! Para desenvolver a competência desta unidade, que envolve conhecer o propósito e a relevância do plano de negócios, bem como explorar as abordagens Lean, o conceito de startups e as metodologias de gestão, é essencial iniciar com uma sólida compreensão dos princípios fundamentais que norteiam o plano de negócios, bem como conhecer as características intrínsecas a esse plano e as etapas envolvidas em sua elaboração. Igualmente, é relevante explorar conceitos como Lean startup, MVP (Produto Mínimo Viável), ciclo Lean startup, bem como o próprio conceito de startups, as estratégias para superar o desafio conhecido como "vale da morte", a questão da escalabilidade nas startups, o uso do Canvas, a importância da gestão de projetos e o emprego de metodologias ágeis.
Um plano de negócios é o alicerce sobre o qual muitas empresas de sucesso são construídas; ele serve como um guia estratégico que define os objetivos, estratégias e recursos necessários para se alcançar o sucesso nos negócios. Trata-se de uma ferramenta vital para empreendedores e gestores, pois ajuda a visualizar o caminho a ser percorrido e a antecipar desafios.
A perspectiva "Lean" se refere a uma abordagem enxuta de gestão que enfatiza a eficiência e a eliminação de desperdícios. Nesse contexto, a "Lean startup" é uma metodologia que busca criar e gerenciar negócios de maneira eficiente, testando ideias com o mínimo de recursos possível. O MVP ou Produto Mínimo Viável, por sua vez, é um conceito-chave nessa metodologia, que envolve criar uma versão inicial de um produto para validar sua viabilidade no mercado.
O "ciclo Lean Startup" envolve a repetição de construir, medir e aprender, adaptando continuamente o produto com base no feedback do mercado, e isso permite que as startups sejam ágeis e se ajustem às mudanças de forma rápida. Aliás, as startups são empresas jovens e inovadoras que buscam criar soluções para problemas do mercado; elas, geralmente, enfrentam o "vale da morte," um período desafiador em que precisam superar obstáculos financeiros e de mercado para sobreviver e crescer.
A metodologia do Canvas é uma ferramenta de planejamento que ajuda a esboçar o modelo de negócios de uma empresa de forma clara e visual; trata-se de uma abordagem útil para se identificar elementos-chave, como proposta de valor, segmento de clientes, canais de distribuição e fontes de receita.
A gestão de projetos, por sua vez, é fundamental para garantir que todas as etapas do plano de negócios sejam executadas com sucesso, dentro do prazo e do orçamento planejados, e isso envolve a definição de metas, alocação de recursos, acompanhamento de progresso e resolução de desafios. Por fim, as metodologias ágeis são abordagens flexíveis de gestão que se concentram na colaboração, na adaptação e na entrega contínua de valor ao cliente. Elas são particularmente relevantes para startups e empresas que precisam se ajustar rapidamente às mudanças do mercado.
Ao dominar esses conceitos fundamentais, você se prepara para compreender e aplicar as perspectivas lean, o conceito de startups e as metodologias de gestão em seus projetos e empreendimento, e o conhecimento adquirido nesta unidade será essencial para o seu sucesso no mundo dos negócios e na construção de empresas inovadoras e eficientes.
Reflita
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É Hora de Praticar!
Considere que você é um consultor de negócios e foi contratado pela StartupVision, uma empresa recém-criada por um grupo de jovens empreendedores apaixonados por tecnologia que tem uma ideia inovadora para um aplicativo de realidade aumentada que revolucionará o turismo urbano. Esses jovens estão entusiasmados e têm grandes expectativas, mas estão enfrentando desafios na transformação de sua visão em realidade, por isso, listaram os questionamentos que esperam que você responda:
- Como a StartupVision pode criar um plano de negócios sólido que articule sua visão e objetivos inovadores?
- Como a abordagem Lean startup e o MVP podem ser aplicados para validar a viabilidade de seu conceito?
- Como superar o "vale da morte" e garantir a sobrevivência e o crescimento da StartupVision?
- De que maneira o Canvas de modelo de negócios pode ajudar a visualizar e estruturar o empreendimento?
- Como as metodologias ágeis podem ser usadas para gerenciar o desenvolvimento do aplicativo de realidade aumentada?
Reflita
Você sabe o que pode ajudá-lo a solucionar esse desafio? Os conceitos e estratégias aprendidos na unidade! A aplicação deles resultará em uma abordagem mais fundamentada e eficiente para o desenvolvimento da startup.
Resolução do estudo de caso
Após analisar o cenário da StartupVision e as questões apresentadas, você pode oferecer as seguintes recomendações:
- Plano de negócios sólido: inicialmente, a StartupVision deve desenvolver um plano de negócios que inclua uma clara visão da empresa, seus objetivos a longo e curto prazo, estratégias de mercado e detalhes financeiros. Isso garantirá que todos os envolvidos tenham uma compreensão compartilhada da direção da empresa.
- Abordagem Lean e MVP: para validar a viabilidade de seu aplicativo, a StartupVision deve adotar a abordagem Lean startup. Pode-se criar um MVP (Produto Mínimo Viável) do aplicativo com as funcionalidades essenciais e, em seguida, testá-lo com um grupo seleto de usuários para coletar feedback e fazer ajustes com base nesse feedback, possibilitando que a empresa economize tempo e recursos.
- Superação do "vale da morte": a StartupVision deve estar preparada para enfrentar obstáculos financeiros iniciais, para isso, pode procurar investidores, buscar parcerias estratégicas e considerar fontes alternativas de financiamento. Além disso, manter um olhar atento sobre as métricas-chave de desempenho contribui para decisões informadas e a sobrevivência da empresa.
- Utilização do Canvas de modelo de negócios: a StartupVision pode empregar o Canvas de modelo de negócios para mapear os componentes-chave de seu negócio, incluindo proposta de valor, segmento de clientes, canais de distribuição e fontes de receita. Isso fornecerá uma visão clara da estrutura da empresa e de como os elementos se relacionam.
- Metodologias ágeis na gestão do desenvolvimento: para gerenciar o desenvolvimento do aplicativo de realidade aumentada, a StartupVision pode adotar metodologias ágeis, como Scrum ou Kanban. Isso permitirá que a equipe trabalhe de forma mais flexível e colaborativa, respondendo rapidamente às mudanças de requisitos e às necessidades do mercado.
Com essas ações, a StartupVision estará mais bem preparada para transformar sua visão inovadora em realidade e enfrentar os desafios iniciais com eficácia.
Dê o play!
Assimile
A história da gestão de projetos é uma jornada fascinante que abrange décadas de desenvolvimento e evolução. Ao longo desse percurso, a gestão de projetos passou de uma prática rudimentar e desorganizada para se tornar uma disciplina altamente sofisticada e essencial em uma ampla gama de setores e indústrias.
Na linha do tempo a seguir, exploraremos os principais marcos e transformações que moldaram a gestão de projetos, desde suas raízes iniciais até a era contemporânea, em que a tecnologia e as metodologias ágeis desempenham um papel fundamental na otimização de processos e na entrega de projetos bem-sucedidos. Vamos viajar pela história da gestão de projetos e observar como ela se tornou um pilar central na busca da eficiência e do sucesso nos empreendimentos em todo o mundo.
Essa linha do tempo destacou as principais fases e desenvolvimentos na evolução da gestão de projetos ao longo das décadas.
Referências
ALESSI, A. C. M. Gestão de startups: desafios e oportunidades. Curitiba: InterSaberes, 2022.
ALVES, E. B. Gestão de startups e coworking. 1. ed. São Paulo: Contentus, 2020.
BRASIL. Lei Complementar nº 182, de junho de 2021. Institui o marco legal das startups e do empreendedorismo inovador; e altera a Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e a Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006. Brasília, DF, 2021. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp182.htm. Acesso em: 26 dez. 2023.
CAMARGO, R. A. de; RIBAS, T. Gestão ágil de projetos. São Paulo: Saraiva Educação, 2019.
DAHL, J. Liderança Lean. Rio de Janeiro: Alta Books, 2021.
DENNIS, P.; SIMON, L. Dominando a disrupção digital: como as empresas vencem com design thinking, agile e lean startup. Porto Alegre: Bookman, 2022.
DORNELAS, J. Plano de negócios com o modelo canvas: guia prático de avaliação de ideias de negócio. 3. ed. Barueri: Atlas, 2023.
DORNELAS, J. Plano de negócios: seu guia definitivo. 3. ed. Barueri: Atlas, 2023.
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