O Texto na Comunicação Corporativa
Aula 1
O Texto
O texto
Olá, estudante!
Nesta videoaula, abordaremos o texto, desde o seu conceito até a sua diversidade de tipos. Exploraremos também os fatores que tornam um texto coeso e coerente, essenciais para garantir sua compreensão e eficácia comunicativa. Além disso, discutiremos a importância dos gêneros textuais e discursivos, que moldam a forma como nos expressamos e nos comunicamos, em diferentes contextos corporativos. Entender os conteúdos será importante para qualquer profissional, pois influenciam diretamente a qualidade da comunicação no ambiente de trabalho.
Junte-se a nós nesta jornada de aprendizado e aprimoramento!
Clique aqui para acessar os slides da sua videoaula.
Boa aula!
Ponto de Partida
Olá, estudante!
Nesta aula, vamos explorar três pilares fundamentais para aprimorar suas habilidades comunicativas: o texto e seus tipos, os fatores de textualidade e os gêneros textuais/discursivos. Entender esses conceitos não só amplia nossa capacidade de expressão, mas também fortalece nossa comunicação no mundo profissional.
Ao nos depararmos com esses temas, alguns questionamentos já podem surgir, como:
- Como podemos distinguir um texto verbal de um não verbal?
- Em quais situações é mais adequado usar um tipo de texto em vez de outro?
- Qual a diferença entre coerência e coesão em um texto?
- Como a intertextualidade pode ser identificada em um texto?
- De que forma a compreensão dos fatores de textualidade pode melhorar a comunicação no ambiente de trabalho?
- Quais são os gêneros textuais/discursivos mais usados em ambientes corporativos?
- Qual a relevância de dominar os gêneros textuais/discursivos para o sucesso profissional?
Os textos são formas de expressão que podem ser escritas, faladas ou visuais. Entre os tipos de texto, temos os verbais, que são aqueles que utilizam palavras escritas ou faladas, como artigos, ensaios, discursos, conversas etc. Já os textos não verbais, por sua vez, são compostos por elementos visuais, como imagens, gráficos, mapas, que também transmitem informações. Ainda há possibilidade de termos a junção dos dois tipos de textos, chamados como textos mistos ou multimodais, que combinam elementos verbais e não verbais, como é o caso de apresentações multimídia, história em quadrinhos, charges e tirinhas ou infográficos.
Ao compreendermos que texto é um todo de sentido, e não um amontoado de palavras e frases, somos direcionados para os fatores de textualidade, compreendidos enquanto características que tornam um texto coeso, coerente e adequado à sua função comunicativa. A coesão se refere à conexão entre as partes do texto, garantindo sua fluidez. Já a coerência diz respeito à lógica e sentido global do texto. Além disso, os fatores de informatividade (informações relevantes), situacionalidade (adequação ao contexto) e intertextualidade (relação com outros textos) também são importantes para a compreensão e eficácia do texto.
Ao pensarmos em texto, elementos que o compõe, precisamos conhecer o que são os gêneros textuais/discursivos. Classificados enquanto formas específicas de organização textual que surgem em diferentes contextos de comunicação, eles são reconhecíveis por suas características estruturais e funcionais, por exemplo, um e-mail possui uma estrutura específica diferente de uma ata de reunião ou um anúncio publicitário. Assim, cada gênero, ou seja, cada texto que circula em meio à sociedade, apresentará em três elementos sua composição: tema, estilo e forma, que vão distingui-lo de outros textos. Compreender os gêneros textuais/discursivos permite adequar a comunicação às necessidades e expectativas do público-alvo e isso, no ambiente corporativo, é um fator decisivo.
Dessa maneira, os conteúdos mencionados são fundamentais para a prática profissional no ambiente corporativo, pois uma comunicação eficaz é essencial para o sucesso das empresas. Entender os diferentes tipos de texto, os fatores que garantem sua qualidade e os diversos gêneros textuais/discursivos permite aos profissionais redigirem documentos claros, persuasivos e adequados aos objetivos organizacionais, contribuindo para uma comunicação mais eficiente, o que gera resultados positivos para a empresa.
Vamos Começar!
O texto e seus tipos
Define-se texto como um conjunto de palavras e frases encadeado que permite interpretação e transmite uma mensagem. O uso do texto verbal e não verbal é uma combinação que permite a comunicação eficaz em diversas situações, contextos e meios. Ambos os tipos de textos têm características distintas e podem ser usados de maneira isolada ou combinada para transmitir mensagens, informações, sentimentos e significados. Vamos explorar o uso e as características de cada um:
Texto verbal
O texto verbal se refere à comunicação que utiliza palavras, escritas ou faladas, para transmitir uma mensagem. Ele pode ser encontrado em diversos formatos, como livros, jornais, revistas, sites, discursos, conversas, entre outros.
Características e usos do texto verbal:
- Precisão e clareza: o texto verbal permite uma comunicação direta e explícita, possibilitando a transmissão de informações de maneira precisa e clara.
- Estrutura e organização: a linguagem verbal permite a organização lógica e estruturada de ideias, argumentos e informações, facilitando a compreensão e interpretação do conteúdo apresentado.
- Formalidade e informalidade: o texto verbal pode variar de acordo com o contexto e o público-alvo, adaptando-se a diferentes níveis de formalidade e informalidade na linguagem utilizada.
Texto escrito no âmbito corporativo
Existem diversos tipos de textos escritos comumente utilizados no âmbito corporativo. O Quadro 1 apresenta alguns exemplos e descrições.
Textos escritos corporativos | Descrição |
E-mails | Comunicações internas e externas, desde mensagens simples até comunicações formais. |
Relatórios | Documentos detalhados sobre um assunto específico, como vendas, projetos ou financeiro. |
Cartas comerciais | Correspondências formais usadas para transmitir informações ou estabelecer acordos comerciais. |
Propostas comerciais | Documentos que apresentam uma oferta de produtos ou serviços a clientes em potencial. |
Atas de reuniões | Registros formais das discussões, decisões e ações tomadas durante uma reunião corporativa. |
Memorandos internos | Comunicações informais para transmitir informações ou instruções dentro da empresa. |
Quadro 1 | Principais textos escritos. Fonte: elaborado pela autora.
Texto oral no âmbito corporativo
No âmbito corporativo, os textos orais desempenham um papel fundamental na comunicação entre colaboradores, gestores, clientes e outros stakeholders. O Quadro 2 apresenta alguns exemplos de textos orais comuns e suas descrições.
Textos orais corporativos | Descrição |
Reuniões | Oportunidades para discussão, tomada de decisões, apresentação de relatórios e alinhamento de estratégias. |
Apresentações | Utilizadas para compartilhar informações, resultados de projetos, propostas comerciais, entre outros. |
Entrevistas | Comuns no ambiente corporativo, para emprego, avaliação de desempenho e obtenção de informações. |
Treinamentos | Sessões para capacitar funcionários em novas habilidades, processos ou ferramentas, presenciais ou online. |
Palestras e Workshops | Eventos educacionais sobre temas relevantes para o desenvolvimento profissional dos colaboradores. |
Negociações | Conversas entre partes interessadas para chegar a um acordo ou resolver conflitos em questões comerciais. |
Quadro 2 | Principais textos orais. Fonte: elaborado pela autora.
Assim, fica perceptível que tanto o texto escrito quanto o texto oral são ferramentas essenciais no âmbito corporativo. O texto escrito oferece precisão, formalidade e permanência, enquanto o texto oral possibilita a argumentação, a negociação, o esclarecimento e a interação direta entre as partes e os profissionais envolvidos. Ambos os formatos são complementares e contribuem para a eficácia da comunicação, a escolha por cada tipo vai depender da situação comunicativa em específico.
Texto não verbal
O texto não verbal se refere à comunicação que utiliza elementos visuais, sonoros, gestuais, táteis, olfativos, entre outros, para transmitir uma mensagem. Ele pode ser encontrado em diversas formas, como imagens, gestos, símbolos, cores, música, expressões faciais, entre outros.
Características e usos do texto não verbal:
- Comunicação emocional: o texto não verbal é frequentemente utilizado para expressar emoções, sentimentos e estados de espírito que podem ser difíceis de transmitir apenas com palavras.
- Contexto e significado: elementos não verbais, como gestos, expressões faciais, cores e símbolos, têm significados específicos que podem variar de acordo com o contexto cultural, social e individual.
- Complementaridade: o texto não verbal muitas vezes complementa o texto verbal, fornecendo contexto, ênfase, nuance ou informação adicional que enriquece a mensagem comunicada.
Texto não verbal no âmbito corporativo
O texto não verbal desempenha um papel significativo na comunicação corporativa, pois transmite mensagens e informações por meio de elementos visuais, gestos, expressões faciais e outros sinais não verbais.
O Quadro 3 apresenta algumas formas comuns de texto não verbal na comunicação corporativa.
Formas de texto não verbal na comunicação corporativa | Exemplos |
Design gráfico | Logotipos, infográficos, gráficos e layouts de documentos. |
Apresentações visuais | Slides de apresentações, gráficos e vídeos utilizados para transmitir dados e resultados de projetos de forma clara e impactante. |
Comportamento não verbal em reuniões | Gestos, postura, contato visual e expressões faciais que influenciam a percepção e o entendimento das mensagens durante interações em reuniões. |
Ambiente de trabalho | Disposição do espaço, organização de objetos e decoração que comunicam mensagens sobre a cultura e os valores da empresa. |
Publicidade e marketing | Campanhas publicitárias, vídeos promocionais e materiais visualmente atrativos para promover produtos, serviços e marcas. |
Vestuário profissional | Forma como os colaboradores se vestem para comunicar profissionalismo, autoridade ou outras características associadas à cultura empresarial. |
Quadro 3 | Principais textos não verbais. Fonte: elaborado pela autora.
Esses são apenas alguns exemplos de como o texto não verbal é utilizado na comunicação corporativa para complementar e reforçar as mensagens transmitidas de forma verbal.
Uso combinado dos tipos de textos
O uso combinado de texto verbal e não verbal permite uma comunicação mais rica, multifacetada e impactante. A combinação de palavras com imagens, sons, gestos e outros elementos pode ampliar a compreensão, reforçar a mensagem, capturar a atenção do público e criar experiências de comunicação mais envolventes e memoráveis.
Tanto o texto verbal quanto o não verbal são ferramentas essenciais de comunicação que, quando utilizadas de maneira eficaz e complementar, permitem transmitir mensagens, informações e significados de forma mais completa, clara e adequada aos diferentes contextos, públicos e objetivos comunicativos.
Siga em Frente...
Fatores de textualidade
O conceito de texto e textualidade são fundamentais para a compreensão da linguagem e da comunicação em diversos contextos. A textualidade se refere às propriedades e características que tornam um conjunto de enunciados um texto. Em outras palavras, é o conjunto de elementos linguísticos, estruturais, semânticos e pragmáticos que conferem coesão, coerência e significado a um texto.
Com base em Koch e Travaglia (2010), o Quadro 4 apresenta os principais fatores de textualidade.
Aspecto | Descrição | Exemplos |
Coesão | Recursos linguísticos (conectivos, repetições, substituições, elipses) que estabelecem relações entre as partes do texto, garantindo sua fluidez e continuidade. | Uso de conjunções como "e", "mas", "porque". Repetição de palavras-chave ao longo do texto. Utilização de pronomes para evitar repetições excessivas. |
Coerência | Organização lógica e semântica das ideias no texto, garantindo que as informações sejam logicamente inter-relacionadas e compreensíveis para o leitor. | Desenvolvimento sequencial de ideias. Manutenção de um tema central ao longo do texto. Organização lógica dos argumentos. |
Intencionalidade | Capacidade do texto de transmitir uma mensagem clara e direcionada ao seu público-alvo, cumprindo seu propósito comunicativo. | Uso de linguagem específica para o público-alvo. Estruturação do texto de acordo com o objetivo comunicativo (persuadir, informar, entreter). |
Aceitabilidade | Adequação do texto às normas linguísticas, culturais e contextuais, considerando o uso correto da língua, o contexto cultural e social, e as expectativas do público-alvo. | Utilização de linguagem formal ou informal de acordo com o contexto. Consideração das normas gramaticais da língua. Adaptação do texto ao contexto cultural do leitor. |
Informatividade | Relevância e quantidade de informações novas e pertinentes apresentadas no texto, evitando redundâncias e generalizações. | Apresentação de dados estatísticos atualizados. Fornecimento de exemplos concretos para ilustrar conceitos abstratos. Evitar repetir informações já conhecidas pelo leitor. |
Situacionalidade | Relação do texto com o contexto situacional, social, cultural e histórico em que é produzido e interpretado, influenciando suas características e seus significados. | Uso de gírias ou expressões regionais adequadas ao contexto social e cultural. Adaptação do texto a eventos ou acontecimentos atuais. |
Intertextualidade | Reconhecimento da conexão do texto com outros textos através de citações, referências, alusões, entre outros, enriquecendo seu significado e sua complexidade. | Citação de obras de outros autores para embasar argumentos. Referência a eventos históricos relevantes para contextualizar o tema. |
Quadro 4 | Fatores de textualidade. Fonte: elaborado pela autora.
Assim, enquanto o texto é uma unidade linguística ou semiótica com sentido completo e coerente, a textualidade refere-se às propriedades e características que conferem coesão, coerência e significado a esse texto. Ambos os conceitos são essenciais para entender como a linguagem é usada e interpretada em diferentes contextos e situações comunicativas. No âmbito corporativo garantem clareza, precisão, coerência e efetividade nas diversas atividades que envolvem uma organização, por isso, o domínio desses fatores permite que os profissionais produzam textos que atendam às normas linguísticas, comunicativas e culturais.
Gêneros textuais/discursivos e tipos textuais
Gêneros textuais/discursivos e tipos textuais são conceitos que se referem a diferentes formas de organização e estruturação de textos, cada um com suas características específicas. Vamos entender as distinções entre eles.
Gêneros textuais/discursivos
Os gêneros textuais/discursivos são as diferentes formas de manifestação de linguagem que ocorrem em situações comunicativas específicas. Os gêneros estão ligados aos contextos sociais, culturais, históricos e situacionais em que são produzidos e circulam.
Para Bakhtin (1992), o gênero se define como "tipos relativamente estáveis de enunciados" elaborados pelas diferentes esferas de utilização da língua. O autor considera três elementos "básicos" que configuram um gênero discursivo: conteúdo temático, estilo e forma composicional.
Conteúdo temático | O tema é muito mais que apenas o assunto, ele também é a forma como a pessoa exprime suas opiniões, seus argumentos e sua intenção de escrever o texto. |
Estilo verbal | Refere-se à maneira específica como uma pessoa se expressa verbalmente, incluindo o uso de palavras, frases, estruturas gramaticais e escolhas vocabulares. |
Forma composicional | Refere-se à organização estrutural e ao arranjo dos elementos dentro de um texto. |
Quadro 5 | Elementos que compõem os gêneros. Fonte: elaborado pela autora.
Na contemporaneidade, os gêneros textuais são manifestações históricas intrinsecamente ligadas ao contexto cultural e social, desempenhando um papel fundamental na organização e estabilização das interações comunicativas cotidianas. Nesse contexto de uma era digital e cultura eletrônica, testemunhamos uma proliferação de diversidade textual, com a emergência de novos gêneros e a adoção de abordagens multimodais. A disseminação de tecnologias como telefone, gravação, rádio, televisão e, especialmente, computadores pessoais e internet, tem promovido uma explosão de formas de comunicação inéditas, tanto na esfera oral quanto na escrita.
Tipos textuais
Os tipos textuais se referem às diferentes estruturas linguísticas que dão forma aos gêneros textuais/discursivos. Em outras palavras, os tipos textuais são os modos como os enunciados se organizam para cumprir determinados objetivos comunicativos dentro de um gênero.
Os tipos textuais são:
- Narrativo: centrado em ações, personagens e tempo. Estrutura-se em torno de uma sequência de eventos.
- Descritivo: focaliza características, qualidades e particularidades de um objeto, pessoa, lugar etc.
- Expositivo (ou explicativo): apresenta informações sobre um tema, explicando conceitos, teorias, fenômenos.
- Argumentativo: tem como objetivo persuadir o interlocutor a aceitar uma determinada posição por meio de argumentos.
- Injuntivo (ou instrucional): orienta o leitor sobre como fazer algo, seguindo uma sequência de passos ou instruções.
O Quadro 6 apresenta os gêneros textuais/discursivos comuns no âmbito corporativo e quais tipos textuais predominam em sua composição.
Gênero textual/discurso | Tipos textuais predominantes |
E-mail de negócios | Injuntivo (convite, solicitação), Narrativo (relato de situação), Descritivo (descrição de produtos ou serviços), Expositivo (apresentação de informações ou propostas). |
Relatório de vendas | Descritivo (apresentação de dados), Expositivo (análise dos resultados), Argumentativo (recomendações para melhoria). |
Proposta comercial | Expositivo (apresentação da proposta), Argumentativo (defesa dos benefícios), Injuntivo (convite para aceitação da proposta). |
Carta de apresentação | Narrativo (apresentação do histórico profissional), Descritivo (descrição das qualificações), Argumentativo (convencimento sobre a adequação para a vaga). |
Manual de procedimentos | Injuntivo (instruções passo a passo), Descritivo (descrição dos procedimentos), Expositivo (explicação das políticas e normas). |
Apresentação executiva | Expositivo (apresentação dos dados), Argumentativo (defesa das estratégias), Descritivo (contextualização do problema), Injuntivo (indicação de próximos passos). |
Quadro 6 | Exemplos de gênero textual/discurso corporativo. Fonte: elaborado pela autora.
Enquanto os gêneros textuais/discursivos se referem às diferentes formas e propósitos comunicativos que um texto pode ter, os tipos textuais se relacionam à estrutura e organização linguística utilizada para construir e desenvolver esses textos. Ambos os conceitos são fundamentais para compreender como a linguagem é usada em diferentes contextos e situações comunicativas.
Você pode se perguntar, qual a importância do reconhecimento do gênero textual/discursivo na minha esfera de atividade? É, realmente, um conteúdo importante para o exercício de minha formação?
Conhecer o gênero textual/discursivo é fundamental para a produção textual no âmbito corporativo, principalmente por causa da eficácia, clareza e adequação do discurso, itens fundamentais nos textos dessa área.
Vamos Exercitar?
Vimos, nesta aula, os fundamentos essenciais da comunicação corporativa. Analisamos os tipos de texto, incluindo o verbal, o não verbal e a mistura dos dois tipos, destacando como cada um desempenha um papel distinto na transmissão de mensagens no ambiente corporativo. Discutimos os fatores de textualidade, ressaltando como a coesão, coerência, intencionalidade e outros elementos contribuem para a clareza e compreensão dos textos.
Além disso, abordamos os gêneros textuais/discursivos e seus tipos predominantes, enfatizando sua relevância no universo corporativo, pois, desde e-mails de negócios até manuais de procedimentos, cada gênero e tipo textual possuem suas características e usos específicos na comunicação interna e externa das organizações, influenciando a eficiência, transparência e eficácia das interações entre colaboradores, clientes e demais stakeholders.
Agora vamos aos questionamentos apresentados no início da aula:
- Como podemos distinguir um texto verbal de um não verbal?
- Em quais situações é mais adequado usar um tipo de texto em vez de outro?
- Qual a diferença entre coerência e coesão em um texto?
- Como a intertextualidade pode ser identificada em um texto?
- De que forma a compreensão dos fatores de textualidade pode melhorar a comunicação no ambiente de trabalho?
- Quais são os gêneros textuais/discursivos mais usados em ambientes corporativos?
- Qual a relevância de dominar os gêneros textuais/discursivos para o sucesso profissional?
Percebemos que um texto verbal é composto por palavras escritas ou faladas, enquanto um texto não verbal utiliza elementos visuais, gestuais ou outros sinais não linguísticos para transmitir uma mensagem. Cada situação pode fazer o uso ora de um ora de outro tipo, precisando saber adequar, por exemplo, o uso de texto verbal em comunicações formais por escrito, como e-mails, relatórios e propostas, já os textos não verbais são mais apropriados para transmitir informações visuais, como gráficos, diagramas ou apresentações visuais.
Ao explorarmos os textos e seus usos, destacamos que a coerência se refere à organização lógica e semântica das ideias em um texto, garantindo, assim, que as informações estejam logicamente inter-relacionadas, enquanto a coesão diz respeito aos recursos linguísticos utilizados para estabelecer relações entre as partes de um texto, garantindo sua fluidez e continuidade. Todos os textos precisam ser coerentes, ou seja, precisam fazer sentido, mas nem todos precisam apresentar o recurso da coesão.
Vimos que os textos dialogam, fazem referência a outros, de maneira indireta ou direta, e a intertextualidade é o fator que apresenta e demarca quando um texto faz referência a outras obras, autores, eventos históricos ou culturais.
Compreender os fatores de textualidade auxilia na clareza, na coesão e na coerência dos textos produzidos no ambiente de trabalho, resultando em uma comunicação mais eficaz e compreensível no âmbito corporativo, principalmente com relação à produção dos diversos gêneros que fazem parte dessa esfera de atuação, porque há aqueles mais comuns como e-mails de negócios, relatórios, propostas comerciais, apresentações, manuais de procedimentos, dentre outros, o que reforça que dominar os diferentes textos é crucial para produzir comunicações claras, persuasivas e adequadas ao contexto corporativo, permitindo que os profissionais expressem suas ideias de forma eficaz e alcancem seus objetivos profissionais com sucesso.
Dessa maneira, salientamos que compreender esses conceitos é fundamental para a sua formação, tanto acadêmica quanto profissional, pois o capacita a produzir e interpretar diferentes tipos de texto de forma estratégica, atendendo às necessidades específicas de cada contexto de comunicação, contribuindo para o sucesso e crescimento das organizações.
Saiba Mais
Em sua Biblioteca Virtual, realize a leitura do Capítulo 7, Entrevista, do livro Ler, escrever e analisar a língua a partir de gêneros textuais da autora Vanilda Salton Köche. O texto apresenta o gênero textual/discursivo entrevista, elencando suas características, importância, exemplos e como produzir o texto.
Indicamos também a leitura da obra Estética da criação verbal, do autor Mikhail Bakhtin. Nele, encontramos um compilado de textos que apresentam três momentos importantes da carreira do autor e permitem compreendê-lo melhor. Além disso, temos também a definição e explicação dos gêneros textuais/discursivos, trabalhados nesta aula.
Referências Bibliográficas
BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992.
BRANDÃO, H. N. Texto, Gênero do Discurso e Ensino. In: BRANDÃO, H. N. (org.). Gêneros do discurso na Escola. São Paulo: Editora Cortez, 2000.
KOCH, I. G. V. Desvendando os segredos do texto. 5. ed. São Paulo: Cortez, 2006.
KOCH, I. G. V.; TRAVAGLIA, L. C. A coerência textual. 18. ed. São Paulo: Contexto, 2010.
MARCUSCHI, L. A. Gêneros textuais: definição e funcionalidade. In: DIONÍSIO, A. P.; FERREIRA, N. V. C. O texto oficial: aspectos gerais e interpretações. Uberaba: Faculdades Associadas de Uberaba; Universidade Federal do Triângulo Mineiro, 2007.
MARCUSCHI, L. A. Da fala para a escrita: atividades de retextualização. São Paulo: Cortez, 2004.
Aula 2
O Texto Escrito na Comunicação Corporativa
O texto escrito na comunicação corporativa
Olá, estudante!
Preparado para aprimorar suas habilidades em comunicação corporativa? Nesta videoaula, vamos abordar as especificidades do texto escrito, abordando desde o planejamento e a revisão do conteúdo até a importância do uso da norma padrão. Entenda como esses elementos influenciam diretamente sua prática profissional, capacitando-o a comunicar de forma eficaz e diferenciada no ambiente empresarial.
Não perca essa oportunidade de aprimoramento. Assista agora e eleve sua performance!
Clique aqui para acessar os slides da sua videoaula.
Bons estudos!
Ponto de Partida
Olá, estudante!
Nesta aula, vamos explorar os três pilares da comunicação escrita no contexto corporativo: especificidades do texto escrito; planejamento e revisão do conteúdo e o uso da norma padrão no ambiente corporativo.
Quando pensamos em texto escrito e sua produção, muitas dúvidas e questionamentos costumam surgir, como:
- Como escolher as palavras certas para transmitir uma mensagem de forma clara e concisa?
- Como planejar de forma eficiente o conteúdo de um documento corporativo, levando em consideração o público-alvo e os objetivos da comunicação?
- Quais são os passos necessários para revisar um texto de forma eficaz, identificando e corrigindo erros gramaticais e de estilo?
- Como posso adaptar meu estilo de escrita para diferentes contextos profissionais e públicos-alvo?
- Qual é a importância de manter a consistência no uso da norma padrão ao longo de um texto ou documento?
Assim, somos direcionados a compreender as especificidades do texto escrito que englobam diversos aspectos que influenciam diretamente na clareza, coesão e eficácia da comunicação, pois inclui a escolha adequada de vocabulário, a estruturação consistente de frases e parágrafos, o uso correto da pontuação e a organização lógica das ideias. Compreender esses detalhes permite ao escritor transmitir sua mensagem de forma precisa e clara, seja em um e-mail corporativo, um relatório ou qualquer outro documento escrito, porque dominar as especificidades do texto escrito é fundamental para uma comunicação eficaz, tanto no ambiente corporativo quanto acadêmico.
Para isso, é necessário planejar e revisar o conteúdo, pois antes de redigir qualquer documento, é imprescindível planejar cuidadosamente sua estrutura, identificar os pontos-chave a serem envolvidos e definir o objetivo público, para depois, durante e após o processo de escrita, acontecer a revisão minuciosa, que permite corrigir erros, melhorar a clareza da mensagem e garantir consistência em termos de estilo e tom.
O uso da norma padrão na comunicação corporativa também é esperado nos textos escritos, isso inclui o emprego correto da gramática, ortografia e pontuação, bem como o respeito às convenções linguísticas lógicas, visto que seguir a norma padrão fornece clareza e consistência à mensagem, evitando mal-entendidos e transmitindo contribuições aos destinatários. Em um ambiente corporativo, em que a comunicação eficaz é desejada, o uso adequado da norma padrão é básico para estabelecer relações sólidas com clientes, parceiros e colegas de trabalho.
Dessa maneira, a importância desses conteúdos, tanto no exercício da profissão quanto academicamente, é colocada como primordial. No ambiente profissional, uma comunicação clara, personalizada e redigida de acordo com a norma padrão é o esperado dos profissionais para estabelecer relações de confiança com clientes, colegas e superiores, além de contribuir para o sucesso de projetos e negociações. Academicamente, dominar esses aspectos da comunicação escrita é importante para produzir trabalhos de qualidade, obter sucesso em avaliações e comunicar de forma eficaz ideias e descobertas. Portanto, compreender e aplicar as especificidades do texto escrito, o planejamento e a revisão do conteúdo, bem como o uso da norma padrão, é fundamental para alcançar sucesso.
Vamos Começar!
Especificidades do texto escrito
Os textos verbais, sejam eles falados ou escritos, são expressões linguísticas fundamentais. Ao analisar as características do texto escrito, é importante compará-lo com o falado, pois enquanto na fala a comunicação é direta, com interação imediata entre o emissor e o receptor, na escrita, a recepção ocorre após a produção, dificultando a resolução instantânea de problemas de comunicação.
Por causa disso, o autor precisa construir uma imagem mental do destinatário, considerando que o discurso é sempre direcionado a um interlocutor, assim, o planejamento é essencial: um texto eficaz não requer apenas boas ideias, mas também uma maneira clara de as transmitir, isso vale não apenas para textos escritos, mas também para os falados, como em pedidos de emprego ou apresentações.
A elaboração de um texto escrito envolve escolhas entre diferentes opções, tanto no conteúdo quanto na forma de expressão, visando atingir o objetivo proposto. A adaptação ao público-alvo é colocada enquanto o pontapé inicial, com a escolha entre um texto mais direto e concreto, adequado para leitores menos experientes, ou um mais abstrato, destinado a um público mais familiarizado com conceitos complexos.
Escrever um texto é, portanto, um processo estratégico complexo que requer planejamento para alcançar os objetivos desejados, porque todo texto verbal é construído por um emissor (quem apresenta a mensagem) e um receptor (a quem a mensagem é dirigida), que são criados no próprio texto. Mesmo em textos que não se dirigem a uma pessoa específica, como cartas abertas ou postagens em redes sociais, é importante construir uma imagem mental dos leitores para adaptar a linguagem e o conteúdo, isso fica evidente na publicidade, em que os textos são direcionados a grupos específicos de acordo com suas características socioeconômicas, pois uma mensagem pode ser personalizada para parecer única e especial, mesmo quando destinada a um público amplo.
O texto escrito possui várias especificidades que o distinguem de outras formas de comunicação, como a oral ou visual. O Quadro 1 apresenta algumas dessas especificidades.
Especificidades do texto escrito | Descrição |
Permanência | Uma vez registrado em um meio físico ou digital, o texto escrito pode ser armazenado e revisado indefinidamente, permitindo que seja acessado novamente no futuro. |
Precisão | O texto escrito tende a ser mais preciso do que a comunicação oral, pois permite ao autor revisar e editar suas palavras antes de serem compartilhadas com o público. |
Organização | Os textos escritos geralmente seguem uma estrutura organizada, com introdução, desenvolvimento e conclusão, facilitando a compreensão e a transmissão de informações de forma lógica e coesa. |
Clareza | A escrita permite que os autores expressem suas ideias de forma clara e concisa, utilizando palavras e frases cuidadosamente selecionadas para transmitir suas mensagens com precisão. |
Padronização | A escrita muitas vezes segue convenções e regras gramaticais, ortográficas e de pontuação, o que contribui para a sua compreensão e facilidade por parte do público leitor. |
Acesso universal | Textos escritos podem ser distribuídos e acessados por um público amplo, sem restrições geográficas ou temporais, desde que haja meios para sua leitura. |
Revisão e edição | A escrita permite que os autores revisem e editem seus textos antes de serem compartilhados, possibilitando melhorias na clareza, precisão e coesão. |
Quadro 1 | Especificidades do texto escrito. Fonte: elaborado pela autora.
Esse quadro resume as especificidades do texto escrito, destacando sua importância e impacto no ambiente de trabalho e na comunicação em geral.
No ambiente corporativo, o texto escrito possui algumas especificidades adicionais devido às necessidades e expectativas específicas das comunicações empresariais. O Quadro 2 apresenta algumas delas.
Especificidades do texto escrito no ambiente corporativo | Descrição |
Formalidade | Os textos escritos no ambiente corporativo tendem a ser mais formais do que a comunicação cotidiana, utilizando linguagem profissional e evitando gírias e linguagem coloquial. |
Objetividade | Os textos corporativos geralmente são diretos e objetivos, transmitindo informações de forma clara e concisa, sem excesso de detalhes. |
Profissionalismo | É importante que os textos escritos no ambiente corporativo reflitam um alto nível de profissionalismo, evitando erros gramaticais e ortográficos e mantendo um tom respeitoso e cortês. |
Propósito claro | Os textos corporativos devem ter um propósito claro e definido, seja para informar, persuadir, instruir ou solicitar ações específicas, transmitindo uma mensagem de forma eficaz e sem ambiguidades. |
Formatação padrão | Muitas vezes, os textos escritos no ambiente corporativo seguem um formato padrão, como memorandos, relatórios, e-mails ou propostas, o que ajuda na organização e compreensão das informações. |
Confidencialidade | Em muitos casos, os textos corporativos contêm informações provisórias ou de segurança, exigindo que a confidencialidade seja mantida e que apenas as pessoas autorizadas tenham acesso aos documentos. |
Quadro 2 | Especificidades do texto escrito no ambiente corporativo. Fonte: elaborado pela autora.
Esse quadro destaca as especificidades do texto escrito no ambiente corporativo, enfatizando a importância de seguir padrões formais, manter objetividade e profissionalismo, além de garantir a clareza, a formatação adequada e a confidencialidade das informações.
Planejamento e revisão do conteúdo na comunicação corporativa
A escrita empresarial é um trabalho complexo, em que convergem diversas técnicas e conceitos, visando à obtenção de um resultado profissional mais conciso, preciso e elegante do que uma redação acadêmica ou escolar, por exemplo.
A prática da escrita de textos empresariais diversos leva à produção constante de ofícios, tais como bilhetes, e-mails, relatórios, atestados, pareceres, avisos, memorandos ou comunicações internas gerais. Ao conhecermos os formatos padrão desses documentos e melhorias para sua escrita, podemos chegar ao desenvolvimento de qualquer tipo de texto empresarial de forma positiva, simples e direta.
Como regra geral, todo bom texto em prosa é composto de três partes: introdução, desenvolvimento e conclusão, assim, da mesma forma, todos os textos empresariais devem ser constituídos também com essas três divisões. São comuns textos em que não se explica o objetivo no início ou que exageram em preâmbulos e introduções muito extensas. Isso faz com que, às vezes, o leitor chegue ao final da leitura sem saber o que o autor realmente pretendia e tenha que retomar novamente a leitura, uma falha muito comum em relatórios e ofícios em geral e até em e-mails.
O planejamento textual se coloca, portanto, como uma etapa crucial para produzir um texto eficaz. Para começar, é importante definir claramente o objetivo do texto: informar, persuadir, entreter etc. Em seguida, pense na forma como você vai expressar suas ideias, escolha as palavras e frases para transmitir sua mensagem de forma clara e convincente, considere também o estilo de escrita mais apropriado para o contexto e para o público-alvo. Depois, organize suas ideias em uma estrutura lógica, definindo os principais pontos a serem abordados e a ordem em que serão apresentadas. Faça um esboço ou um rascunho inicial para ajudar a visualizar a estrutura do texto.
Sabendo que a linguagem escrita, empregada no meio corporativo, é sempre formal, devemos levar em consideração alguns itens se quisermos redigir bem qualquer documento, independentemente de seu gênero textual/discursivo (e-mail, carta, memorando, currículo etc.). Lançamos mão de algumas dicas de Beltrão (2011):
- Coloque-se no lugar do destinatário e utilize uma linguagem clara e conteúdo objetivo para que não aconteçam ambiguidades e ruídos na mensagem.
- Organize seu texto de tal modo que o destinatário leia primeiro os itens mais importantes e, depois, os menos importantes (ou de menos destaque). Para isso, você, como emissor, deve pesar esses aspectos antes de começar a escrever.
- Valorize em seu texto o uso de frases breves, simples e que respeitem a norma padrão. Como o contexto das organizações é complexo e urgente, as pessoas não são receptivas a textos extensos e prolixos.
- Antes de começar a escrever, o emissor deve ter claro o objetivo da mensagem: trata-se de uma recomendação? Ou de opiniões? Cada caso exige um tratamento específico nos argumentos e disposição das orações.
- Para um melhor entendimento da mensagem, é importante evitar o uso de palavras dúbias, jargões desnecessários, exagero em terminologias muito específicas etc.
- É bastante útil substituir frases muito longas por outras duas frases menores ou mais, pois o destinatário costuma processar as ideias de forma linear e sequencial.
A construção de textos corporativos deve conciliar a necessidade da interação humana, a formalidade e a complexidade do ambiente empresarial, no qual se predominam regras e rituais formalizados. Daí a importância de se ter planejamento e foco, eliminando-se o excesso e as redundâncias.
Ao finalizar o texto, chegamos a outra etapa importante, a da revisão. A revisão textual desempenha um papel importante no ambiente corporativo, pois contribui para a eficácia da comunicação escrita entre colaboradores, clientes e demais partes interessadas. Uma comunicação clara e precisa é essencial para evitar mal-entendidos, erros e interpretações equivocadas, ou que possam impactar os níveis de confiança e os resultados da empresa.
No contexto corporativo, os documentos e materiais escritos, como relatórios, e-mails, propostas comerciais e documentos oficiais, refletem a imagem e a revisão da organização, portanto, a revisão cuidadosa dos textos é imprescindível para garantir sua qualidade e profissionalismo.
Além disso, uma revisão textual também pode ajudar a evitar possíveis conflitos legais, garantindo que os documentos estejam em conformidade com as normas e regulamentações aplicáveis, por exemplo, contratos, acordos e políticas internacionais devem ser revisados minuciosamente para evitar ambiguidades ou cláusulas exclusivas que possam resultar em litígios.
Revisar um texto envolve várias etapas importantes para garantir sua qualidade e eficácia. O Quadro 3 apresenta algumas dicas sobre como revisar um texto de forma eficiente.
Etapa | Descrição |
Leitura inicial | Leia o texto na íntegra para ter uma visão geral do conteúdo e identificar possíveis problemas de organização, clareza ou coesão. |
Verificação de estrutura | Verifique se o texto está bem estruturado e organizado logicamente, com uma introdução clara, desenvolvimento consistente e conclusão garantida. |
Revisão de conteúdo | Analise o conteúdo do texto para garantir que todas as informações sejam corretas, relevantes e consistentes. Verifique se não há lacunas na argumentação ou informações contraditórias. |
Clareza e precisão | Certifique-se de que as ideias sejam expressas de forma clara, sem redundâncias e ambiguidades que possam confundir o leitor. Procure termos técnicos ou jargões que possam ser desconhecidos para o público-alvo e substitua-os por uma explicação mais simples, se necessário. |
Coerência e fluidez | Verifique se o texto flui naturalmente e se as ideias estão conectadas de forma lógica e consistente. Use conectores adequados para facilitar a transição entre os parágrafos e garantir uma leitura suave. |
Revisão gramatical e ortográfica | Verifique a gramática, a ortografia e a pontuação do texto para corrigir quaisquer erros. Preste atenção especial aos erros comuns, como concordância verbal, uso correto de pronomes, tempos verbais e pontuação adequada. |
Revisão estilística | Avalie o estilo de escrita do texto e faça ajustes para garantir que seja consistente e adequado ao público-alvo e ao propósito comunicativo. Considere o tom e o registro adequado para o contexto. |
Revisão de formatação e layout | Verifique a formatação do texto, incluindo fonte, tamanho, espaçamento e alinhamento, para garantir que esteja de acordo com as diretrizes condicionais. Observe gráficos, tabelas e figuras se estão corretamente formatados e posicionados. |
Revisão final | Faça uma última leitura do texto para garantir que todas as alterações tenham sido feitas e que o texto esteja pronto para ser publicado, compartilhado ou entregue ao destinatário. |
Quadro 3 | Como revisar um texto. Fonte: elaborado pela autora.
Ao revisar um texto, é importante dedicar tempo e atenção aos detalhes, pois mesmo pequenos erros podem variar de acordo com sua qualidade e peculiaridades. Recomendamos também pedir a opinião de colegas ou profissionais experientes, pois uma segunda revisão pode ajudar a identificar problemas que passaram despercebidos na primeira leitura.
Siga em Frente...
Uso da norma padrão na comunicação corporativa
Vivemos em uma cultura mergulhada em alta tecnologia e tornou-se rotina a troca de informações por meio de redes sociais e e-mail. O imediatismo da comunicação, em nossa sociedade, torna bastante comum o descuido com a língua, como a desobediência à norma padrão. O impacto disso é mais grave quando se trata da comunicação corporativa, uma vez que o uso incorreto da língua pode comprometer a imagem institucional.
Lançar mão da linguagem para interagir socialmente é muito mais do que lançar informações aleatoriamente. A linguagem encarna significações. “As palavras têm sentido e criam sentido” (CHAUÍ, 2004, p. 15). Essa é uma realidade não só da comunicação social (genericamente), mas também da comunicação corporativa. O poder de criação de sentido da linguagem faz com que ela seja dinâmica, ou seja, as significações sofrem mutações ao longo do tempo. Isso não significa que normas linguísticas sejam passíveis de se invalidarem.
Muito se fala da normatização da linguagem e sua padronização nas empresas e no ambiente corporativo, e que não devemos pensar na linguagem como algo estanque. No entanto, muitos profissionais ainda têm dificuldades de redigir textos de acordo com a norma padrão, pecando na ortografia, na gramática, nos sentidos e objetivos do texto, além de cometer um excesso de informalidade na escrita. É muito importante estarmos atentos às variações da linguagem e ao que se costuma incorporar à língua culta, porém, no ambiente corporativo, o uso correto da língua é fundamental e imprescindível para a escrita de qualquer texto.
O uso da norma padrão na comunicação corporativa é crucial para proporcionar profissionalismo, revisão e respeito pelos destinatários. Adotar uma linguagem formal e gramaticalmente correta ajuda a garantir a clareza e a precisão das mensagens, evitando mal-entendidos e interpretações equivocadas. Além disso, o uso adequado demonstra zelo pela imagem da empresa e pelo seu compromisso com a excelência na comunicação, isso é especialmente importante em contextos empresariais, em que a qualidade da comunicação pode influenciar a percepção dos clientes, parceiros de negócios e outros stakeholders. Portanto, seguir as regras da norma padrão é essencial para uma comunicação eficaz e profissional no ambiente corporativo.
Você pode estar se perguntando, mas o que eu faço para dominar a norma padrão? Dominar a norma padrão requer prática consistente e atenção aos detalhes. Por isso, o Quadro 4 apresenta algumas dicas que podem ajudar no processo.
Dicas | Descrição |
Escreva regularmente | Pratique a escrita regularmente, seja por meio de redações, e-mails, relatórios ou outras formas de escrita. Ao escrever, concentre-se em aplicar as regras gramaticais que você aprendeu e revise seu texto cuidadosamente em busca de erros. |
Revisão e feedback | Peça a colegas, professores ou profissionais experientes para revisar seus textos e fornecer feedback. Isso pode ajudar a identificar áreas em que você pode melhorar e corrigir erros que pode ter perdido. |
Participe de cursos ou workshops | Considere participar de cursos ou workshops específicos sobre gramática e uso da norma padrão. Esses cursos geralmente oferecem orientação especializada e oportunidades de prática que podem acelerar seu aprendizado. |
Prática da comunicação oral | Embora a norma padrão seja mais associada à escrita, também é importante praticar a comunicação oral utilizando uma linguagem formal e gramaticalmente correta. Isso pode ajudar a fortalecer suas habilidades linguísticas de forma mais ampla. |
Tenha paciência e persistência | Dominar a norma padrão leva tempo e prática constante. Seja paciente consigo mesmo e esteja disposto a cometer erros no processo de aprendizagem. O importante é continuar praticando e buscando melhorar gradualmente suas habilidades linguísticas. |
Quadro 4 | Dicas para dominar a norma padrão. Fonte: elaborado pela autora.
A habilidade de dominar a norma padrão é fundamental no âmbito profissional, pois uma comunicação clara, precisa e gramaticalmente correta é essencial para transmitir profissionalismo, especificidade e competência. O uso adequado da linguagem também influencia a percepção de colegas, clientes e superiores, podendo impactar diretamente nas oportunidades de carreira e no sucesso profissional. Portanto, investir na melhoria das habilidades linguísticas é um investimento específico para qualquer profissional que deseja se destacar em seu campo de atuação.
Vamos Exercitar?
Ao revisitar os conteúdos praticados, reafirmamos a importância de compreender as especificidades do texto escrito, desde a seleção cuidadosa das palavras até a estruturação consistente das ideias, cada detalhe contribui para uma comunicação clara e eficaz.
Aprendemos que o planejamento e a revisão do conteúdo são etapas fundamentais na comunicação corporativa, garantindo que a mensagem seja relevante, precisa e adequada ao público-alvo, seguindo ainda os preceitos da norma padrão da língua, já que os textos produzidos nesta esfera de atividade humana são formais.
Vamos aos questionamentos apresentados no início da aula:
- Como escolher as palavras certas para transmitir uma mensagem de forma clara e concisa?
- Como planejar de forma eficiente o conteúdo de um documento corporativo, levando em consideração o público-alvo e os objetivos da comunicação?
- Quais são os passos necessários para revisar um texto de forma eficaz, identificando e corrigindo erros gramaticais e de estilo?
- Como posso adaptar meu estilo de escrita para diferentes contextos profissionais e públicos-alvo?
- Qual é a importância de manter a consistência no uso da norma padrão ao longo de um texto ou documento?
Vimos que para escolher as palavras certas, na hora da produção textual escrita, precisamos entender o contexto e o alvo público, para que assim, possam ser selecionados termos adequados, que sejam claros e precisos. Evite jargões desnecessários e opte por uma linguagem acessível e objetiva, adaptada ao conhecimento e às expectativas do seu público.
Quanto ao planejamento, para que seja eficiente, é preciso definir claramente os objetivos da comunicação, identificar o público-alvo e suas necessidades, organizar as informações de forma lógica e estruturar o documento de acordo com a orientação das informações. Após, é preciso revisar, nessa etapa incluem a leitura cuidadosa do documento para identificar erros gramaticais, ortográficos e de pontuação, bem como a avaliação da clareza, coesão e fluidez da mensagem. É importante também verificar a consistência do estilo e da linguagem ao longo do texto, garantindo que ele atenda aos padrões de comunicação estabelecidos.
Com relação ao estilo de escrita, compreender as necessidades e expectativas do público-alvo é um fator importante, bem como as características específicas do contexto profissional, pois isso pode incluir ajustes na linguagem, formato, estilo e formato do documento, para garantir que ele seja relevante, persuasivo e adequado para o público e o contexto em questão.
Os textos que circulam e são produzidos no ambiento corporativo são classificados enquanto formais, por isso seguem temática, estrutura e estilo bem definidos, o que colabora com a ideia de que é preciso manter a consistência no uso da norma padrão já que garante clareza, profissionalismo e revisão na comunicação escrita, sendo necessário seguir regras gramaticais, ortográficas e de pontuação, bem como manter um estilo de escrita uniforme ao longo do texto. A conformidade com a aplicação da norma padrão facilita a compreensão da mensagem e transmite uma imagem de cuidado e atenção aos detalhes por parte do emissor.
Dessa maneira, ao aplicar os princípios aprendidos, os profissionais podem alcançar maior eficiência na transmissão de ideias e na condução de negócios. Da mesma forma, caro estudante, você pode aprimorar suas habilidades de escrita acadêmica, produzindo trabalhos de qualidade e obtendo sucesso em suas avaliações. Assim, ao internalizar os conceitos sobre as especificidades do texto escrito, o planejamento e a revisão do conteúdo e o uso da norma padrão na comunicação corporativa e acadêmica, os indivíduos fortalecem sua capacidade de expressão e sua influência no mundo profissional e acadêmico.
Saiba Mais
Em sua Biblioteca Virtual, realize a leitura do Capítulo 3, Caracterizando a escrita acadêmica, do livro Leitura e produção de textos acadêmicos, das autoras Anne Caroline de Morais Santos e Silvana Moreli Vicente Dias. O texto apresenta que é fundamental que os sujeitos do processo de leitura e de escrita de textos acadêmicos estejam preparados para produzi-los em conformidade com as demandas de cada gênero textual/discursivo, assim, colabora com as discussões trazidas na aula.
Indicamos também a leitura do texto Comunicação empresarial escrita: os desafios da informação nas micro e pequenas empresas. O texto faz um levantamento das formas de comunicação escrita utilizadas no dia a dia dessas empresas, bem como verifica o uso da norma padrão da língua portuguesa, a clareza, a objetividade e a preocupação com a eficácia nos textos escritos.
Referências Bibliográficas
BELTRÃO, O. Correspondência: linguagem & comunicação: oficial, empresarial, particular. 24. ed. São Paulo: Atlas, 2011.
CHAUÍ, M. Convite à filosofia. 13. ed. São Paulo: Ática, 2004.
GROSS, M. Dicas práticas de comunicação: boas ideias para os relacionamentos e os negócios. São Paulo, SP: Trevisan, 2013.
KÖCHE, V. S.; PAVANI, C. F.; BOFF, O. M. B. O processo de reescrita na disciplina de Língua Portuguesa Instrumental. Linguagem & Ensino, Pelotas, v. 7, n. 2, p. 141-164, jul./dez. 2004.
SANTOS, A. C. de M.; DIAS, S. M. V. Leitura e produção de textos acadêmicos. 1. ed. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 2023.
SILVA, S. C. P. e. Redigindo textos empresariais na era digital. Curitiba: Intersaberes, 2012.
TACINI, R. F. et al. Comunicação empresarial escrita: os desafios da informação nas micro e pequenas empresas. Revista Científica Hermes, vol. 4, enero-junio, 2011. Disponível em: https://www.redalyc.org/pdf/4776/477648584003.pdf. Acesso em: 7 fev. 2024.
Aula 3
O Texto Oral na Comunicação Corporativa
O texto oral na comunicação corporativa
Olá, estudante!
Nesta videoaula, abordaremos as especificidades do texto oral, a aplicação da norma culta na comunicação corporativa e algumas técnicas para apresentações práticas. Entenda como esses conhecimentos são fundamentais para o seu desenvolvimento profissional, capacitando-o para se comunicar com clareza e persuasão em diversos contextos.
Não perca esta oportunidade de aprimorar suas habilidades e se destacar no mercado de trabalho.
Clique aqui para acessar os slides da sua videoaula.
Assista já!
Ponto de Partida
Olá, estudante!
Nesta aula, abordaremos três aspectos importantes para a comunicação profissional. Em primeiro lugar, exploraremos as especificidades do texto oral, destacando suas características e a relevância de uma comunicação clara e eficaz. Em seguida, discutiremos o uso da norma culta na comunicação corporativa, ressaltando a necessidade de uma linguagem formal para transmitir profissionalismo. Por fim, analisaremos técnicas de apresentação oral, demonstrando algumas maneiras para cativar a audiência, transmitir mensagens de forma clara e alcançar objetivos de comunicação específicos. Esses conteúdos são essenciais para o desenvolvimento de habilidades de comunicação eficaz e para o sucesso profissional em diversos contextos corporativos.
Ao analisarmos os conteúdos apresentados, somos direcionados a refletir sobre alguns aspectos, por exemplo:
- Como posso aplicar as técnicas de apresentação oral de forma eficaz em diferentes situações profissionais?
- Como lidar com o nervosismo ao falar em público durante uma apresentação oral?
- Qual a melhor maneira de adaptar minha linguagem natural à norma culta utilizada na comunicação corporativa?
- Quais são as estratégias para manter a atenção da audiência durante uma apresentação oral?
- Quais recursos visuais são mais eficazes e como posso utilizá-los em uma apresentação?
Quando pensamos em texto oral, somos logo direcionados para a fala, a materialização dessa oralidade e, por vezes, acabamos não conhecendo ou explorando as suas especificidades por acreditarmos que já temos o seu domínio, pelo fato de “falarmos” constantemente. A oralidade, assim como a escrita, possui diversos usos e formas, necessita de adequação e de normas distintas. Reconhecer as suas características e saber utilizá-las em diferentes situações comunicativas é um diferencial, por isso precisa ser estudada e vista enquanto uma modalidade da língua complexa, cheia de elementos que a caracterizam e formas específicas de usos.
O texto oral se refere às características únicas da comunicação verbal, incluindo entonação, ritmo, pausas e linguagem corporal, ao contrário do texto escrito, é mais dinâmico e interativo, exigindo atenção especial à clareza e à organização das ideias para uma comunicação eficaz, por isso, é essencial considerar, de imediato, o objetivo da comunicação e adaptar o discurso ao público para garantir uma mensagem satisfatória e eficaz.
O uso da norma culta, na comunicação corporativa, está ligado ao uso formal da língua na modalidade oral. Reconhecemos que o ambiente corporativo é formal, por isso o domínio da norma culta é imprescindível no ambiente de trabalho, isso inclui evitar gírias, linguagem coloquial e erros gramaticais, garantindo uma comunicação profissional e respeitosa. A norma culta facilita a compreensão e a transmissão eficaz de informações dentro da organização e com partes interessadas externas.
Sobre a apresentação oral é comum algumas pessoas apresentarem dificuldades em exercer essa modalidade, afinal, características como a timidez são frequentemente reveladas como impeditivas para tal realização. Assim, vamos apresentar algumas estratégias utilizadas para transmitir informações de forma clara, persuasiva e envolvente durante uma exposição verbal oral, demonstrando domínio e conseguindo atingir os objetivos propostos.
Para isso, serão abordados aspectos como o uso adequado da voz, postura corporal, contato visual, estruturação do conteúdo e uso de recursos visuais, como slides ou materiais de apoio. Dominar essas técnicas é importante para capturar a atenção da audiência, transmitir sua mensagem de forma eficaz e criar impacto durante apresentações em reuniões, palestras ou eventos corporativos.
Estudante, lembre-se de que o conhecimento adquirido nessas áreas não apenas enriquecerá sua compreensão da comunicação, mas também abrirá portas para oportunidades no mundo corporativo, porque dominar as habilidades de comunicação oral é primordial para o sucesso em qualquer campo profissional, pois permite transmitir suas ideias de forma clara, persuasiva e impactante. Bons estudos!
Vamos Começar!
Especificidades do texto oral
A oralidade se refere à capacidade de se expressar verbalmente, seja por meio da fala ou da escuta, e é uma forma de comunicação fundamental na interação humana, pois abrange não apenas as palavras ditas, mas também elementos como entonação, ritmo, gestos e expressões faciais, que destacam para a transmissão de significados e emoções durante uma conversa ou apresentação oral.
Na visão sociointeracionista, que concebe a língua como um fenômeno interativo e dinâmico, as relações entre fala e escrita são colocadas enquanto uma concepção dialógica, que não vê mais a superioridade da escrita enquanto real, mas as duas modalidades apresentam características comuns, como: dialogicidade, usos estratégicos, funções interacionais, envolvimento, negociação, situacionalidade, coerência e dinamicidade.
Teixeira (2014) enfatiza que:
[...] ambas as modalidades, escrita e fala, têm características em comum: são mecanismos de comunicação, utilizam a palavra para se concretizarem; possuem um sistema organizado complexo; estão inseridas em um sistema linguístico amplo; podem ser contextualizadas ou descontextualizadas; admitem diferentes graus de formalidade; ambas, escrita e fala possibilitam uma construção, um planejamento das ações, antecedente à sua concretização. (Teixeira, 2014, p. 201)
Marcuschi (2001) evidencia que a oralidade vai muito além da exposição oral, ela é um “[...] grande meio de expressão e de atividade comunicativa. A oralidade enquanto prática social é inerente ao ser humano e não será substituída por nenhuma outra tecnologia” (Marcuschi, 2001, p. 36).
No contexto organizacional, a habilidade de utilizar a oralidade de forma eficaz é essencial em diversas situações, como reuniões, negociações, apresentações e comunicação com colegas, clientes e superiores. Uma comunicação oral clara, assertiva e persuasiva pode influenciar o sucesso de um profissional, impactando sua capacidade de liderança, trabalho em equipe, resolução de problemas e tomada de decisões, por isso, dominar a oralidade também envolve saber adaptar a linguagem e o estilo de comunicação de acordo com o público-alvo e o contexto específico, além de saber ouvir para compreender as necessidades, preocupações e pontos de vista das outras pessoas.
O texto oral no ambiente corporativo exige habilidades específicas, como clareza na expressão das ideias, capacidade de persuasão, habilidade de adaptação ao público-alvo e domínio do assunto abordado. Além disso, é importante considerar uma linguagem formal e adequada ao contexto profissional, respeitando as normas cultas da língua.
A comunicação oral eficaz pode contribuir significativamente para o sucesso de uma empresa, facilitando a transmissão de informações importantes, o alinhamento de objetivos e estratégias, a resolução de problemas e conflitos, o engajamento dos colaboradores e a construção de relacionamentos sólidos com clientes e parceiros de negócios. Portanto, desenvolver habilidades de comunicação oral é importante para profissionais que desejam se destacar e alcançar o sucesso em suas carreiras no ambiente corporativo. Para isso, há a necessidade de praticar a expressão oral, receber feedbacks construtivos, buscar aprimoramento contínuo e estar sempre atento às necessidades e expectativas do público-alvo, além, claro, de um estudo constante sobre a norma culta da língua.
As características da oralidade são marcadas por elementos distintivos que diferenciam a comunicação verbal falada da escrita. O Quadro 1 apresenta algumas características principais.
Características da oralidade | |
Interatividade | A comunicação oral é frequentemente interativa, envolvendo um diálogo direto entre o emissor e o receptor, o que permite uma troca imediata de informações e feedback entre as partes. |
Imediatismo | As mensagens transmitidas oralmente são recebidas instantaneamente, sem a necessidade de tempo de processamento ou intermediários, o que permite uma resposta imediata e enviada às informações compartilhadas. |
Uso de recursos não verbais | Gestos, expressões faciais, entonação, ritmo e volume da voz são elementos importantes na comunicação oral, porque os recursos não verbais ajudam a transmitir nuances de significado, emoção e intenção que não podem ser capturadas pelo texto escrito. |
Adaptação | A linguagem oral é frequentemente adaptada de acordo com o contexto, o público e a situação comunicativa, significa que a mesma mensagem pode ser articulada de maneiras diferentes, dependendo do ambiente em que é transmitida. |
Memorização | As informações transmitidas oralmente tendem a ser mais facilmente memorizadas devido à interação direta e ao envolvimento emocional entre os interlocutores. |
Quadro 1 | Características da oralidade. Fonte: elaborado pela autora.
Essas são as características gerais da oralidade, ou seja, sempre que vamos fazer o uso dessa modalidade somos direcionados para o emprego desses elementos. Agora, quando falamos dos textos orais que circulam no ambiente corporativo, somos encaminhados para a concretização da oralidade em um contexto específico formal, porque se trata do ambiente de trabalho. No ambiente corporativo, o texto oral formal desempenha um papel fundamental na comunicação entre profissionais, equipes, clientes e demais stakeholders, por isso, vamos apresentar algumas características específicas desse tipo de comunicação.
Características do texto oral formal | |
Estrutura organizada | Um texto oral formal geralmente segue uma estrutura organizada, com introdução, desenvolvimento e conclusão, para garantir clareza e coesão na comunicação. |
Clareza e precisão | A linguagem utilizada é clara, precisa e objetiva, facilitando a compreensão por parte da audiência e transmitindo a mensagem de forma eficaz. |
Uso de vocabulário formal | O texto oral formal emprega um vocabulário formal e adequado ao contexto, evitando gírias, expressões informais ou termos técnicos desnecessários. |
Tom adequado | O tom da comunicação é adequado ao contexto e ao público-alvo, transmitindo profissionalismo, respeito e autoridade sobre o assunto abordado. |
Respeito à norma culta da língua | É importante seguir a norma culta da língua, evitando erros gramaticais ou sintáticos que possam comprometer a compreensão da mensagem. |
Quadro 2 | Características do texto oral formal. Fonte: elaborado pela autora.
Dessa maneira, enquanto a oralidade é mais dinâmica, interativa e imediata, o texto oral oferece uma estrutura organizada e planejada, com foco na clareza, precisão e eficácia na transmissão da mensagem. Compreender e dominar essas especificidades é importante para uma comunicação eficaz em diversos contextos, incluindo o ambiente corporativo, em que a habilidade de se expressar de forma clara e persuasiva pode fazer a diferença.
Uso da norma culta na comunicação corporativa
Na linguística, é importante esclarecer que os termos "norma culta" e "norma padrão" são frequentemente usados de forma similar, referindo-se a uma variedade linguística que é considerada formal e aceita como modelo de correção gramatical e ortográfica em uma determinada comunidade linguística. No entanto, há uma distinção entre esses termos, sendo a norma padrão aquela utilizada em textos escritos formais, que seguem as normas prescritas pela gramática normativa, já a norma culta, que mais se aproxima da norma padrão, é usada em textos orais formais, não segue todas as regras da gramática normativa, mas se aproxima de seu uso, mantendo a formalidade pedida em determinadas situações comunicativas.
Assim, o uso da norma culta da língua, na modalidade oral, é preciso em diversas situações, especialmente no ambiente corporativo, pois ao adotar uma linguagem clara e correta, respeitando determinadas regras da língua, contribui significativamente para uma comunicação eficaz, transmitindo profissionalismo.
Além disso, é preciso se ater à escolha do vocabulário, sendo adequado ao contexto e à situação comunicativa, evitando o uso de gírias, expressões coloquiais ou linguagem informal, o que poderia comprometer a seriedade do discurso, mas, claro, que a depender da audiência, será preciso ora utilizar um registro formal ora informal, mas, predominantemente, há a necessidade do uso da norma culta desse fator formal da língua.
A pronúncia e a entonação também devem ser cuidadosamente consideradas, buscando uma articulação clara e uma entonação adequada, que facilitem a compreensão por parte da audiência, porque embora a norma culta permita estruturas sintáticas complexas, é conveniente utilizá-las com moderação na oralidade, priorizando a clareza e a fluidez da comunicação, seguindo o princípio básico da comunicação que é levar o outro à compreensão. Assim, ao adotar a norma culta na oralidade, você irá garantir uma comunicação eficiente e respeitosa, capaz de alcançar o público de forma marcante e profissional.
Importância da norma culta no ambiente corporativo | |
Comunicação eficaz | Profissionalismo e credibilidade |
A norma culta fornece instruções claras e específicas na comunicação oral, garantindo que as mensagens sejam transmitidas de forma compreensível e sem ambiguidades. | O uso da norma culta transmite uma imagem de profissionalismo, seriedade e competência, fundamental para estabelecer confiança no ambiente de trabalho, aos colegas, clientes e superiores. |
Padronização | Evita mal-entendidos |
Estabelece padrões gramaticais, reconhecidos e aceitos, facilitando a comunicação entre pessoas de diferentes origens e áreas de atuação, garantindo uma compreensão mútua e eficaz. | Minimiza o risco de mal-entendidos e interpretações errôneas, essenciais em contextos profissionais, em que a precisão e a clareza na comunicação são importantes para o bom andamento das atividades e dos projetos. |
Valorização profissional | Facilita a interação |
Profissionais que dominam a norma culta tendem a ser mais valorizados no mercado de trabalho, demonstrando cuidado e atenção aos detalhes, características muito apreciadas em ambientes corporativos. | Proporciona uma base comum de comunicação, facilitando a interação entre colegas de diferentes áreas, departamentos e níveis hierárquicos, proporcionando um ambiente de trabalho mais harmonioso e produtivo. |
Quadro 3 | Norma culta no ambiente corporativo. Fonte: elaborado pela autora.
Em resumo, a norma culta é um elemento fundamental tanto na vida acadêmica quanto na carreira profissional, pois é por meio dela que garantimos uma comunicação clara, precisa e respeitável.
Siga em Frente...
Técnicas de apresentação oral
Um dos segredos da comunicação eficaz é atrair, motivar ou persuadir o receptor. Transmitir informações corretas e em uma linguagem adequada não é suficiente para engajar o interlocutor: deve-se elaborar uma mensagem atraente, com ganchos (ligações) capazes de prender sua atenção.
Em qualquer comunicação oral, “[...] a preocupação não deve estar apenas na mensagem a ser transmitida, e sim na forma pela qual será transmitida” (Blikstein, 2006, p. 61). Para tanto, é importante:
- Confiança e empatia do público: desenvolver a confiança e a empatia do público é importante para promover uma boa recepção do que se quer apresentar.
- Olhar para o público: com a finalidade de construir um relacionamento com a audiência e ganhar mais confiança, é imprescindível olhar sempre para o público, mas o ideal é distribuir o olhar, sem fixá-lo em determinado participante, assim, é possível contemplar a todos e, ao mesmo tempo, conseguir captar o interesse das pessoas ou a distração.
- Saber gesticular: em uma palestra (ou em uma apresentação para um grupo médio e até mesmo em uma reunião), estando em pé, mantenha seus gestos acima da linha da cintura e abaixo da linha do queixo, pois eles ficarão mais naturais. Sentado (o que quase nunca é aconselhável), os gestos devem ser mais curtos e contidos. Gestos amplos podem transmitir agressividade e acabarem por invadir o espaço de quem está próximo de quem está falando (Miziara, 2016).
Segundo Carnegie (2015), uma apresentação oral inclui uma série de elementos. O Quadro 4 destaca alguns deles.
Elementos para a apresentação oral | |
Planejamento | Deve-se pensar com antecedência no que será comunicado, qual é a mensagem a ser passada e como apresentá-la, prevenindo percalços, inseguranças e equívocos. |
Organização das ideias | Para que a apresentação tenha começo, meio e fim – como em um texto escrito –, siga uma sequência didática. |
Conhecimento da audiência (público-alvo) | O conhecimento da audiência ditará toda a comunicação, por exemplo, se as pessoas com quem vamos nos comunicar têm formação técnica, podemos fazer uso de terminologia técnica e jargão, caso contrário, é preciso um pouco mais de elaboração para que a mensagem seja entendida. |
Domínio do assunto | É fundamental rever sempre as informações que serão apresentadas para que haja certeza do que será comunicado, assim, é preciso, buscar o máximo possível sobre o assunto a ser abordado; preparar anotações do que será dito; estar preparado para responder perguntas e tirar dúvidas. |
Uso adequado da linguagem e do vocabulário | Manter sempre atenção ao uso da norma culta, mesmo que certa informalidade seja permitida na comunicação oral, e muito cuidado com o uso de gírias e expressões coloquiais. A linguagem corporal também é importante, por isso, muita cautela com os gestos ou expressões. |
Quadro 4 | Elementos para a apresentação oral. Fonte: adaptado de Carnegie (2015).
Além dos elementos apresentados, é preciso se atentar ao planejamento e à revisão do conteúdo, etapas que necessitam de atenção, porque vão estar interligadas com toda a apresentação oral.
Como todo produto de comunicação, a elaboração da apresentação (e aqui nos referimos desde uma palestra até um vídeo a ser postado na internet) é um movimento do pensamento. Esse trabalho passa por etapas cognitivas que, no geral, têm início no planejamento, passam pela organização do conteúdo, seguem pela produção (seja na roteirização da fala ou na produção da apresentação) e finalizam-se na revisão.
Há vários tutoriais e recomendações sobre roteirização de apresentações que podem ser facilmente acessados pela internet e, dentre eles, Carvalho (2017) faz um bom apanhado de todas as etapas a serem observadas, como apresenta o Quadro 5.
Roteirização de apresentações | |
1. Perfil do público | - Analisar o conhecimento e interesse do público-alvo. - Adaptar a linguagem e o conteúdo conforme o perfil identificado. |
2. Objetivo da apresentação | - Definir claramente o propósito da apresentação. - Identificar o que se deseja que a audiência absorva. |
3. Questão mobilizadora | - Formular uma pergunta fundamental que a apresentação visa responder. - Utilizar o método científico para garantir uma abordagem precisa e estruturada. |
4. Mensagens de valor | - Construir mensagens chave que reforcem ou mudem valores e conceitos. - Garantir que as mensagens sejam claras e impactantes. |
5. Slogan ou Tópico de referência | - Criar um slogan ou estabelecer um tópico memorável e relevante. - Facilitar a memorização e associação com o conteúdo da apresentação. |
6. Abertura engajadora | - Iniciar a apresentação de forma instigante e envolvente. - Captar a atenção do público desde o início. |
7. Tema central | - Definir os temas mais importantes que respondem à questão mobilizadora. - Organizar o conteúdo em torno dos temas centrais identificados. |
8. Encerramento impactante | - Reforçar aspectos importantes abordados durante a apresentação. - Estimular a continuidade do processo de aprendizado e ação. |
Quadro 5 | Roteiro para apresentação oral. Fonte: Carvalho (2017).
No que se refere à revisão, Lucena (2013), ao mostrar como vários autores concebem o planejamento e a revisão textual, cita o trabalho de Flower, Hayes, Carey, Schiver e Stratman (1986 apud Lucena, 2013), que aponta um modelo de revisão composto pelas seguintes etapas:
- Definição da tarefa: ter um conhecimento aprofundado sobre o conteúdo em pauta.
- Avaliação: verificação minuciosa para determinar se de fato o produto atende ao que foi proposto.
- Seleção das estratégias: como os problemas detectados na avaliação podem ser corrigidos.
- Execução: corresponde à execução das correções a serem feitas.
Por fim, ainda que a espontaneidade e o improviso tenham um valor discursivo, é recomendável que as situações de comunicação oral no âmbito das empresas sejam planejadas e bem executadas, de forma a possibilitar unidade de pensamento e, portanto, de ação, o que será de fundamental importância para a estratégia da organização.
Vamos Exercitar?
Vimos, nesta aula, os aspectos relacionados à comunicação oral e sua relevância tanto no ambiente acadêmico quanto profissional. Abordamos as especificidades do texto oral, destacando sua natureza dinâmica, interativa e imediata, bem como a importância de adaptar a linguagem ao contexto e ao público-alvo. Em seguida, discutimos o uso da norma culta na comunicação corporativa, enfatizando a necessidade de empregar uma linguagem clara, precisa e formal para transmitir profissionalismo e compreensão. Por fim, exploramos técnicas de apresentação oral, ressaltando a importância de uma estrutura organizada, clareza na expressão e uso eficaz de recursos visuais para envolver e cativar a audiência.
Vamos aos questionamentos apresentados no início da aula:
- Como posso aplicar as técnicas de apresentação oral de forma eficaz em diferentes situações profissionais?
- Como lidar com o nervosismo ao falar em público durante uma apresentação oral?
- Qual a melhor maneira de adaptar minha linguagem natural à norma culta utilizada na comunicação corporativa?
- Quais são as estratégias para manter a atenção da audiência durante uma apresentação oral?
- Quais recursos visuais são mais eficazes e como posso utilizá-los em uma apresentação?
Percebemos que para aplicar eficazmente as técnicas de apresentação oral, em diferentes situações profissionais, é importante começar definindo claramente o objetivo da apresentação e conhecer bem o público-alvo. Em sua organização, estruture o texto com introdução, desenvolvimento e conclusão e ensaie sua apresentação várias vezes para garantir fluidez e confiança, principalmente nas primeiras apresentações orais em que for realizar. Adapte o conteúdo e o tom de sua fala de acordo com o contexto e a audiência e utilize recursos visuais adequados para fortalecer sua mensagem.
Sabemos que o nervosismo é um fator um tanto comum quando falamos em apresentações orais, por isso, para lidar com ele, é útil praticar técnicas de respiração e relaxamento antes da apresentação, concentrar-se no conteúdo e no propósito da sua fala e lembrar-se de que é normal sentir um certo grau de nervosismo ou tensão, para isso, pratique sua apresentação várias vezes e, se possível, faça uma prévia do local para se familiarizar com o ambiente.
Vimos que a linguagem é um dos fatores decisivos, assim, é preciso utilizar a norma culta. Para adaptar sua linguagem natural à norma culta utilizada na comunicação corporativa, é importante observar e estudar exemplos de comunicação formal, como relatórios, e-mails profissionais e apresentações corporativas. Preste atenção à escolha de palavras, estrutura de frases e tom de comunicação, após pratique para incorporar esses elementos ao seu próprio discurso, com o tempo você perceberá que domina a norma culta.
Para manter a atenção da audiência durante uma apresentação oral, é importante envolver o público desde o início com uma introdução interessante e relevante, para isso, utilize uma linguagem clara e direta, evitando jargões desnecessários, e mantenha um ritmo de fala adequado, é possível também fazer perguntas retóricas, contar histórias e utilizar exemplos práticos para ilustrar seus pontos.
Os recursos visuais mais eficazes em uma apresentação oral incluem slides de PowerPoint, gráficos, imagens e vídeos. Certifique-se de que esses recursos sejam relevantes, visualmente atraentes e facilmente compreensíveis pela audiência. Evite o excesso de texto nos slides e priorize o uso de imagens e gráficos que complementem e reforcem sua mensagem verbal. É importante praticar a sincronização entre sua fala e os recursos visuais para criar um impacto poderoso durante a apresentação.
Dessa maneira, entendemos que dominar esses conteúdos não apenas melhora a qualidade das apresentações e comunicações, mas também reflete positivamente na imagem profissional e na capacidade de influenciar e engajar colegas, clientes e stakeholders. Ao aplicar essas habilidades de forma consistente e eficaz, os profissionais podem conquistar a confiança, o respeito e o reconhecimento dentro da organização, além de aumentar suas chances de alcançar seus objetivos e suas metas profissionais.
Saiba Mais
Em sua Biblioteca Virtual, pelo link, leia o Capítulo 2, O drama de falar em público, do livro Falar em público e convencer, do autor Izidoro Blikstein. O texto apresenta a função estratégica da comunicação, a importância do planejamento e os ruídos na comunicação, temáticas que foram debatidas nesta aula.
Indicamos também a leitura da obra Mapa da persuasão, da autora Gislene Isquierdo. Nele, encontramos caminhos para aprimorar a habilidade de comunicação e como influenciar as pessoas a partir do método “Efeito UAU”, pautado pela psicologia e pela neurociência.
Referências Bibliográficas
BARROS, G. P. de. Manual de oratória. 1. ed. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 2023.
BLIKSTEIN, I. Como falar em público – técnicas de comunicação para apresentações. São Paulo: Ática, 2006.
BLIKSTEIN, I. Falar em público e convencer: técnicas e habilidades. São Paulo: Contexto, 2016.
CARNEGIE, D. Como se apresentar bem e alcançar o sucesso. Rio de Janeiro: Best-Seller, 2015.
CARVALHO, V. 8 passos para criar o roteiro de uma apresentação. 2017. Disponível em: wowpresentation.com.br. Acesso em: 9 fev. 2024.
ISQUIERDO, G. Mapa da persuasão: se expresse de forma poderosa e influencie pessoas. São Paulo: Editora Academia, 2023.
LUCENA, R. A revisão no planejamento, na textualização e na edição: estudo sobre as habilidades das crianças de planejar, revisar e refletir sobre as alterações no texto. 2013. 191f. Tese (Doutorado em Psicologia Cognitiva) – Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Pernambuco. Recife, 2013.
MARCUSCHI, L. A. Da fala para a escrita: atividades de retextualização. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2001.
MIZIARA, G. 6 Dicas para melhorar sua postura em uma apresentação ou reunião de negócios. Administradores, 2016. Disponível em: https://administradores.com.br/noticias/6-dicas-para-melhorar-sua-postura-em-uma-apresentacao-ou-reuniao-de-negocios. Acesso em: 9 fev. 2024.
TEIXEIRA, J. A. T. Eles fala, nois cala: como a escola tem enfrentado o desafio de ensinar a norma culta a seus alunos. Juiz de Fora: UFJF, 2014.
Aula 4
O Texto Não Verbal na Comunicação Corporativa
O texto não verbal na comunicação corporativa
Olá, estudante!
Nesta videoaula, abordaremos os aspectos da linguagem não verbal e sua relevância na comunicação corporativa. Descubra como sua imagem e postura podem impactar suas interações profissionais e aprenda a decodificar os sinais não verbais para maximizar sua eficácia comunicativa.
Prepare-se para aprimorar suas habilidades e se destacar no mundo corporativo. Não perca essa oportunidade!
Clique aqui para acessar os slides da sua videoaula.
Boa aula!
Ponto de Partida
Olá, estudante!
Nesta aula, vamos explorar os elementos da comunicação corporativa que vão além das palavras, assim, abordaremos os aspectos da linguagem não verbal, analisando como gestos, expressões faciais e tom de voz influenciam nas interações profissionais. Além disso, discutiremos a importância da imagem e postura na construção de uma boa reputação e credibilidade no ambiente de trabalho.
Ao analisarmos as temáticas que serão apresentadas na aula, alguns questionamentos surgem, como:
- Como interpretar corretamente os sinais não verbais durante uma interação?
- Quais são os principais elementos da linguagem não verbal e como eles podem ser utilizados de forma eficaz na comunicação corporativa?
- Como a imagem pessoal influencia na percepção dos outros no ambiente de trabalho?
- Qual é a importância da linguagem não verbal em diferentes contextos corporativos, como reuniões, apresentações e entrevistas de emprego?
- Como desenvolver habilidades para melhorar a comunicação não verbal e sua aplicação prática no ambiente profissional?
A linguagem não verbal se refere a todas as formas de comunicação que não envolvem palavras faladas ou escritas, isso inclui gestos, expressões faciais, postura corporal, tom de voz, contato visual e até mesmo o uso do espaço físico durante uma interação. Desempenha um papel importante na comunicação, muitas vezes transmitindo mensagens e emoções de forma mais direta do que por meio de palavras.
Com relação à imagem e postura na comunicação corporativa, compreendemos enquanto a forma como um profissional se apresenta e se comporta durante as interações no ambiente de trabalho, isso engloba a maneira como se veste, sua higiene pessoal, sua linguagem corporal e sua atitude geral. Podemos, inicialmente, não perceber, mas a imagem pessoal e a postura transmitem uma mensagem sobre credibilidade, confiança e profissionalismo de um indivíduo, assim, podem influenciar positivamente a percepção dos colegas, clientes e superiores, enquanto uma má imagem pode prejudicar a reputação e as oportunidades de crescimento profissional, sendo, portanto, relevante cuidar desses elementos para alcançar os objetivos propostos na comunicação corporativa.
A importância da linguagem não verbal na comunicação corporativa reside no fato de que a maior parte da comunicação humana é transmitida por meio de gestos, expressões faciais, postura corporal e outros sinais não verbais. Esses elementos podem complementar, reforçar ou até mesmo contradizer a mensagem verbal, impactando significativamente a forma como uma mensagem é recebida e interpretada, por isso, compreender a linguagem não verbal permite aos profissionais melhorar sua capacidade de transmitir suas intenções de forma clara e eficaz, além de possibilitar uma leitura mais precisa das mensagens recebidas, promovendo uma comunicação mais assertiva e produtiva no ambiente corporativo.
Estudante, iniciar o aprendizado sobre linguagem não verbal e comunicação corporativa é um passo para o desenvolvimento profissional. Ao compreender essa forma de comunicação, você estará mais preparado para enfrentar os desafios no ambiente de trabalho, construir relacionamentos sólidos e alcançar seus objetivos profissionais e pessoais. Além disso, ao dominar essas habilidades, você estará pronto para se destacar em diversas situações do cotidiano profissional, desde reuniões importantes até negociações decisivas. Bom aprendizado!
Vamos Começar!
Aspectos da linguagem não verbal
Compreendemos por linguagem não verbal todos os sinais e gestos que utilizamos para nos comunicar, que não envolvem palavras faladas ou escritas, mas incluem gestos, expressões faciais, postura corporal, tom de voz, contato visual e até mesmo o uso do espaço físico durante uma interação. Esses elementos estão presentes na comunicação humana, muitas vezes, ao utilizá-los, transmitindo mensagens e emoções de forma mais clara e rápida do que por meio de palavras, por exemplo, um sorriso pode expressar simpatia e receptividade, enquanto uma postura rígida pode indicar desconforto ou desinteresse.
Entender e interpretar corretamente a linguagem não verbal é importante para a comunicação, pois permite uma compreensão mais completa das mensagens transmitidas e recebidas, além disso, pode ser particularmente imprescindível em contextos em que as palavras podem não ser suficientes para expressar completamente nossos sentimentos, como em situações de negociação, entrevistas de emprego ou apresentações em público.
Sabemos que a área dos elementos da linguagem não verbal é ampla e engloba uma variedade de campos, incluindo psicologia, comunicação, antropologia e sociologia. Vários estudiosos têm contribuído para a investigação e compreensão desses elementos, oferecendo teorias e casos para aprofundar nossa compreensão sobre como a linguagem não verbal afeta nossas interações diárias.
Para fins de análise e compreensão da linguagem não verbal, principalmente direcionada aos aspectos que envolvem a comunicação corporativa, vamos conhecer os estudos e as teorias de dois autores, Edward Twitchell Hall e Paul Ekman.
Proxêmica e comunicação corporativa
Edward T. Hall é reconhecido como um dos pioneiros na pesquisa da linguagem não verbal, notadamente por sua contribuição à teoria da proxêmica, em que examinou como as pessoas interagem e interpretam o espaço físico ao seu redor durante a comunicação, por exemplo, a distância entre indivíduos durante uma conversa pode comunicar diferentes graus de intimidade ou hierarquia.
O uso do espaço como meio de comunicação não verbal que influencia as relações interpessoais é amplamente reconhecido, assim, a proxêmica investiga o significado social do espaço, ou seja, explora como as pessoas consciente ou inconscientemente estruturam seu próprio espaço. O autor afirma que a maneira como o espaço é empregado é influenciada pelas normas culturais, e a percepção da distância e proximidade resulta dos sistemas sensoriais, como visão, audição, olfato e tato. Em diferentes culturas, certos canais sensoriais podem ser mais valorizados do que outros.
A proxêmica explora o espaço em três dimensões: o espaço de características estáticas, como paredes; o espaço de características semiestáticas, incluindo disposição de móveis, obstáculos e decorações; e o espaço informal, que é o território pessoal ao redor do corpo de um indivíduo.
Na cultura dos Estados Unidos, foram identificadas quatro distâncias interpessoais que podem indicar o tipo de relação existente ou desejada: a distância íntima (0 a 50 cm), em que há contato físico, proximidade e troca de cheiro; a distância pessoal (50 cm a 1,20 m), comumente usada em interações face a face; a distância social (1,20 a 3,60 m), em que não há contato físico, mas ainda ocorre contato visual; e a distância pública (acima de 3,60 m), em que o contato visual não é individual, mas sim coletivo.
Na Figura 1 é possível visualizar as quatro distâncias interpessoais propostas por Edward T. Hall.
A proxêmica desempenha um papel significativo na comunicação corporativa, influenciando a forma como as pessoas interagem e se relacionam nos ambientes de trabalho. Ao compreender e aplicar seus princípios, as organizações podem melhorar a eficácia da comunicação interpessoal e criar ambientes de trabalho mais produtivos e colaborativos, por exemplo, ao considerar as diferentes distâncias interpessoais identificadas pela proxêmica, os líderes e gestores podem adaptar seu comportamento e estilo de comunicação de acordo com o contexto e as necessidades dos funcionários, isso pode envolver ajustar a proximidade física durante reuniões ou interações informais, respeitando as preferências individuais de espaço pessoal e garantindo que todos se sintam confortáveis e respeitados.
Além disso, a proxêmica também pode influenciar a disposição do espaço físico no ambiente de trabalho, como a distribuição de mesas e estações de trabalho, salas de reuniões e áreas comuns. Ao projetar esses espaços de forma a facilitar a comunicação e a colaboração entre os membros da equipe, as empresas podem promover uma cultura organizacional mais aberta, transparente e coesa.
Assim, ao integrar os princípios dessa teoria na comunicação corporativa, as organizações podem promover relacionamentos mais positivos e eficazes entre os funcionários, melhorar a colaboração e a produtividade e criar ambientes de trabalho mais saudáveis e acolhedores.
Expressões faciais e emoções universais
Paul Ekman, um renomado psicólogo, é reconhecido por suas pesquisas sobre expressões faciais e emoções universais. Em seus estudos, identificou seis expressões faciais básicas, sendo raiva, medo, tristeza, nojo, alegria e surpresa, que são universalmente reconhecidas em diversas culturas ao redor do mundo, a universalidade se dá pelo fato de que, em qualquer cultura, em qualquer pessoa, os músculos envolvidos na ativação dessas emoções são os mesmos.
Dado o reconhecimento universal das expressões faciais das emoções primárias, tornou-se essencial investigar profundamente a fisiologia do rosto humano. Ekman e seu colega Wallace Friesen basearam seu trabalho no estudo anatômico do sueco Carl-Herman Hjortsjö, em que durante oito anos, dedicaram-se à meticulosa sistematização das unidades musculares responsáveis por todas as expressões faciais observáveis. Em 1978, esse esforço resultou na criação do Facial Action Coding System (FACS), que se tornou a ferramenta mais abrangente de investigação sobre o rosto humano em todo o mundo. Além disso, desenvolveram o Emotional Facial Action Coding System (EMFACS), uma versão simplificada do sistema original, focada na codificação dos músculos envolvidos nas sete emoções universais.
Na Figura 2, temos a demonstração dos estudos realizados com fins de serem capazes de mensurar as intensidades e os movimentos musculares.
Tanto o FACS quanto o EMFACS são amplamente empregados pela comunidade científica, permitindo a codificação precisa de todas as contrações musculares que ocorrem durante breves movimentos, como um piscar de olhos. Esse sistema encontrou aplicação em diversas áreas, incluindo estudos de marketing sobre o comportamento do consumidor e pesquisas clínicas e criminais. Além disso, a indústria cinematográfica adotou o sistema para animar as expressões faciais das personagens de forma mais realista, sendo que os primeiros filmes a utilizar o FACS foram Shrek (DreamWorks) e Toy Story (Pixar).
Trazendo esses estudos para o universo da comunicação corporativa, percebemos sua relevância, afinal, ao compreender como as expressões faciais refletem emoções básicas como raiva, medo, tristeza, nojo, alegria e surpresa, as organizações podem melhorar a comunicação interpessoal e a eficácia da equipe, por exemplo, os líderes e gestores podem aprender a reconhecer as expressões faciais dos funcionários durante reuniões ou interações no local de trabalho, o que pode ajudá-los a avaliar o engajamento, o bem-estar emocional e as preocupações dos colaboradores, isso pode facilitar na identificação de problemas ou desafios e permitir uma resposta mais rápida para promover um ambiente de trabalho positivo e produtivo.
Além disso, a conscientização sobre as emoções universais expressas por meio das expressões faciais pode ajudar na comunicação de mensagens importantes dentro da organização, por exemplo, ao apresentar uma nova iniciativa ou comunicar uma mudança na estratégia, os líderes podem adaptar sua linguagem corporal e expressões faciais para transmitir confiança, empatia e entusiasmo, o que pode aumentar a receptividade e o engajamento dos funcionários.
Dessa maneira, ao reconhecer e compreender as expressões faciais e emoções universais, as organizações podem aprimorar a comunicação corporativa, fortalecer as relações interpessoais e promover um ambiente de trabalho mais colaborativo, inclusivo e produtivo.
Siga em Frente...
Imagem e postura na comunicação corporativa
A imagem, no contexto da comunicação e do ambiente corporativo, refere-se à percepção que os outros têm de um indivíduo ou de uma organização com base em sua aparência, seu comportamento, sua reputação e sua presença geral, não se limita apenas à aparência física, mas também abrange a forma como alguém se comunica, suas habilidades interpessoais, seu profissionalismo e sua integridade.
Uma imagem positiva pode aumentar a confiança e a credibilidade de um indivíduo ou de uma empresa, enquanto uma imagem negativa pode prejudicar a reputação e afetar as relações profissionais, por isso, é importante cuidar da imagem pessoal e corporativa, garantindo que ela transmita os valores e objetivos desejados.
Já a postura, no contexto da comunicação e do ambiente corporativo, refere-se à forma como uma pessoa se posiciona fisicamente e se comporta durante interações sociais, reuniões de trabalho, apresentações ou outras situações profissionais, envolve não apenas a posição física do corpo, mas também a linguagem corporal, expressões faciais e gestos. Uma postura adequada é aquela que transmite confiança, respeito, interesse e profissionalismo, isso inclui manter-se ereto, com os ombros relaxados, olhar direcionado para o interlocutor, expressão facial apropriada ao contexto e gestos moderados e coerentes com a mensagem transmitida. Uma postura inadequada, como ficar encurvado, evitar contato visual ou ter gestos excessivos, pode transmitir insegurança, desinteresse ou falta de confiança, o que pode afetar negativamente a percepção dos outros sobre a pessoa ou sobre a organização que ela representa.
Assim, imagem e postura na comunicação corporativa se referem à maneira como um profissional se apresenta e se comporta no ambiente de trabalho, isso engloba diversos aspectos, como vestimenta, higiene pessoal, linguagem corporal e atitude geral, por exemplo, uma vestimenta adequada e bem cuidada transmite profissionalismo e respeito pela empresa e pelos colegas, enquanto uma postura corporal ereta e confiante demonstra segurança e credibilidade, um contato visual adequado evidencia interesse e atenção durante uma conversa ou apresentação.
A importância desses elementos na comunicação corporativa é significativa, pois são percebidos pelos colegas, clientes e superiores hierárquicos, influenciando diretamente a forma como somos vistos e avaliados no ambiente de trabalho. Uma imagem e postura positivas podem abrir portas para oportunidades de crescimento profissional e fortalecer relacionamentos, enquanto uma imagem descuidada ou uma postura inadequada podem prejudicar a reputação e as perspectivas de carreira.
Portanto, investir na construção de uma imagem profissional sólida e manter uma postura adequada são aspectos essenciais para alcançar sucesso na comunicação corporativa e para se destacar no ambiente de trabalho.
Importância da linguagem não verbal na comunicação corporativa
No contexto corporativo, os aspectos da linguagem não verbal desempenham um papel crucial na comunicação eficaz, na construção de relacionamentos e na gestão de impressões, porque gestos, expressões faciais, postura corporal e até mesmo o tom de voz têm um impacto significativo nas interações entre colegas, clientes e superiores hierárquicos. Por exemplo, durante uma reunião de negócios, o contato visual adequado pode transmitir confiança e interesse no assunto discutido, enquanto uma postura ereta e expressões faciais receptivas podem demonstrar profissionalismo e engajamento. Além disso, a linguagem não verbal pode ser crucial em situações de negociação, em que gestos específicos podem influenciar a percepção da outra parte sobre a sua posição e disposição para colaborar.
No contexto da liderança, a linguagem não verbal pode ser uma ferramenta poderosa para inspirar e motivar equipes, afinal um líder que domina a linguagem corporal e o tom de voz pode comunicar autoridade, empatia e confiança, influenciando positivamente o desempenho e o engajamento dos colaboradores.
Dessa maneira, compreender e utilizar de forma eficaz os aspectos da linguagem não verbal, no contexto corporativo, é essencial para o sucesso profissional, contribuindo para a construção de relacionamentos sólidos, comunicação efetiva e desenvolvimento de uma imagem profissional positiva. Além disso, a linguagem não verbal pode ser útil para interpretar as emoções e intenções dos colegas, clientes e superiores hierárquicos, facilitando a compreensão do contexto e a resposta adequada em diferentes situações.
Dominar a linguagem não verbal na comunicação corporativa pode aumentar a eficácia da comunicação, melhorar as relações interpessoais, fortalecer a imagem profissional e contribuir para o sucesso no ambiente de trabalho. Portanto, é essencial estar ciente e saber utilizar adequadamente esses elementos para alcançar os objetivos profissionais.
Vamos Exercitar?
Vimos, nesta aula, os aspectos da linguagem não verbal, analisando como gestos, expressões faciais, postura corporal e até mesmo o tom de voz desempenham um papel importante na transmissão de mensagens e na interpretação das emoções durante as interações profissionais, pois desde um simples aceno de cabeça até um sorriso sincero, cada elemento da linguagem não verbal pode influenciar significativamente a percepção e a compreensão mútua entre os colaboradores.
Em seguida, adentramos o universo da imagem e postura na comunicação corporativa, em que cada detalhe da apresentação pessoal e da linguagem corporal assume o seu papel, assim, discutimos como a vestimenta adequada, a postura ereta, a expressão facial receptiva e o contato visual direto podem transmitir confiança, respeito e profissionalismo, impactando positivamente a forma como somos percebidos pelos colegas, clientes e superiores hierárquicos.
Agora, vamos aos questionamentos apresentados no início da aula:
- Como interpretar corretamente os sinais não verbais durante uma interação?
- Quais são os principais elementos da linguagem não verbal e como eles podem ser utilizados de forma eficaz na comunicação corporativa?
- Como a imagem pessoal influencia na percepção dos outros no ambiente de trabalho?
- Qual é a importância da linguagem não verbal em diferentes contextos corporativos, como reuniões, apresentações e entrevistas de emprego?
- Como desenvolver habilidades para melhorar a comunicação não verbal e sua aplicação prática no ambiente profissional?
Percebemos que para interpretar corretamente os sinais não verbais durante uma interação, é importante estar atento aos gestos, às expressões faciais, à postura corporal e ao tom de voz da outra pessoa, observar o conjunto de sinais. Em vez de focar apenas em um aspecto isolado, pode fornecer uma compreensão mais completa das emoções e intenções por trás do comportamento não verbal.
Vimos que a imagem pessoal influencia na percepção dos outros no ambiente de trabalho ao transmitir uma mensagem sobre a competência, o profissionalismo e a confiabilidade de um indivíduo, pois uma apresentação pessoal cuidada e uma postura confiante podem gerar uma primeira impressão positiva, enquanto uma imagem descuidada pode prejudicar a reputação e afetar a forma como os outros nos veem.
A importância da linguagem não verbal em diferentes contextos corporativos, como reuniões, apresentações e entrevistas de emprego, reside na sua capacidade de complementar e enriquecer a comunicação verbal, dessa maneira, em reuniões, gestos e expressões faciais podem transmitir apoio ou discordância em relação às ideias apresentadas, em apresentações, uma postura ereta e um contato visual direto podem aumentar a credibilidade e o impacto do discurso, nas entrevistas de emprego, a linguagem não verbal pode influenciar a percepção do entrevistador sobre as habilidades e a adequação do candidato para a vaga.
Para desenvolver habilidades para melhorar a comunicação não verbal e sua aplicação prática no ambiente profissional, é útil praticar a consciência corporal, observar e analisar o comportamento não verbal dos outros, receber feedback sobre sua própria linguagem não verbal e praticar técnicas de melhoria, como controle do tom de voz, gestão do espaço pessoal e adoção de uma postura confiante e receptiva. O treinamento e a prática contínua podem ajudar a aprimorar a comunicação não verbal e maximizar sua eficácia no ambiente profissional.
Ao dominar as nuances da linguagem não verbal, os profissionais podem aprimorar sua capacidade de expressão, tornando-se mais eficazes na comunicação e mais bem-sucedidos em suas interações profissionais.
Saiba Mais
Em sua Biblioteca Virtual, realize a leitura do livro O corpo fala de Pierre Weil e Roland Tompakow. O livro busca compreender a linguagem não verbal do corpo humano, começando pela investigação dos princípios fundamentais que influenciam e orientam os movimentos corporais, a partir deles, surgem as expressões, os gestos e as ações corporais que, de maneiras distintas e às vezes criativas, comunicam emoções, ideias ou posicionamentos internos.
Assista ao filme Divertida mente – Inside Out (2015), Paul Ekman desempenhou um papel importante como consultor científico no filme da Pixar, que explora a interação das emoções na dinâmica familiar. O enredo se concentra na relação entre cinco emoções básicas, representadas pelas personagens Alegria, Nojo, Tristeza, Raiva e Medo. O filme destaca a importância de todas as emoções na formação da identidade e enfatiza que até mesmo a tristeza desempenha um papel crucial na capacidade de lidar com perdas e adversidades.
Referências Bibliográficas
BOWDEN, M. Eu sei o que você está pensando: como dominar a arte da linguagem corporal. 1. ed. São Paulo: Vozes, 2020.
CARVALHO, A. Paul Ekman, um psicólogo além do seu tempo. Linguagem das emoções, 2020. Disponível em: https://cursodelinguagemcorporal.com/paul-ekman-psicologo/. Acesso em: 10 fev. 2024.
PROCHET, T. C.; SILVA, M. J. P. DA . Proxêmica: as situações reconhecidas pelo idoso hospitalizado que caracterizam sua invasão do espaço pessoal e territorial. Texto & Contexto - Enfermagem, v. 17, n. 2, p. 321-326, abr. 2008.
SOUZA, P. V. Comunicação empresarial e organizacional. 1. ed. São Paulo: Contentus, 2020.
WEIL, P.; TOMPAKOW, R. O corpo fala: a linguagem silenciosa da comunicação não verbal. 74. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2015.
Encerramento da Unidade
O Texto na Comunicação Corporativa
Videoaula de Encerramento
Olá, estudante!
Nesta videoaula, nosso foco estará na compreensão do papel do texto na comunicação dentro do ambiente corporativo. Durante esse percurso educacional, exploraremos conceitos fundamentais, começando pela definição do que é considerado um texto até as particularidades dos textos escritos e orais no contexto empresarial, além disso, abordaremos a relevância do texto não verbal na comunicação corporativa. Dominar esses temas é essencial para aprimorar suas habilidades profissionais, especialmente no que diz respeito à produção de diversos tipos de textos que circulam no ambiente organizacional.
Não perca esta oportunidade de aprimoramento. Venha conosco nesta jornada de aprendizado!
Clique aqui para acessar os slides da sua videoaula.
Boa aula!
Ponto de Chegada
Olá, estudante!
Ao longo desta unidade de ensino, investigamos temas fundamentais para aqueles que almejam dominar os diferentes tipos de textos e linguagens no âmbito corporativo. Nossa jornada nos conduziu por uma diversidade de conceitos e conhecimentos específicos relacionados ao texto na comunicação corporativa.
Neste encerramento, iremos revisitar e salientar os pontos centrais abordados, ressaltando a importância para a sua formação acadêmica e profissional, estabelecendo conexões com a competência de reconhecer os usos dos diferentes textos utilizados na comunicação corporativa, tanto na modalidade oral quanto escrita.
Começamos a nossa trajetória retomando o conceito de texto, que é visto enquanto uma unidade de comunicação que se organiza de maneira estruturada para transmitir uma mensagem ou ideia. Existem diversos tipos de textos, cada um com características específicas que determinam sua função e forma, entre os principais, destacam-se os narrativos, descritivos, argumentativos, expositivos, instrucionais e poéticos.
Passamos a conhecer os fatores de textualidade, elementos que contribuem para a coesão e coerência de um texto, dando a eles clareza, concisão, progressão temática e adequação ao contexto, por isso, tivemos a oportunidade de explorar as propriedades e características desses fatores, sendo: coesão, coerência, intencionalidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e intertextualidade, elementos que contribuem para a produção e recepção dos textos, o que nos direciona para o conhecimento dos gêneros textuais/discursivos.
Os gêneros são compreendidos como todos os textos que circulam e se materializam sociais, sendo agrupados com características semelhantes quanto à forma, ao propósito comunicativo e ao público-alvo. Já os tipos textuais referem-se às diferentes estruturas e organização dos textos, como narração, descrição, argumentação, exposição e injunção, sequências que estão presentes nos diversos gêneros.
Vimos que no contexto corporativo, encontramos diversos gêneros textuais/discursivos essenciais para a comunicação eficaz, como relatórios que apresentam informações detalhadas sobre o desempenho, os resultados e as atividades da empresa; e-mails profissionais utilizados para comunicação interna e externa da empresa, como agendamento de reuniões e envio de propostas; memorandos, ou seja, comunicados internos sobre políticas, procedimentos ou eventos relevantes na organização; contratos, que são os documentos legais que estabelecem acordos entre a empresa e outras partes. Esses gêneros desempenham um papel fundamental na comunicação interna e externa das organizações, contribuindo para a eficiência operacional, tomada de decisões e estabelecimento de relações profissionais.
Após apresentarmos os conceitos iniciais, que iriam direcionar as discussões, passamos a detalhar os aspectos relativos ao texto escrito. Essa é uma ferramenta fundamental na comunicação corporativa, pois permite uma transmissão precisa e duradoura de informações. Suas especificidades incluem a necessidade de clareza, coesão e concisão para garantir que a mensagem seja compreendida de forma eficaz pelos destinatários, pois ao ser recepcionado, o emissor não estará presente no ato comunicativo, sendo necessário que todas as informações estejam presentes na materialização daquele texto. Além disso, o texto escrito permite uma documentação permanente das comunicações, o que é essencial para referência futura e para evitar mal-entendidos, para isso a escolha adequada de vocabulário e estruturação são fundamentais para transmitir profissionalismo e credibilidade, assim, dominar as especificidades do texto escrito é primordial para uma comunicação clara no ambiente corporativo.
Quando pensamos em texto escrito, duas etapas são imprescindíveis para a sua execução, o planejamento e a revisão do conteúdo. Antes de redigir qualquer texto, é preciso definir claramente os objetivos da comunicação, o público-alvo e a mensagem que se deseja transmitir, assim, o planejamento cuidadoso ajuda a garantir que o conteúdo seja relevante, coeso e direcionado ao público adequado. Além disso, após a produção, a revisão cuidadosa é essencial para corrigir erros gramaticais, verificar a clareza da mensagem e garantir a consistência com a identidade e os valores da empresa. Investir tempo e esforço no planejamento e na revisão do conteúdo contribui significativamente para o sucesso da comunicação corporativa.
O uso da norma padrão da língua portuguesa na comunicação corporativa, em textos escritos, é o esperado para garantir a eficácia e o profissionalismo da mensagem, isso inclui o uso correto da gramática, ortografia e pontuação, bem como a adesão às convenções linguísticas aceitas na comunicação escrita, assim, utilizar essa norma ajuda a transmitir credibilidade e confiança aos destinatários, além de facilitar a compreensão da mensagem. No ambiente corporativo, em que a comunicação é frequentemente formal e direcionada a públicos diversos, o uso consistente da norma padrão é elementar para manter a imagem e reputação da empresa, portanto, é básico que os profissionais estejam atentos à importância do uso adequado da linguagem padrão na comunicação corporativa.
Depois de apresentarmos as características e os usos do texto escrito, nosso foco se voltou ao texto oral, importante ferramenta na comunicação corporativa. Compreendemos o texto oral como uma forma de comunicação direta e dinâmica, amplamente utilizada no ambiente corporativo para apresentações, reuniões, treinamentos e negociações, suas especificidades incluem a necessidade de uma comunicação clara, concisa e envolvente, que capte a atenção do público e transmita a mensagem de forma transparente. Diferentemente do texto escrito, o texto oral permite uma interação imediata com o público, possibilitando ajustes na comunicação com base no feedback recebido, além disso, o uso adequado da entonação, do ritmo e da expressão facial são basilares para transmitir emoção e ênfase, tornando a mensagem mais persuasiva e memorável, portanto, compreender as especificidades do texto oral é básico para uma comunicação clara no ambiente corporativo.
O uso da norma culta na comunicação corporativa, nos textos orais, para transmitir profissionalismo, credibilidade e respeito aos interlocutores é colocado como fundamental, isso inclui o emprego correto da gramática, bem como o uso adequado do vocabulário e da terminologia específica do setor. A norma culta é especialmente importante em situações formais, como apresentações, reuniões com clientes e comunicações oficiais da empresa, utilizar essa norma ajuda a garantir a clareza e a precisão da mensagem, evitando mal-entendidos e transmitindo uma imagem de competência e profissionalismo, portanto, é esperado que os profissionais estejam atentos ao uso correto da linguagem culta em suas interações corporativas.
Quando focamos no texto oral, em situações formais, logo somos direcionados às técnicas de apresentação oral, vistas enquanto estratégias utilizadas para transmitir informações de forma clara, persuasiva e cativante durante uma apresentação ou um discurso.
Tivemos a oportunidade de conhecer algumas técnicas, como: planejamento prévio da apresentação, definindo objetivos claros e organizando o conteúdo de forma lógica e coerente; utilização de recursos visuais, como slides, gráficos e vídeos, para complementar e reforçar a mensagem; contato visual com o público, demonstrando confiança e conexão com os espectadores; uso adequado da entonação e do ritmo da fala, variando o tom para enfatizar pontos importantes e manter o interesse do público; inclusão de histórias, exemplos e analogias para ilustrar conceitos complexos e tornar a apresentação mais envolvente, além de praticar antes da apresentação, ensaiando o discurso e familiarizando-se com o conteúdo para garantir uma entrega fluente e segura. Reforçamos que dominar essas técnicas de apresentação oral é importante para comunicar efetivamente ideias e informações no ambiente corporativo, seja em reuniões, conferências ou apresentações de vendas.
Em seguida, passamos a analisar e reconhecer a linguagem não verbal, que não faz o uso de palavras para transmitir mensagens, mas é uma forma de comunicação que envolve gestos, expressões faciais, postura corporal, tom de voz e outros sinais não verbais. No contexto corporativo, esses aspectos refletem na comunicação interpessoal, transmitindo informações, emoções e intenções de forma complementar à linguagem verbal, por exemplo, um aperto de mão firme pode transmitir confiança e determinação durante uma negociação, enquanto uma expressão facial de desagrado pode indicar discordância em uma reunião. Compreender e interpretar os aspectos da linguagem não verbal é necessário para uma comunicação eficiente no ambiente corporativo, pois ajuda a construir rapport, estabelecer conexões e evitar mal-entendidos entre os colaboradores e com clientes e parceiros comerciais.
A imagem e postura de um indivíduo desempenham um papel significativo na forma como são percebidos no ambiente corporativo, colocados como um dos elementos da linguagem não verbal. A maneira como nos vestimos, nossa postura corporal e até mesmo nossa linguagem corporal podem influenciar a forma como os outros nos veem e nos tratam, por exemplo, uma postura ereta e confiante transmite profissionalismo e autoridade, enquanto uma postura relaxada pode ser interpretada como desinteresse ou falta de comprometimento. Além disso, a imagem pessoal também reflete a cultura e os valores da empresa, contribuindo para a construção da marca empregadora, assim, é importante que os profissionais estejam conscientes de sua imagem e postura no ambiente de trabalho, buscando transmitir uma imagem positiva e alinhada com os objetivos organizacionais.
A linguagem não verbal, na comunicação corporativa, complementa e enriquece a comunicação verbal, transmitindo informações adicionais e nuances de significado que podem não ser expressas apenas por palavras, assim, ajuda a estabelecer conexões emocionais, criar empatia e construir relacionamentos sólidos entre colegas, líderes, clientes e parceiros de negócios. Além disso, essa linguagem é especialmente importante em situações de negociação, em que pode influenciar as percepções e decisões das partes envolvidas, dessa forma, reconhecer e entender a importância da linguagem não verbal na comunicação corporativa é um diferencial para desenvolver habilidades de comunicação eficazes e alcançar sucesso no ambiente de trabalho.
Dessa maneira, fica claro que o texto, na comunicação corporativa, é um elemento essencial, servindo como uma ponte entre indivíduos, departamentos e até mesmo organizações inteiras. Seja na forma escrita, oral ou não verbal, os textos são ferramentas que permitem transmitir informações, expressar ideias e influenciar o pensamento e o comportamento de colegas, clientes e demais partes interessadas. Fica claro que investir na habilidade de produzir e interpretar textos com clareza, precisão e eficácia é elementar para o sucesso no ambiente corporativo, contribuindo para a construção de relacionamentos sólidos, o alcance de metas organizacionais e o fortalecimento da reputação e imagem da empresa.
Assim, reconhecer a importância do texto na comunicação corporativa é o primeiro passo para desenvolver habilidades de comunicação eficazes e alcançar excelência profissional.
É Hora de Praticar!
Você, como estudante universitário, conseguiu uma vaga de estágio em uma renomada empresa de consultoria empresarial. Sua equipe, composta por profissionais experientes de diferentes áreas, está trabalhando em um projeto crítico para um cliente importante da empresa.
Durante uma reunião de status do projeto, fica evidente que a comunicação entre os membros da equipe está enfrentando sérias dificuldades. Alguns membros preferem se comunicar principalmente por e-mail, enquanto outros optam por reuniões presenciais. Essa divergência de preferências tem resultado em atrasos na entrega das tarefas e em falta de alinhamento nos objetivos do projeto.
Além disso, percebe-se que há falhas na interpretação das instruções, levando a mal-entendidos e retrabalho. Você nota que, como estagiário, pode contribuir para melhorar a comunicação entre os membros da equipe, mas não tem certeza de como abordar essa situação de maneira eficaz, considerando a importância do uso adequado do texto no ambiente corporativo.
Como você resolveria essa situação e ajudaria a melhorar a comunicação entre os membros da equipe, considerando seu papel como estagiário e o conhecimento adquirido sobre o uso apropriado do texto no ambiente corporativo durante sua formação acadêmica?
Reflita
- Analise os questionamentos a seguir que incentivam a reflexão sobre como as informações e habilidades apresentadas se relacionam com a prática diária de um profissional que trabalha na área corporativa:
- Como você percebe a influência dos diferentes tipos de textos na comunicação corporativa, como e-mails, relatórios e apresentações, no ambiente de trabalho? Quais são os desafios que você enfrenta ao redigir e interpretar esses textos em seu cotidiano profissional?
- Qual é a importância de planejar e revisar cuidadosamente o conteúdo dos textos utilizados na comunicação corporativa? Como você pode garantir que seus textos estejam alinhados aos objetivos da empresa e transmitam a mensagem de forma clara e eficaz?
- Como você percebe o uso das normas padrão e culta na comunicação escrita e oral dentro da empresa?
Dê o Play!
Clique aqui para acessar os slides do Dê o play!
Resolução do estudo de caso
Para resolver essa situação, como estagiário, você pode tomar as seguintes medidas:
1. Iniciar uma conversa aberta: organize uma reunião com a equipe para discutir abertamente os desafios de comunicação que estão enfrentando, permita que todos expressem suas preocupações e sugiram soluções para melhorar a comunicação.
2. Estabelecer um protocolo de comunicação: em conjunto com a equipe, desenvolva um protocolo de comunicação que defina as preferências e expectativas de todos os membros, isso pode incluir o uso de e-mails para comunicações formais e reuniões presenciais para discussões mais detalhadas.
3. Utilizar ferramentas de colaboração on-line: introduza ferramentas de colaboração on-line, como plataformas de mensagens instantâneas ou gerenciamento de projetos, que permitam uma comunicação rápida e eficiente entre os membros da equipe.
4. Esclarecer expectativas e instruções: certifique-se de que todas as instruções e expectativas sejam comunicadas de forma clara e concisa, se necessário, peça esclarecimentos adicionais para evitar mal-entendidos e retrabalho.
5. Promover a transparência: mantenha todos os membros da equipe informados sobre o progresso do projeto e quaisquer mudanças ou atualizações importantes, isso ajudará a garantir que todos estejam alinhados com os objetivos do projeto.
Ao implementar essas medidas, você contribuirá para melhorar a comunicação entre os membros da equipe e para o sucesso do projeto como um todo. Além disso, demonstrará habilidades de liderança e resolução de problemas, o que será valorizado por seus colegas e superiores.
Dê o play!
Assimile
Referências
BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992.
BARROS, G. P. de. Manual de oratória. 1. ed. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 2023.
BOWDEN, M. Eu sei o que você está pensando: como dominar a arte da linguagem corporal. 1. ed. São Paulo: Vozes, 2020.
BRANDÃO, H. N. Texto, gênero do discurso e ensino. In: BRANDÃO, H. N. (org.). Gêneros do discurso na escola. São Paulo: Editora Cortez, 2000.
BELTRÃO, O. Correspondência: linguagem & comunicação: oficial, empresarial,
particular. 24. ed. São Paulo: Atlas, 2011.
BLIKSTEIN, I. Como falar em público – técnicas de comunicação para apresentações. São Paulo: Ática. 2006.
BLIKSTEIN, I. Falar em público e convencer: técnicas e habilidades. São Paulo: Contexto, 2016.
CARNEGIE, D. Como se apresentar bem e alcançar o sucesso. Rio de Janeiro: Best-Seller, 2015.
CARVALHO, V. 8 passos para criar o roteiro de uma apresentação. 2017. Disponível em: wowpresentation.com.br. Acesso em: 9 fev. 2024.
CHAUÍ, M. Convite à filosofia. 13. ed. São Paulo: Ática, 2004.
GROSS, M. Dicas práticas de comunicação: boas ideias para os relacionamentos e os negócios. São Paulo, SP: Trevisan, 2013.
ISQUIERDO, G. Mapa da persuasão: se expresse de forma poderosa e influencie pessoas. São Paulo: Editora Academia, 2023.
KOCH, I. G. V. Desvendando os segredos do texto. 5. ed. São Paulo: Cortez, 2006.
KÖCHE, V. S.; PAVANI, C. F.; BOFF, O. M. B. O processo de reescrita na disciplina de Língua Portuguesa Instrumental. Linguagem & Ensino, Pelotas, v. 7, n. 2, p. 141-164, jul./dez. 2004.
LUCENA, R. A revisão no planejamento, na textualização e na edição: estudo sobre as habilidades das crianças de planejar, revisar e refletir sobre as alterações no texto. 2013. 191f. Tese (Doutorado em Psicologia Cognitiva) – Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Pernambuco. Recife, 2013.
MARCUSCHI, L. A. Gêneros textuais: definição e funcionalidade. In: DIONÍSIO, A. P.; FERREIRA, N. V. C. O texto oficial: aspectos gerais e interpretações. Uberaba: Faculdades Associadas de Uberaba; Universidade Federal do Triângulo Mineiro, 2007.
MARCUSCHI, L. A. Da fala para a escrita: atividades de retextualização. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2001.
MARCUSCHI, L. A. Da fala para a escrita: atividades de retextualização. São Paulo: Cortez, 2004.
MIZIARA, G. 6 Dicas para melhorar sua postura em uma apresentação ou reunião de negócios. Administradores, 2016. Disponível em: https://administradores.com.br/noticias/6-dicas-para-melhorar-sua-postura-em-uma-apresentacao-ou-reuniao-de-negocios. Acesso em: 9 fev. 2024.
PROCHET, T. C.; SILVA, M. J. P. da. Proxêmica: as situações reconhecidas pelo idoso hospitalizado que caracterizam sua invasão do espaço pessoal e territorial. Texto & Contexto - Enfermagem, v. 17, n. 2, p. 321–326, abr. 2008.
SANTOS, A. C. de M.; DIAS, S. M. V. Leitura e produção de textos acadêmicos. 1. ed. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 2023.
SILVA, S. C. P. e. Redigindo textos empresariais na era digital. Curitiba: Intersaberes, 2012.
SOUZA, P. V. Comunicação empresarial e organizacional. 1. ed. São Paulo: Contentus, 2020.
TACINI, R. F. et al. Comunicação empresarial escrita: os desafios da informação nas micro e pequenas empresas. Revista Científica Hermes, vol. 4, enero-junio, 2011. Disponível em: https://www.redalyc.org/pdf/4776/477648584003.pdf. Acesso em: 7 fev. 2024.
TEIXEIRA, J. A. T. Eles fala, nois cala: como a escola tem enfrentado o desafio de ensinar a norma culta a seus alunos. Juiz de Fora: UFJF, 2014.
WEIL, P.; TOMPAKOW, R. O corpo fala: a linguagem silenciosa da comunicação não verbal. 74. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2015.